sábado, 25 de setembro de 2021

Os maus hábitos do comércio parte 4 - Restaurantes "a la carte"

 Saudações,  confrades!

Inspirado por esta postagem do Pobre Sofredor, escrevi a parte 4 desta série. Desta vez o foco são restaurantes a la carte, especialmente o Outback.

Pela minha experiência pessoal, salvo poucas exceções, ultimamente os restaurantes só têm sabido fazer duas coisas: diminuir o tamanho das porções e aumentar o preço dos pratos. 

Um dos maiores exemplos disso é o Outback, que começou muito bem, com porções imensas em praticamente todos os seus pratos, mas hoje em dia há pratos custando o dobro do que custavam em 2007 (primeira vez que fui nesse restaurante) e com praticamente metade da porção que vinha antes. 


Claro que parte disso é culpa da inflação, mas não acho que justifique dobrar o preço e cortar as porções pela metade.

Como sempre fui um pão duro, eu me lembro de alguns dos preços: o filé mais caro (o Porterhouse) custava R$ 54,00 e era um bife de respeito. Hoje em dia custa mais de R$ 80,00 e dá até pena, de tão magro. 

O filé de tilápia era R$ 24 e era até condizente com o preço (nunca foi um filezão, mas era gostoso e o preço era justo, na minha opinião). Hoje custa mais de 50 reais (mais que dobrou) e na última vez que comi (acho que quando ainda custava uns 30 e poucos reais) estava muito menor, praticamente a metade do tamanho de antes e sem gosto (aliás, muitos restaurantes a la carte que servem filés de peixe usam esta tática suja de servir meio filé e cobrar o preço de um filé inteiro ou mais - fiquem de olho!). 

Sendo assim, no Outback, o filé de tilápia não  vale mais a pena, e na maioria dos restaurantes os filés de peixe em geral não valem a pena. Hoje em dia só como peixe em casa, mesmo.

A costela suína, o carro chefe do Outback, é gostosa, mas tem muito mais osso que carne, enche mais os olhos do que a barriga, e com o preço atual não vale mais a pena, na minha opinião. Até valia antes, mas hoje não dá mais, pelo menos para mim. Hoje custa uns 100 reais, pelo que fiquei sabendo. E imagino que em breve as batatas que acompanham a costela deverão ser pedidas à parte, ou então virão em quantidade bem pequena (muito provavelmente elas já diminuíram).

O que talvez ainda valha a pena são os hambúrgueres, mas mesmo assim eles devem estar custando os olhos da cara, e a porção de fritas que sempre vem acompanhando está cada vez menor, e imagino que não vá demorar muito para elas terem que ser pedidas à parte (notem que antes as fritas vinham no prato, em volta do hambúrguer, e depois passaram a vir em uma caneca de metal, onde cabe muito menos batatas...). Conforme o Pobre Sofredor escreveu em sua postagem, o Outback é no fundo um fast-food gourmetizado

Enfim, não é implicância minha com o Outback. Ainda acho um lugar bacana para ir com os amigos (mas hoje em dia bem raramente, por conta do preço). Na remotíssima possibilidade de que algum executivo do Outback leia meu blog, peço que leve isso como uma crítica construtiva. Peço que pense em outra estratégia de negócio que não envolva diminuir o tamanho dos pratos. 

O que quis ilustrar com este post é que os restaurantes em geral seguem esse padrão: mais ou menos a cada semestre aumentam os preços, diminuem os pratos, e é isso aí. Uma hora a corda arrebenta, mas os que têm mais fama conseguem segurar as pontas por mais tempo, enquanto os pequenos vão à falência mais rápido. Muitos restaurantes hoje em dia vivem de fama.

Conforme escrevi no início da postagem, creio que esta estratégia de negócio dos restaurantes em geral seja motivada principalmente pela corrosão do valor de nosso dinheiro através da inflação, em parte por conta dos impostos e em parte por conta dos custos trabalhistas. Também acho que uma parte disso seja motivada pela mentalidade do empresário brasileiro médio de preferir lucrar vendendo pouco, mas vendendo caro, ao invés de lucrar vendendo muito e barato, conforme descrevi em outros posts desta minha série.

E vocês, caros leitores do blog ? O que acham do Outback? O que pensam a respeito deste triste fenômeno que atinge os restaurantes em geral? 


Forte abraço! Fiquem com Deus!

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Links para os outros posts desta série:

Os maus hábitos do comércio

Os maus hábitos do comércio - parte 2

Os maus hábitos do comércio - parte 3

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Analisando criptomoedas - Bitcoin Cash

Saudações, confrades, para mais um pequeno post de minha série sobre criptomoedas. 

Analisarei por alto, bem por alto, o bitcoin cash (BCH).

Em minhas pesquisas, verifiquei que o mundo das criptos é ainda mais tomado por emoções do que o mercado de ações,  com direito a entusiastas da criptomoeda "A" invadirem o fórum dos entusiastas da criptomoeda "B" para xingarem, falarem que a moeda B não presta, está fadada ao fracasso  etc. E os entusiastas de muitas moedas fazem análises muito baseadas em "wishful thinking". 

Enfim,  é bem difícil encontrar informações confiáveis a respeito de muitas criptos por aí.  Com tantos especialistas em criptomoedas escrevendo nos fóruns de internet que existem por aí,  fica até difícil acompanhar o ritmo do fluxo de informações...

Assim, o foco da análise deve se restringir ao white paper de cada projeto. 

E no caso do BCH, pelo que vi ele não tem um white paper próprio, em todo lugar que procurei apontavam o  whitepaper do BTC como sendo sinônimo do whitepaper do BCH... caso eu esteja errado, peço que algum leitor mais entendido me corrija. Nem na página oficial do BCH encontrei isso.

 Pelo visto a única diferença entre as duas moedas é o tamanho do bloco.

- Lançado em agosto de 2017, o Bitcoin Cash (BCH) foi um Hardfork do Bitcoin feito com o intuito de acelerar as transações (aumentar o número de transações por segundo possíveis de serem feitas usando blockchain).

- o BCH tem um tamanho de 32 MB de bloco — em oposição ao 1 MB do Bitcoin. quanto maior o tamanho do bloco, mais rápida é a rede, pelo que entendi, então o BCH faria transações mais rápidas que o BTC.

- Uma frase que vi muito ser repetida por aí é  a seguinte: "Se compararmos o BTC com o ouro, o BCH seria como o PayPal, ou seja, está mais para um sistema de pagamentos do que para uma moeda,  ou então ele combina moeda + sistema de pagamentos" - não entendi muito bem a comparação. O BCH  é como se fosse o paypal por que é mais rápido? É isso?

- Assim como o BTC, o BCH possui um limite de emissão de 21 milhões de unidades, o que é uma boa medida de proteção contra inflação, na opinião deste que vos escreve. Mas óbvio que  só isso não determina o valor da moeda.

- Uma coisa que me chama atenção é que (ao menos no momento em que estou escrevendo este post) nem toda Exchange brasileira  disponibiliza BCH em sua lista de moedas disponíveis para compra e venda, e ao mesmo tempo disponibiliza outras moedas, tokens e fan tokens não tão conhecidos assim.  Não sei se isso é um indicativo de que tais exchanges não vejam o BCH com bons olhos, mas acho no mínimo estranho.

- se a diferença entre BTC e BCH é só o tamanho do bloco  então porque dizem que uma vai dar certo e a outra não? A diferença já não é mais só essa? O problema é a equipe que está por trás do BCH? São perguntas sinceras... 


Alguns dos sites que consultei (Não guardei todos):

https://www.moneytimes.com.br/bitcoin-cash-bch-esta-a-altura-do-bitcoin-btc/

https://www.sfox.com/blog/is-bigger-better-how-to-evaluate-bitcoin-cash-based-on-block-size/

O que acham dessa cripto? Já vi muitas opiniões negativas por aí. Mas, opinião negativa por opinião negativa, até sobre ouro as pessoas têm.

Forte abraço,  amigos de jornada rumo à TF! 

Fiquem com Deus!


quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Aportes e atualização patrimonial - agosto/2021

 

Salve, confraria!

Vamos para o terceiro post de atualização patrimonial do blog, referente ao mês de agosto de 2021.

Como sempre, segue o quadro com os valores expressos em Coroas, a moeda oficial do Mago Economista.



Aumento acumulado de 29,5% desde o começo da série histórica.

No começo é normal ter aumentos altos (em percentuais) por conta dos aportes. Mas acredito que conforme o patrimônio vai aumentando, vai se tornando mais difícil ter aumentos percentuais significativos, pois cada novo aporte representará cada vez menos do patrimônio total.

Agosto também foi um mês financeiramente bom por conta do dinheiro das férias,  que foi integralmente aportado, graças a Deus. 

Sendo assim, setembro vai ser o meu primeiro mês "normal" desde o início desta série histórica.


Ações  - Aportei em FRAS3 e PSSA3. Fras-le é uma empresa  que fabrica peças para freios, com histórico de lucro nos últimos 20 anos mas que não é lá muito comentada por aí, pelo menos não vejo ninguém falar nela. Talvez isso seja até bom.  A Porto Seguro todo mundo que investe na bolsa sabe que empresa é. Vamos torcer para dar tudo certo. Mas eu não recomendo que ninguém invista nestas empresas e nem em nenhuma empresa da bolsa. Estudem sozinhos e tirem suas próprias conclusões, sempre lembrando que ninguém é obrigado a investir em ações

Relembro que o valor do quadro de ações abaixo está expresso em Coroas (não é o número de ações)


clique para ampliar o quadro de ações. Diferença de 1 Coroa em relação ao quadro acima, porque eu sempre arredondo os valores, para cima ou para baixo.


FII - aportei em ALZR11, um fundo híbrido que possui escritórios, galpões e até mesmo data center (será que surgirão mais FIIs com esse tipo de ativo no patrimônio? Parece interessante), atendendo ao meu critério tijolo-multi-multi. Também NÃO recomendo este e nenhum outro FII. Estudem sozinhos e tirem suas próprias conclusões, e relembro que ninguém é obrigado a ter FIIs na carteira. 

Segue o quadro atualizado de FIIs, com os valores expressos em Coroas:

clique para ampliar o quadro de FIIs. Idem em relação ao quadro de ações para a diferença de 1 Coroa.

Optei por não aproveitar a subscrição de cotas do HGLG11. Julguei que já tinha aportado o suficiente para o mês de agosto. Quando completar o "álbum de figurinhas" de FII, aportarei novamente neste fundo, reiniciando o ciclo.

Na Reserva de Valor ainda não aportei nada. Ainda estudando as alternativas.

Provavelmente no mês de setembro vou ter uns gastos extras, então a próxima atualização patrimonial não deve ter um aumento expressivo - só torço para que não diminua!

A renda passiva em agosto, considerando dividendos e aluguéis recebidos, foi de pouco mais de 1 Coroa. Talvez na próxima atualização (ou na outra) já valha a pena incluir a Renda Passiva em um quadro. Por enquanto estou reaplicando na caderneta de poupança mesmo. Quando aumentar um pouco mais, vou passar a usá-la para aportar em FIIs e ações. 

No trabalho, passei uns estresses sinistros na última semana de agosto que me fizeram relembrar de como é importante aportar para buscar a TF (ou a IF) e da importância de buscar fontes extras de renda. 

No mais, vida que segue. Saúde e família tudo bem, graças a Deus. Isso é o que mais importa. 


Forte abraço, companheiros de jornada!

Fiquem com Deus!