domingo, 16 de fevereiro de 2025

Sobre estudar para concursos e o FOMO (Fear Of Missing Out)

Saudações confraria concurseira e concursada da melhor blogosfera do Brasil! 

Este é um assunto que volta e meia me "atormenta", e falei sobre isso em uma resposta minha a um comentário do Scant feito em outro post de meu blogue. Vou reproduzir aqui:

"Uma coisa que me dificulta muito é que qualquer coisa que eu leia ou estude além de material de concurso tem me provocado uma imensa sensação de "FOMO", parece que estou perdendo tempo que poderia estar estudando as matérias de concurso (por exemplo, outra "fantasia" que eu tenho é a de programar jogos, cheguei até a fazer um curso rápido de pygame, pelo Youtube mesmo, no início de 2021, mas é aquilo: programar requer muito estudo e dedicação, que eu acho que não consigo agora e que me causa uma imensa sensação de "FOMO") - talvez a solução para isso seja separar nem que seja uma hora por semana, ou uma hora a cada 2 ou 3 dias, para me dedicar a estas "habilidades profissionais" e não ficar só estudando coisas semi-inúteis como direito administrativo.

E quando eu passar em algum concurso e puder largar meu emprego, espero conseguir me dedicar mais a estes estudos mais enriquecedores."

Tem muitos assuntos infinitamente mais interessantes que as matérias para concurso que eu gostaria de estar lendo e estudando, e imagino que eu vá estudá-las com muito mais afinco do que as bobagens que são cobradas em concursos públicos (eu adoraria estudar mais história, literatura, religião, mitologias, programação, artesanato,  etc. Até mesmo estudar coisas como fazer macros no excel eu acho que são muito mais interessantes do que decorar a literalidade de artigos de direito constitucional, direito administrativo, etc.)

Assim, eu estou constantemente em busca de um método, estratégia, etc. para evitar este FOMO e conseguir conciliar os estudos para concursos com estudos dos assuntos mencionados acima (e outros) e que são os que realmente me interessam e são mais úteis do ponto de vista profissional, e, é claro, ainda reservar algum tempo para o crescimento cultural e, acima de tudo, para o meu crescimento espiritual (pois afinal, confrades, temos que reservar algum tempo de nossas rotinas para Deus! O "mundo" está sempre tentando nos fazer esquecer de Deus e cabe a cada um de nós reservarmos um tempo para nosso crescimento espiritual, para evitarmos nos tornar "escravos do mundo" e para que possamos acumular os Tesouros do Céu, que no fundo são o que realmente importa).

Mais algum leitor que estuda para concursos sente isso também? Como lidam com isso? Comentem aí!

Forte abraço, companheiros de trincheira!
Fiquem com Deus!


24 comentários:

  1. Respostas
    1. Embora exercícios físicos façam bem para quem tem problemas com ansiedade (meu caso), não creio que ajudem a diminuir o FOMO. Pelo contrário, eu sinto FOMO quando faço exercícios!

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    2. deve ser pq vc nao gosta da ideia de ser funça

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    3. Acho que você não entendeu: eu sinto FOMO quando faço outras atividades que não sejam estudar para concurso (óbvio que não deixo de fazer, mas sinto ansiedade). Isto inclui exercícios.
      Para mim ser funça seria um meio de atingir um fim maior: uma semi-IF (que eu chamo de TF).

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    4. sei lá
      sempre achei q estudar demais é perda de tempo
      nunca passei de 4 horas por dia em estudo solitário e ainda dividia esse período
      sempre fiz planejamento de médio-longo prazo = 3-5 anos
      esse livro é bom pra desenvolver o mindset
      https://scantsa.blogspot.com/2019/05/livro-concurso-publico-estrategias-e.html

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    5. Concordo que é perda de tempo, e acho que só quem não trabalha consegue estudar com real proveito por mais de 2h por dia. Quem trabalha e tem família para cuidar (meu caso) fica feliz se estudar 1h~1h30 em um dia de semana, sem distrações. Eu só conseguia estudar umas 6h de uma vez só quando estava na faculdade.

      Bem legal o resumo que você fez do livro. Pode ser que eu compre.

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    6. 1h30 por dia - eu dividiria em dois períodos
      2/3 pela manha (acordar cedo) e 1/3 antes de dormir
      como é pouco tempo, o tempo da noite reservaria para revisar o que foi feito pela manha

      anki cards tb podem ajudar a otimizar o tempo

      dá pra achar o pdf desse livro na web:
      https://scantsa.blogspot.com/2018/10/livro-manual-de-um-concurseiro-2010alex.html

      é um metodo de estudo que usar cartoes e pode ser adaptado para anki cards ou usar mesmo cartoes físicos

      eu usei uma época e funciona como auxilio para memorizar

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    7. p.s.: meu marcador com posts sobre métodos de estudo/concurso público

      https://scantsa.blogspot.com/search/label/Concurso%20P%C3%BAblico

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  2. Na época que eu estudei para concursos estava em uma situação muito diferente da sua, então não sei se vai ajudar.
    Eu estudei para concurso enquanto estava na faculdade, sem fonte de renda alguma e precisava desesperadamente que desse certo.
    Nessas condições tudo que eu podia fazer era engolir o choro e me concentrar o máximo no objetivo, sem equilíbrio algum.
    Valeu a pena? Teve resultado e teve o preço a ser pago, como tudo na vida. Poderia não ter dado certo e eu ter me esforçado a toa. Eu poderia não me dedicar tanto e depois ficar a vida toda pensando "e se?". É complicado.
    O único limite que eu me impus foi que se eu não passasse em 5 anos, faria outra coisa na vida. Para não virar esses casos que estão aparecendo de vestibulandas de medicina que estudam 20 sem passar.
    Abraços.

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    1. Sim, é importante impor algum limite. Ultimamente tem pipocado nas redes umas histórias de pessoas que estão estudando há mais de 10 anos pro vestibular de medicina (que nem essa que você mencionou, que está há 20 anos) e são a meu ver histórias tenebrosas.
      O ideal para quem está começando é algo na linha do que você fez: conciliar faculdade e estudos para concursos e impor um limite para passar. E eu não abriria mão de fazer estágios remunerados e nem de arranjar empregos CLT enquanto não passasse, para evitar a armadilha de ficar com o currículo "em branco" enquanto não passasse no concurso.

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  3. Olá, mago! Vou falar da minha experiência que se assemelha muito à sua.
    1º - Existem matérias comuns em concursos, e.g. Português, Raciocínio Lógico e Informática. Para essas matérias, você nunca vai perder um minuto de estudo dedicado à elas, NUNCA!! Pois elas são extraconcursos - mesmo que não passe num concurso ainda assim elas irão te ajudar muito na vida pessoal e profissional -. Quando comecei, fiz questão de ficar MUITO bom nessas matérias, antes de começar a estudar as matérias chatas. Exceção à regra talvez seja redação oficial.
    2 - Foque em uma área do qual você consiga estudar sem que seja necessário queimar muita força de vontade, porque com o passar dos dias sua força de vontade irá esgotar e a eficiência do tempo de estudo irá diminuir ou você até irá não estudar em alguns dias. Existem várias áreas nos quais a quantidade de questões/pontos de direito administrativo e afins é muito pequena em relação às outras (Ex: Polícia federal).
    3 - FOMO estará sempre presente, por isso é necessário foco e conseguir "esquece-lo" durante um tempo.
    4 - Não adianta estudar para várias matérias de um concurso no qual a pontuação média seja de X%, e em Português você esteja com média de 0.7X%, é uma total perda de tempo e saúde mental. Faça concursos no qual a média total da prova seja menor do que você consegue tirar nessas matérias básicas.
    Há vários outros pontos, mas quis salientar os principais.
    Depois me diga o que acha.
    Abraços e boa sorte!

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    1. Obrigado, Concurseiro Tardio.
      1) Essas matérias são muito boas mesmo e não me sinto nem um pouco mal em estudá-las. Além das que você citou, eu incluiria contabilidade, estatística e direito tributário. Eu me sinto mal é decorando artigos de direito constitucional e administrativo, e tem outras também que me fazem me sentir mal quando estudo, mas não me vem à mente agora.

      2) Sim, os concursos que eu tenho feito têm uma carga menor desses direitos que eu mencionei, e isso para mim é ótimo. Porém, quase todo concurso cai, então eu acabo tendo que de vez em quando dar uma estudada nesses assuntos áridos.

      3) A jornada é dura mesmo.

      4) Não entendi muito bem. Você se refere à média de acertos dos candidatos em cada matéria? Se sim, acho meio "enganoso" pois geralmente um órgão "X" faz concurso em um ano e acaba só fazendo outro concurso 5 anos depois ou mais. Se tivesse prova todo ano para um mesmo órgão, aí sim seria plausível avaliar essa estatística de média de notas por disciplina (e pelo visto o pessoal consegue fazer isso em concursos tipo Caixa e BB, que têm com certa regularidade)
      Abraço!

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  4. Fala, mago! Não sei se isso vai ajudar, mas prestei concursos antes e durante a época da faculdade. A ideia inicial era conseguir estabilidade, depois continuar fazendo concursos e, quem sabe, dar aulas à noite.
    Hoje percebi que era muito ganancioso e não estou mais disposto a investir tempo e energia ao estudar para concursos nem tenho vontade de lidar com universitários; enxergo mais valor em outras coisas e fazer um extra com pequenos negócios é o sufuciente para mim. Estou bem longe de ser um FIRE ou qualquer coisa do tipo, mas já tenho muuuuito mais do que preciso e minha vida é comun e bastante agradável (sendo funcionário público municipal!).
    Se este é seu sonho (concurso) vá em frente e colha as consequências (boas e ruins), mas como um colega aí de cima falou é bom ter um limite, afinal somos finitos.

    Ah, a sociedade atual tenta nos definir pelo que podemos comprar ou pela profissão que temos, mas antigamente éramos definidos pelo nosso papel na sociedade e cada um era essencial: pai, mãe, agricultor etc. Hoje há muito edonismo e busca por reconhecimento vazio. Acredito ser essencial você olhar para o que já conquistou e ser grato, sem se cobrar muito, mas ainda tendo alguns sonhos (a vida é isso). Essas coisas tornam a vida mais leve.

    Segue dica de livro que me acrescentou muito: dEUSES FALSOS! Abs

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    1. Obrigado, Robin Hood!

      Também pretendo "sossegar" quando passar em alguma prova, e tentar renda extra com coisas que para mim são prazerosas, como dar aulas particulares, ou um negócio simples paralelo, para também não depender 100% do emprego público.

      Graças a Deus não tenho nenhum sonho hedonista, não.
      Não me importo com os atuais "signos de riqueza" (Não ligo para carros, não gosto de festas, ostentação, bebidas, roupas caras, roupas de marca, etc.). Estou apenas tentando construir um "porto seguro" que me deixe tranquilo para trabalhar com o que eu quiser, e isso não quer dizer que eu esteja atrás de uma renda passiva gigante.
      Obrigado pela indicação de livro, lerei quando puder.
      Mande um abraço para o João Pequeno, para o Frei Tuck e para os demais "merry men", e cuidado com as tropas do Xerife de Nottingham!

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  5. Há alguns anos nessa estrada de concursos públicos e posso afirmar: a melhor maneira de diminuir toda essa ansiedade (F.o.M.O.), para mim, é simplesmente me desligando do mundo e curtindo os meus jogos e a família. Ou seja: trabalho, estudo, jogos e família. Zero vida social. Comigo funciona muito bem.

    Obs. O comentário do Robin Hood é valiosíssimo! Repensar nosso conceito de 'sucesso' e de 'lugar na sociedade' também ajuda bastante neste processo. Saudações!

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    1. Obrigado, Zé tampinha!
      Tento sempre que possível me desligar da realidade. Graças a Deus tenho minha família para me ajudar, e também meus hobbies.

      Saudações!

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  6. Olá Mago. Eu estudei pra concursos públicos por muitos anos, ía passando em um e já emendava o estudo para o próximo. Hoje sou servidor federal, estável, boa remuneração, não posso reclamar das minhas escolhas do passado. Porém, parece que esqueci de viver, anos de reclusão fizeram sumir os amigos, acabei largando hobies antigos, parece que tudo em minha vida pós adolescência se resumiu a estudar, pois eu achava que todo o resto era perda de tempo. Cuidado pra não deixar a vida, a família e os amigos de lado. Hoje eu vejo que se não tivesse estudado tanto também teria passado, o primeiro colocado e o 200º depois de convocados ganham a mesma coisa. Boa sorte em teus estudos, dose com sabedoria

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    1. Obrigado pelos conselhos, anon. Você está certo, e de certa forma eu aplico esses conselhos.

      É uma pena que concursos com 200 ou 300 vagas estejam mais raros hoje em dia. O que antes eram 200 vagas para qualquer diploma e qualquer cidade, hoje eles dividem em especialidades e ainda subdividem em cidades de lotação, reduzindo o número de vagas (claro, também diminui a concorrência proporcionalmente)

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    2. nao colocam vagas no edital pra evitar acao judicial

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    3. Não entendi essa da ação judicial... Poderia explicar melhor?

      O que eu quis dizer foi isso:

      ####(Exemplo hipotético)####
      Até meados dos anos 2012,2013, etc. (concurso raiz):
      Fiscal do ICMS do estado XYZ >> 200 vagas; requisito: diploma de nível superior em qualquer área de conhecimento.
      E então os aprovados escolhiam suas lotações por ordem de classificação no concurso.

      Hoje em dia (concurso nutela):
      Fiscal do ICMS do estado XYZ:
      1) Especialidade: Administração, requisito: diploma em ADM e registro no CRA; vagas: 2 para Feira das Abobrinhas, 2 para Nova Helsinque, 2 para Feira de Nossa Senhora das Dores, 1 para Praça da Rebimboca

      2) Especialidade: Contabilidade; requisito: diploma em CBL e registro no CRC; vagas: 1 vaga na sede (capital de XYZ)

      3) Especialidade: Psicologia organizacional; requisito: diploma em PSI e registro no CRP; vagas: 3 vagas na sede

      4) Especialidade: Ciência de Dados; requisito: diploma em ciência de dados; vagas: 1 vaga em Itapenhatinga, 2 vagas em Feira de São Juliano, 4 vagas em Afonsolândia

      5) Especialidade: Serviço Social; requisito: diploma em Serviço Social e registro no conselho de classe; vagas: 1 vaga na sede, 2 vagas na Feira dos Gaúchos, 1 vaga em Miguelândia, 2 vagas em Praça do Joaquim
      (etc.)

      Esse novo formato tem uma vantagem de "pulverizar" a concorrência, mas também "pulveriza" as chances de vc conseguir. O que antes você concorria a 200 vagas, hoje em dia você muitas vezes concorre a umas 2, 3 vagas. Concursos com 50 ou mais vagas estão cada vez mais raros, pelo que estou vendo.

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    4. https://www.google.com/search?q=edital+nomeacao+direito+subjetivo&oq=edital+nomeacao+direito+su&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUqBwgBECEYoAEyBggAEEUYOTIHCAEQIRigAdIBCTI2NjEzajBqN6gCCLACAfEFdJZzR1DNfHg&sourceid=chrome&ie=UTF-8

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    5. ● O candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas previsto no edital possui direito subjetivo à nomeação.
      [Tese definida no RE 598.099, rel. min. Gilmar Mendes, P, j. 10-8-2011, DJE 189 de 3-10-2011, Tema 161.]

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  7. Eu estudaria para concursos e deixaria os jogos de lado, já existem muitos estúdios de games, desenvolvedores autônomos e muita coisa produzida nesse mercado, será complicado se estabelecer nele, se não souber design gráfico será difícil fazer um bom jogo com boas artes, personagens e cenários. Precisa bastante conhecimento.
    Concurso me parece mais simples de passar.

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    1. Tudo bem, TR?
      A minha idéia é passar em um concurso para ter o meu "ganha-pão" fixo e ganhar dinheiro por fora (e me realizar, pois sei que no emprego público dificilmente me realizarei) com esses trabalhos autônomos (aulas particulares, produção de jogos, arte, etc.).
      E acho que não devemos pensar desse jeito - "ah, o mercado tal está saturado, não vale à pena porque tem muito concorrente etc etc" porque senão ninguém faz nada, porque "todo mercado já está saturado", "todo terreno já tem dono", "todo livro já foi escrito" - e isso é um pensamento muito derrotista!
      Acho que programar jogos é uma maneira de uma pessoa conseguir ganhar dinheiro de forma autônoma hoje em dia. Claro que só uma minoria vai ficar milionária, mas eu me contento com algumas poucas vendas por mês. Para mim já está bom!

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