domingo, 12 de março de 2023

Mais comentários sobre a inflação

Dando continuidade ao meu post sobre a devastação de nosso poder de compra, trago aqui mais alguns comentários sobre a inflação: algumas coisas que são facilmente observadas no dia a dia de qualquer trabalhador / pai de família.


A inflação pode se manifestar de várias maneiras, e não raro como uma combinação destas:

1) o simples aumento dos preços; ou 

2) a diminuição das quantidades e/ou do tamanho dos produtos (lá fora já apelidaram isso de "shrinkflation"); e/ou

3) a diminuição da qualidade das matérias-primas e demais insumos usados na produção; e/ou

4) o simples desaparecimento de produtos, que se tornam inviáveis de serem vendidos por conta do aumento do preço (inviáveis ao menos em mercados formais)


fonte da imagem - clique aqui


Vejam que é bastante comum observar os itens 2 e 3 acima em restaurantes e lanchonetes e quaisquer locais que vendam comida, no geral.

Vou dar um exemplo de uma padaria próxima de onde moro. Eu costumava comprar esfihas nesta padaria. Há pouco tempo (ano passado ou retrasado), cada esfiha custava 5 reais, e era bem recheada.

Hoje em dia, as esfihas nesta padaria estão custando R$ 6,90 e o recheio está vindo em menor quantidade (mais massa e menos recheio) e está com qualidade bastante inferior (da última vez que comi uma esfiha de queijo branco, o queijo estava muito "aguado" e muito gorduroso, ou seja, o dono da padaria realmente reduziu o padrão do fornecedor ao mesmo tempo em que aumentou o preço). Por mais que eu seja 100% a favor de apoiar os comércios locais em detrimento das grandes redes, parei de comprar estas esfihas. 

Até restaurantes e botecos que servem o famoso "prato feito" estão de muquiranagem. "Prato feito" sempre foi bem servido, mas eu só observo a quantidade de arroz aumentando e a de carne ou frango diminuindo, a cada ano que passa, e o preço aumentando.

Havia um boteco perto de onde meus pais moram que servia sardinhas fritas a 60 centavos por unidade. Claro que isso já faz bastante tempo (mais de 15 anos, se não me engano!), mas hoje em dia acho que estão cobrando uns 5 reais por sardinha!. E, se bobear, as sardinhas são menores do que aquelas de outrora que custavam 60 centavos!

Outro exemplo que me ocorre são as batatas fritas que acompanham hamburguers em restaurantes, especialmente "hamburguerias gourmet": geralmente elas vinham no prato, em volta do hamburguer. Hoje já vejo alguns restaurantes colocando-as em uma canequinha de metal ou numa cestinha, ou seja, vem menos da metade do que costumava vir.

Outro exemplo são as barras de chocolate que se compra em qualquer mercado por aí (as comuns, tipo nestlé, lacta, etc.). Há algum tempo, os chocolates eram divididos em fileirinhas com 4 quadrados cada uma, ou seja, era fácil dividir uma fileirinha de maneira justa entre 2 pessoas. De uns anos para cá, cada fileirinha passou a ter 3 retângulos, o que dificulta a divisão entre 2 pessoas e faz com que fique mais normal cada um comer uma fileira, consumindo assim 2 fileiras de cada vez (seria uma estratégia dos fabricantes para aumentar o consumo?) .E isso sem falar no tamanho e no peso das barras, que diminuíram sensivelmente de uns anos para cá (a imagem no início do post ilustra bem isso... nos anos 90 as barras tinham 200g, e hoje tem 85g ou 90g). 

As caixas de bombom das principais marcas estão vindo cada vez mais vazias, ano após ano, ao ponto de, na minha opinião, não valer mais a pena comprá-las. Lembro de pesarem 500g ou 400g quando eu era criança, e hoje em dia acho que pesam uns 250g ou menos, vem menos bombons, e o preço só sobe. E os bombons que vinham na caixa até há alguns anos eram melhores. Hoje me parece que está tudo sem graça e com "sabor genérico". Provavelmente por causa da pior qualidade das matérias-primas utilizadas.


Nos anos 80 pesava 500g! - fonte da imagem - clique aqui.


Aliás, no geral, os ingredientes usados nos chocolates feitos aqui no Brasil são de qualidade cada vez pior. Menos cacau, menos leite, e mais gordura, mais parafina, mais "soro de leite", mais "manteiga de cacau", mais corante, mais açúcar, e por aí vai. 

Engraçado que, desde pelo menos uns 10 anos, toda Páscoa surgem aqueles posts "engraçadinhos" dizendo que vale mais a pena comprar barras do que ovos de chocolate por causa da relação R$/g, mas do jeito que as coisas estão indo, acho que agora chegamos em um "tanto faz", porque está tudo caro mesmo.

Será que isso tem um limite? A lógica nos faz acreditar que sim, pois há um limite para o que é razoável, e eu não imagino que seja razoável vender barras de 2g de chocolate, nem de 5g... acho que o limite do aceitável vai ser quando começarem a vender barras da garoto, lacta, etc. nos mesmos moldes daquelas do kinder chocolate, barrinhas de 12,5g. As do kinder chocolate são bem caras, mas pelo menos ainda são de uma qualidade superior (acho). Se as coisas chegarem neste ponto, é porque o resto da economia foi pro saco. Torçamos para que não aconteça!

Fonte: clique aqui

Enfim, confraria, apenas um desabafo de mais um trabalhador que foi ao supermercado e se assustou com os preços das coisas. É triste ver nossa moeda tão desvalorizada, nossos salários valendo cada vez menos, entre outras problemas... Até quando?

Que produtos estão caros em suas respectivas cidades, confrades?

Forte abraço!

Fiquem com Deus!


38 comentários:

  1. tudo caro pra caralho no rj
    to cagando pq tive 20% de aumento
    brasil é para ninjas

    abs!





































    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu pelo comentário, Scant.
      Notei que você tem estado meio revoltado. O que houve?
      Como são os preços das coisas no Rio de Janeiro? Onde o calo mais aperta?

      Excluir
    2. tenho acompanhado a politica nacional , coisa nojenta.
      Como são os preços das coisas no Rio de Janeiro?
      altos, tudo caro como de praxe

      Onde o calo mais aperta?
      pra mim, em nada- sou casado sem filhos e todo ano meu salario aumenta automaticamente
      mais 6 anos chego no topo da carreira, aí vou ficar triste

      abs!

      Excluir
    3. Entendi. A política nacional está mesmo nojenta. Nada diferente do que eu esperava, porém. Eu evito acompanhar notícia, principalmente de política, mas é claro que uma coisa ou outra acaba chegando até mim.
      Tudo é caro no RJ então. Era esperado, afinal é uma metrópole, já foi capital do Brasil, e é a "capital cultural" do BR. Você pensa em se mudar para uma cidade menor?

      Excluir
    4. RJ capital é um lixão a céu aberto - só salva alguns poucos bairros nobres: zona sul, recreio etc - não moro em nenhum deles, mas sobrevivo bem

      Você pensa em se mudar para uma cidade menor?
      até penso, mas é difícil compatibilizar com a família - minha mulher adora morar relativamente perto da mãe e irmã

      cidade pequena boa no Estado do RJ ficam bem longe da capital (gosto por exemplo de buzios e arraial do cabo por exemplo)

      "Eu evito acompanhar notícia" eu tb era assim, mas depois do que fizeram na pandemia , acompanho para não ser enganado novamente:

      https://manorganizado.wordpress.com/2023/03/15/artigo-do-new-york-post-mostra-os-dez-erros-dos-especialistas-desmentidos-apos-a-pandemia/

      Excluir
  2. Boa noite Mago! Realmente a inflação nos últimos anos foi absurdamente alta...Não dá nem pra comparar os preços das coisas de 3 anos pra trás e agora...Carros populares por R$70k, feijão 1kg R$10 entre outros... No final quem se ferra mais é o pobre que não tem opção uma vez que já consome o básico. Vamos torcer para a inflação dar uma controlada nos próximos anos pois está difícil manter a carteira vencendo a inflação...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tudo bem, VVI? A inflação não está nada fácil. Os alimentos mais básicos estão um absurdo, e está impossível ou quase impossível para uma pessoa classe média baixa comprar um carro popular... bem triste.
      Rezemos para a melhora da situação!

      Excluir
  3. "Será que isso tem um limite?"
    O que eu percebo é que as coisas vão diminuindo, até que lançam um tamanho família (que é só o tamanho normal antigo) custando mais caro.
    Com a qualidade é a mesma coisa, vão piorando aos poucos, até que as pessoas vão deixando de comprar, então lançam uma versão premium (que é só a antiga fórmula) mais cara.
    Em um país pobre igual ao Brasil, onde as pessoas são muito sensíveis a preços, a qualidade dos produtos acaba encontrando um ponto de equilíbrio bem ruim. Quem tem menos dinheiro acaba comendo cada vez mais lixo.
    As barras de chocolate normais custam R$4,50 e estão impossíveis de comer, parece banha com açúcar e corante. A solução comprar a barra "premium" de R$8,00; que nada mais é a barra normal de antigamente, a premium de verdade uma da Lindt que eu já paguei R$9,00 agora está R$25.
    Abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade, Mendigo, tem essa tática de lançar versões "premium" que nada mais são do que a fórmula antiga, só que com um imenso ágio no preço...ou o tamanho "família" que nada mais é do que o antigo tamanho normal. Os chocolates mais populares estão assim mesmo, barras de açúcar com gordura. Pelo menos isso me serve de incentivo para diminuir ou até eliminar o consumo !
      Mas que não deveria ser assim, não deveria.

      Excluir
  4. Complicado. Parece que todos os produtos pioram com o tempo ou são relançados com o nome "premium" e um preço triplicado. E vemos já há anos a saúde da população se degradando, justamente porque todos comem esses lixos industrializados. Muita gente assim acaba vivendo à base de médico e remédios. Nos últimos anos na minha cidade abriraram muitas farmácias. Tem uma farmácia por esquina. As pessoas estão adoecidas. Acredito que muito desse adoecimento é falta de comer bem (falta de sol e exercício físico também). Tudo hoje é artificial, vc compra um "bolo de laranja" e não tem laranja, tem um tanto de conservante, corante, aromatizante, gorduras e açucar. Nada é real mais. Nenhum sabor é real. É tudo aromatizante.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Complicado mesmo, anon.
      A nossa sociedade está muito mal nutrida e doente, no geral. Consumimos muita porcaria industrializada e ainda pagamos caro por isso. Farmácia é um dos tipos de negócio que mais crescem, e não é à toa. Cabe a cada um de nós buscar se alimentar da melhor forma possível, e evitar ao máximo esses "pseudo alimentos" industrializados. Consumir menos refrigerante, menos chocolate, menos doces no geral, e dar preferência a uma alimentação a mais natural possível.
      Complicado mesmo...

      Excluir
  5. Excelente post. Onde mais tenho percebido a inflação é na alimentação, por comer diariamente em restaurantes. Os preços aumentaram quase 100% num espaço de 3 anos, é pesado. E o reajuste do plano de saúde é sempre uma porrada também.

    Outro fator complicador sobre a inflação é que o governo arrecada mais quando a inflação sobe. Como a tributação se dá sobre o consumo e serviços, uma vez que os preços aumentam, a receita sobe também.

    Então os governos até podem ter um interesse real em diminuir a inflação em virtude dos óbvios benefícios para a economia, mas ao mesmo tempo existe um conflito de interesses aí.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu FT. O governo tem a vantagem de arrecadar mais com a inflação, mas por outro lado também tem que gastar mais, pois ele também precisa comprar produtos e serviços e com isso acaba sendo afetado pela inflação. Uma vantagem que ele tem, por outro lado, é de emitir moeda e usa-la antes que os efeitos inflacionários da emissão de moeda se façam sentir. Mas concordo que o governo tem muitos interesses contrários aos do povo.
      A monarquia era bem menos pior nesse sentido, porque pelo menos o rei era obrigado a pensar no longo prazo, pois o reino passaria para seu herdeiro. O nosso sistema, por outro lado, só pensa no curto prazo e em arrecadar o máximo possível para encher o bolso, sem se preocupar com o futuro.

      Excluir
  6. Verdade Mago , eu também já a alguns anos que venho notando essas malandragens do seu texto , o funil está ficando SINISTRO a cada mes que passa , mas não dá pra reclamar porque essa quebradeira de bancos lá na gringa está fazendo o fantasminha de 2008 querer sair do porão novamente .

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tem muita malandragem no comércio. A tirinha do final do post ilustra isso de forma perfeita. E no fim de tudo, quem absorve a maior parte dos custos da inflação são as pessoas comuns, assalariadas. Se ao menos pudéssemos aumentar o quanto cobramos por hora da mesma maneira e na mesma velocidade que uma loja troca um preço de um produto...o funil está sinistro mesmo.

      Excluir
  7. O que pega no Brasil é que aqui o mercado consumidor sempre foi limitado, tanto em quantidade, quanto em poder de compra.
    Por esse motivo o mercado brasileiro sempre foi predominantemente de produtos de baixo valor agregado.
    Produtos de qualidade e preços medianos em economias mais desenvolvidas, aqui são Premium.
    Isso é histórico, alimentos integrais são caros, carnes nobres são caras, suco integral é caro, chocolate de verdade é caro, café de boa qualidade é caro etc etc.
    A inflação já foi altíssima. Felizmente depois houve a estabilidade e agora a inflação volta a mostrar o quão vulnerável economicamente é a grande maioria da população brasileira.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, já há muitas gerações somos um país pobre e de baixa industrialização, e há todo um esforço por parte de outros países para nos manter assim, como eternos (e meros) fornecedores de matéria prima e alimentos. O plano Real foi uma grande ajuda para os pobres, pois estabilizou a moeda por bastante tempo, mas agora já está dando sinais de desgaste, infelizmente.

      Excluir
    2. Será se a maior parte dos brasileiros faz realmente por merecer um país consideravelmente melhor?

      Excluir
    3. O que importa são os justos que vivem no Brasil, a maioria silenciosa. Eu sou totalmente contra essa modinha que surgiu de uns tempos para cá de pegar vídeos de coisas erradas que acontecem no Brasil e ficar comentando "tá vendo? o brasileiro merece isso e aquilo!".

      Excluir
    4. Meu comentário não é nesse sentido. É mais amplo que isso e não sou de modinhas.
      No Brasil a grosso modo cada um cuida do seu umbigo. Cada categoria quer que seus interesses sejam atendidos e as outras categorias que corram atrás.
      Pra mim o brasileiro médio não se vê de fato como fazendo parte de uma sociedade, de um todo, ele vê a si mesmo ou o grupo ao qual se identifica apenas.
      E enquanto for assim não dá pra esperar muitas mudanças.

      Excluir
    5. Entendi. Nossos problemas (ao menos alguns deles) de fato têm raízes culturais. Só através do trabalho de gerações para mudar isso. Cada um tem que fazer sua parte para evoluir e abandonar os elementos negativos de nossa cultura. Um desses elementos negativos é isso que você escreveu, a questão de "cada um por si e dane-se a sociedade", e outro seria uma mentalidade de "é proibido proibir" que vejo sendo incentivada nas escolas ao menos desde a época em que eu era estudante. Ao longo de muitas gerações essas ideias foram deformando a mentalidade de nossa nação, e só através do longo trabalho de muitas gerações reverteremos isso. Mas precisamos começar, e cada um no seu nível, em sua esfera de influência, por menor que seja.

      Excluir
    6. Concordo com o anônimo nesse sentido, vejo claramente uma "luta de classes" entre diferentes profissões no setor público, enfermeiras vs professores, por exemplo, cada um buscando o seu aumento salarial... e outros grupos geralmente ficam esquecidos, como faxineiras, até as vezes sem possibilidade de aumento porque o aumento dos professores/enfermeiros/engenheiros ou qualquer outra categoria que se uniu e fez pressão política conseguiu fazer com que o gasto com folha chegasse ao limite legal.
      A única coisa que salva essas outras "categorias" é o vale fome que algumas empresas/municípios dão igualmente a todos, e pra quem recebe 1500 por mês, um vale de 500 evita que passem fome, apesar que hoje em dia já não se compra muita coisa com 500...

      Excluir
    7. enfermeiras vs professores,

      = ralé

      Excluir
    8. Nunca tinha parado para pensar nisso, mas realmente! Um determinado grupo no serviço público ganhar um aumento reduz a chance de outros grupos ganharem, por conta do limite de gastos com pessoal...
      Concurso municipal são poucos os que pagam realmente bem. Já vi vários editais com cargos cheios de responsabilidade (compras públicas, contabilidade, fiscal de obras, etc) ganhando 1500 ou 2000 reais por mês. Eu não pegaria um trabalho desses por esse salário...

      Excluir
  8. Tenho comércio e a cada é um produto que dispara, hora é o óleo outra hora é o leite ultimo susto foi o papel higiênico, hoje já tem de 20m, To achando mais vantajoso fazer estoque de produtos e alimentos do investir kkk abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu pelo comentário , Soldado!
      Coisas não perecíveis eu sempre acho que vale a pena comprar em quantidade grande para proteger contra a inflação pelo menos por um tempo. Papel higiênico, água sanitária, detergente, esponjas, atum em lata, e por aí vai. Tem algumas dessas coisas que quando eu vejo em promoção eu compro, indepedente de já ter em casa. E sempre que o comerciante dá desconto para compras em dinheiro, eu aproveito. No seu comércio você faz isso? E deixo como sugestão de post para o seu blog você contar um pouco da sua história, de como abriu seu comércio, como foi o início, como sobreviveu, etc.

      Excluir
  9. Muito legal o post Mago, ontem mesmo comprei chocolate e se não me engano as barras eram de 80g e vieram do Uruguai, nem fabricadas aqui... também em relação a qualidade, normalmente os alimentos da Argentina (farinha) tem qualidade melhor, e atualmente até o preço está mais interessante por lá.

    Sempre me lembro que quando era criança no recreio nos reuníamos entre 4 para comprar 2 litros de refri, as Cyrilla da vida custavam 1 real, cada um dava uma moeda de 25 centavos, e a Coca-cola era 1,75 por 2 litros. Hoje não se compra mais nada com 25 centavos.

    Abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso que eu morava no interior dos interior, fiquei pensando aqui que a coca, no mercado da cidade devia ser bem menos kkkk

      Excluir
    2. Se você encontrar um encarte de supermercado com os preços dos anos 90, vai ver que o negócio é surreal. As nossas moedas de centavos não servem para quase nada hoje em dia. Se não me engano, as de 5, 10 e 25 são cunhadas com prejuízo, então podem acabar saindo de circulação em breve. As de 1 centavo saíram por causa disso. Já vejo há muito tempo taxistas ignorando a parte dos centavos no preço da corrida.
      Outro exemplo: eu tenho uma garrafa de água de coco que comprei em 2017 e que cortei e reaproveitei como porta-lápis. A etiqueta ainda está colada nela. O preço dobrou de 2017 para hoje em dia. Surreal!

      Excluir
    3. Nos anos 90, uma garrafa de detergente custava centavos. E eu lembronque aquele chocolate Surpresa (aquele que vinha com figurinha) era 1 real na cantina da escola onde eu estudava (ou seja, era um chocolate de luxo, pelo visto)

      Excluir
  10. Minas esta terrível também. A inflação bateu em tudo e principalmente voltamos ao problema dos combustíveis. Meu salario é bom mas a cada dia que passa parece que volto 1 ano para trás. Realidade triste.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A realidade não está nada fácil. O pessoal mais velho pegou a hiperinflação dos anos 80, mas pelo menos pegou a bonança e a estabilidade trazidas pelo Plano Real.
      Será que teremos essa sorte, de pegar uma moeda forte e estável depois desta tempestade que está se armando?

      Excluir
  11. Esse é um dos problemas do Brasil, com o mercado interno protegido pelo lobby de grandes indústrias no Brasil, estaremos sempre a mercê desses produtos, já que - como já mencionado por um anon - os produtos médios dos outros países chegam aqui como premium (devido as taxas e custos de importação).
    Sempre foi assim e dificilmente mudará enquanto o povo for tão facilmente manipulado e se flagelar nessa luta ideológica que criaram para poder assaltar o brasileiro.
    Um exemplo clássico foi o preço dos carros nacionais quando o dólar bateu 1,5 BRL, pagávamos o maior valor no mundo inteiro por um carro.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aqui é tudo mais complicado. O governo joga contra, as empresas jogam contra, e diversos aspectos de nossa cultura (jeitinho, malandragem, aversão ao conhecimento, pobreza de espírito, culto da dependência do Estado, etc.) também fazem com que nosso povo se auto-sabote. A síndrome de vira-lata também bate forte, e ela é incentivada por influências externas, pois há todo um interesse de países de "primeiro mundo" em não permitir que o Brasil se desenvolva... e nossa "elite" aceita isso, aceita servir como cachorrinhos à "elite" estrangeira. Triste a nossa realidade. Cabe a cada um de nós fazer sua parte para melhorar a situação.

      Excluir
  12. Sensacional, um estudo com ótimos comentários. A situação é péssima. Depois da eleição de 2022, entrei em estado de "já era...", o Brasil só vai de mal a pior. Sim, é um efeito mundial, e não dá pra fugir muito da corrupção e má gestão da economia. Mas após as eleições eu refleti sobre algo: Se está caro, e pior, se está encarecendo, eu devo trabalhar e produzir MAIS pra não ficar para trás. Não é garantia, mas certamente a probabilidade de poder comer uma comida "recheada" e com mais tranquilidade será maior se eu trabalhar mais agora!

    Parabéns pelo post, estou voltando com o Rakning hehe

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu, DdP! Pois é, a única coisa que podemos fazer e que está sob nosso controle é trabalhar mais, produzir coisas, e aumentar a chance de aumentar a renda. Infelizmente não temos como impedir que o governo faça lambanças, então o jeito é tentar prosperar apesar do governo e de quem esteja ocupando os assentos nos palácios e de quem esteja puxando as cordas por trás da cortina.
      Que bom que o ranking vai voltar. Faz falta o ranking da finansfera.

      Excluir
  13. Mago, eu fiz um exercício esse FDS: peguei meu aplicativo do iFood e comecei a ver meus pediso antigos. Voltei até o início de 2020, e sabe qual foi a conclusão que cheguei? Em média, o aumento no custo pra pedir seja lá o que for nos restaurantes, de lá pra cá, foi de 80% (eu calculei uma média amostral dos meus pedidos, que são nos mais variados tipos de comida e restaurantes).

    É assustador pensar que as pessoas pobres, em um país de pessoas extremamente pobres, estão ficando ainda mais pobres com o passar do tempo.

    Abraço.
    https://engenheirotardio.blogspot.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu pelo comentário, Tardio.
      Você está certo. A inflação verdadeira é bastante superior a qualquer índice oficial divulgado pelo governo, e além disso cada pessoa tem sua inflação particular, baseada em suas necessidades e hábitos de consumo.
      Comida encareceu muito mesmo, e no ifood tem o agravante de que tudo é um pouco mais caro também. Por exemplo, eu noto que é uns 15% mais barato comprar numa loja física do Mcdonalds do que pedir Mcdonalds pelo ifood.

      Excluir