Salve, salve, confraria da melhor blogosfera da nossa querida Terra de Santa Cruz!
Vamos a mais um post de atualização patrimonial, expresso em Coroas, a moeda oficial do Mago Economista.
Aumento acumulado de 35,1% desde o início da série histórica.
O castelo ao fundo representa meu apartamento quitado. Espero um dia acrescentar outro castelo à imagem.
Este mês, mais uma vez tive que sacar dinheiro da poupança para cobrir gastos extras (uns móveis e outras coisas que estou comprando aqui para casa). Pelo menos o valor sacado foi menor que no mês passado e no total o patrimônio aumentou, o que é ótimo (como ainda estou no começo da jornada, o valor dos aportes ainda é muito mais importante para o resultado do que a oscilação dos preços de cada ativo).
Em relação às ações, o aporte deste mês foi em Bradesco (BBDC3), banco com lucros bilionários recorrentes e bom histórico de gestão. Que continue assim! Como sempre, não recomendo que ninguém compre esta ação. Ela é boa para mim, mas pode não ser para você.
A meta da carteira All Stars é ter entre 15 e 20 ações e no momento estou com 9 (sem contar com a Embraer). Ainda falta um pouco para completar esse álbum de figurinhas. Posteriormente a carteira Small terá umas 5 empresas. E penso em criar uma carteira chamada "Segunda Divisão", onde ficará a EMBR3 e outras empresas que não considero tão boas assim mas que julgo interessante ser sócio. Esta também terá umas 5 ações. Desta forma, terei umas 30 ações brasileiras, quando completar a coleção. Quando começar a aportar no exterior, pretendo ter no máximo umas 10 ações estrangeiras.
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Daqui a pouco vou precisar de um quadro maior! (clique para ampliar) |
Vi alguns blogueiros reclamando nos últimos meses do desempenho da bolsa. Sinceramente, eu nem sei se as minhas ações desvalorizaram ou valorizaram em relação ao mês passado, e isso na minha opinião é muito bom, pois sou cada vez mais adepto do buy and never sell. Só me importa comprar e acumular ações de empresas que eu considero boas.
Abrindo o jogo: dando tudo certo, só vou vender algumas das ações quando tiver o bastante para comprar uma casa ou um terreno em alguma cidade onde eu queira morar, e ainda falta muito para isso acontecer.
Desta forma, só olho a cotação duas vezes por mês: no momento em que vou comprar ações novas e quando faço este post de atualização mensal, e a única coisa que comparo com o mês anterior é o patrimônio total e os totais de cada tipo de ativo, e nunca dos ativos individuais. O mesmo vale para os FIIs.
Em relação aos FIIs os aportes do mês foram:
- HGRE11, o primeiro fundo de escritórios da minha carteira (e talvez o único, pois ainda estou vendo como estes fundos de escritório vão se comportar por conta do aumento do home office no Brasil - a tendência é que os fundos se adaptem e se adequem à nova realidade, afinal gestor nenhum vai ficar parado se quiser sobreviver neste emprego, mas vamos ver os próximos capítulos desta eterna novela que é a futurologia...) - dono de vários prédios comerciais nas regiões sul e sudeste do nosso Brasilzão de Deus; e
- SDIL11, um fundo de galpões logísticos (na minha humilde opinião, o melhor segmento de FII). No momento está com um passivo um pouco alto (20%), mas isto foi para bancar a aquisição de imóveis, então creio que a tendência seja de redução da dívida.
Obviamente, não recomendo a compra de nenhum destes fundos. O critério que funciona para mim pode não funcionar para vocês, pois cada um tem objetivos e necessidades diferentes e situações de vida diferentes.
Vi vários blogueiros reclamando do desempenho dos FIIs e confesso que também me sinto um pouco desanimado com a renda passiva. Porém estou apenas no começo dos aportes, e sinto um pouco de alegria vendo os aluguéis caindo na conta. O que importa é aportar em bons FIIs.
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Clique para ampliar |
Pretendo ter no máximo 15 FIIs na carteira, e no momento tenho 7. A renda passiva recebida em outubro (99% aluguéis dos FII e 1% dividendos de ações) foi de 1,2 coroa. Se fizermos a divisão da renda passiva de aluguéis pelo total acumulado em FIIs (1,2/235) o resultado é de 0,51% no mês, ou seja, um pouquinho a mais que a regra antiga da poupança (que era 0,5%+TR, sendo que a TR está zerada desde 2017).
Porém, se considerarmos o quanto já aportei em FIIs desde o começo (250 coroas) o rendimento foi de 0,48% e, excluindo os FIIs comprados no mês (para os quais não recebi aluguéis por ter comprado depois da data-ex), o rendimento foi de 0,59%. Em ambos os casos, o rendimento ajustado dos FIIs este mês foi inferior ao da poupança pela regra nova, o qual atualmente está em 0,62% a.m., conforme esta postagem deste blog.
Ou seja, em termos de rendimentos, os FIIs estão perdendo para a poupança! Pouca coisa, mas estão perdendo, e isto não deveria acontecer! (se algum leitor perceber algum erro no meu raciocínio, por favor comente aí e me corrija!)
EDIT (06 de novembro): conforme observado pelo colega Poupador do Interior, o blog linkado acima se equivocou quanto ao rendimento atual da poupança. O valor atual correto do rendimento mensal da nova regra está em 0,4412% a.m., conforme a página do Banco Central (link).
Desta forma, os FIIs estão ao menos cumprindo a obrigação de renderem mais que a poupança (é obrigação sim, pois seu risco é superior ao da poupança - logo, a remuneração precisa ser maior.)
De qualquer maneira, a taxa SELIC está mais alta: atualmente em 7,75% a.a. ou 0,624% a.m. - ainda um tanto "baixa" para padrões brasileiros, quando comparamos com 2016, por exemplo, em que havia quem acreditasse ser possível viver dos juros da poupança com "apenas" 1 milhão na conta (por exemplo, o sumido Pobretão de Vida Ruim).
Mas, estando a SELIC a 0,624% a.m., e minha carteira de FIIs tendo rendido 0,59% a.m. neste mês, será que eu "perdi dinheiro"? Será que eu deveria me preocupar??
Eu acho que não, a diferença de rentabilidade foi mínima, e no meu patamar de patrimônio quase não faz diferença em valores absolutos (olha aqui os "13 reais" que o Bastter tanto fala).
Mas, ainda assim, considerando a questão risco X retorno, não deveriam os FIIs ter rendido mais do que 0,624% a.m.? Será que o problema foi a minha carteira? Ou será com todos os FIIs?
Vamos ver se este quadro vai se reverter, mas para isto os aluguéis dos imóveis deverão ser reajustados de modo que o rendimento por cota ultrapasse os 0,624% a.m. ou o valor de cada cota deverá diminuir proporcionalmente de modo a aumentar o rendimento por cota, ou uma combinação destas duas coisas.
Mas com a economia em frangalhos, não sei se é uma boa ideia para os fundos aumentarem os aluguéis neste momento, então provavelmente o que vai acontecer é o reajuste do preço das cotas. Este deve ser um dos motivos para o IFIX estar caindo, ao menos no último ano. Óbvio que há exceções, e que há fundos com as cotas valorizando. Mas na média acho que o caminho, por enquanto, é a queda.
Independente do rendimento (que não é uma boa medida por si só, diga-se de passagem), os FII têm como vantagem perante a poupança o fato de serem lastreados em imóveis (ativo de valor real e que produz valor) e o fato de os aluguéis ao menos terem a possibilidade de serem ajustados conforme índices inflacionários.
A poupança é "só dinheiro" (ativo de valor fiduciário e que não gera valor por si só).
Então julgo que, mesmo que o rendimento de FIIs permaneça inferior ao da poupança SELIC, ainda é uma classe de ativos válida para aportar e diversificar (Até porque é a única maneira de pessoas comuns como nós termos alguma participação no riquíssimo mercado imobiliário).
De qualquer maneira, ainda tenho um longo caminho a percorrer rumo à TF, confrades! Os aluguéis recebidos aumentam bem devagarinho... É necessário ter muita persistência!
No trabalho, tenho me estressado mais que o normal. Estou tentando mudar de setor (ou mudar de emprego) mas é difícil - vejam se vocês também não passam por isso: nenhum setor quer perder alguém que já sabe fazer o trabalho e ao mesmo tempo nenhum setor quer aceitar alguém que ainda precise aprender - ninguém gosta de ensinar ninguém nas empresas, todo mundo só quer profissionais já prontos.
Sinceramente, as pessoas que conseguem ser felizes no trabalho e são ultra-motivadas (ou pelo menos fingem bem), "vestem a camisa" e "têm brilho no olho", entre outras frases bestas pseudo-motivacionais destes tempos sojados que vivemos, têm é muita sorte. Eu não consigo ser assim, ou pelo menos até hoje nunca encontrei um emprego em que me sentisse assim.
Às vezes fico muito para baixo e só não largo tudo e me arrisco em um pequeno negócio (informal mesmo) e fazendo bicos por aí porque tenho uma família para cuidar (e seria MUITA irresponsabilidade minha largar o emprego, do nada) e porque sou medroso.
Não me sinto feliz e nem realizado onde trabalho (acho que poucos são, e acho que ser "feliz" e "realizado" trabalhando é um luxo, é algo para bem poucos).
Meu trabalho é apenas um lugar onde passo a maior parte do dia e recebo um dinheiro todo mês em troca do meu tempo, e só. Eu tento não deixar que as coisas ruins de lá me afetem na vida particular, mas todos sabemos o quanto isto é difícil na prática. É muito difícil não trazer preocupações para casa e não me sentir mal por coisas que acontecem ou que são ditas no escritório (ou no whatsapp depois do expediente...). Eu tento, mas é difícil.
Assim, não sei porque alguns criticam tanto o movimento FIRE. O pessoal FIRE está certíssimo em seu objetivo, e eu espero algum dia alcançar pelo menos uma semi-IF (que eu chamo aqui de TF - tranquilidade financeira).
Concordo que ficar 100% ocioso pro resto da vida faz até mal para a saúde, mas também acho que o mundo do trabalho hoje em dia faz mais mal ainda, especialmente quando se é empregado de alguém.
No fundo, o movimento FIRE é só mais um sintoma da doença que nossa sociedade está vivendo - é uma reação do hospedeiro.
Perdoem-me pelo desabafo, confrades. Para que ninguém diga que só sei reclamar, mês passado iniciei uma pós-graduação que talvez me ajude a ser professor (de faculdade particular, porque de pública só com doutorado) e que me dará mais moral para cobrar um pouco mais em aulas particulares, além de dar uma enfeitada no currículo, o que nunca é demais. E talvez eu escreva um livro sobre o assunto da pós e ganhe uns royalties (acho que consigo juntar as aulas particulares que dei e transformar em um livro)
- falando em livros, vocês sabem se, por exemplo, para escrever livros de finanças é necessário ter certificação anbima ou algo do tipo?(não que eu queira escrever sobre isso, mas é bom saber)
E para escrever livros de determinada área de conhecimento é "exigido" ter registro no conselho profissional pertinente? Exemplo hipotético: eu corro o risco de ser processado pela OAB caso escreva um livro de direito sem ser advogado, mesmo tendo experiência profissional e amplo conhecimento no assunto e não escreva nenhuma besteira? Alguém tem idéia se isso acontece?
É uma dúvida sincera, porque seria uma maneira de monetizar alguns conhecimentos que tenho.
Ainda assim, é bom eu garantir alguma renda passiva, se for largar meu atual emprego para dar aula em alguma faculdade particular (tenho a impressão de que não pagam bem, mas se tiver algum leitor que seja professor de faculdade particular e puder me dizer alguma coisa a respeito, comente aí). Ainda tenho um longo caminho a percorrer...
O mundo do trabalho não é nada fácil.
Tenho que ser perseverante.
Assuntos gerais: não tenho lido nenhuma notícia, graças a Deus! Isso é muito bom. Quando visito meus pais e eles me contam os acontecimentos da semana, eu nunca estou sabendo de nada, chega a ser engraçado. Com certeza isso me poupa de muito estresse e chateação.
Livros: comecei a ler O Nome da Rosa, livro escrito por Umberto Eco, sobre a investigação de um assassinato ocorrido em um mosteiro na idade média. Livro bom para aprender algumas coisas sobre a vida em mosteiros, um pouco de história da idade média, um pouco de história da Igreja Católica e também um pouco de latim (há várias passagens escritas em latim, e dá para aprender um vocabulário bacana se eu me esforçar e traduzir todas elas). Recomendo a leitura! Comprei num sebo por 10 reais. Costumo ler no caminho de ida e de volta do trabalho (sempre vou de transporte público) e durante o almoço. Já li vários livros assim.
Saúde: fiz um checkup recentemente e está tudo bem, graças a Deus.
Família: tudo bem, graças a Deus!
Forte abraço, companheiros de jornada rumo à TF!
Fiquem com Deus!
Que novembro seja um mês ainda melhor do que foi outubro!