sexta-feira, 3 de maio de 2024

Aportes e Atualização Patrimonial - abril de 2024

 Saudações, confraria da melhor blogosfera do Brasil!

Findo o mês de abril (e com isso um terço do ano de 2024 de Nosso Senhor), vamos a mais um post rápido de atualização patrimonial. 

Como sempre todos os valores estão expressos em Coroas, a moeda oficial fictícia do blog, a qual serve tão somente para permitir o acompanhamento de minha evolução percentual em termos de patrimônio financeiro:


Aumento acumulado de 299,5% em relação ao começo da série histórica, em junho de 2021. O índice considera tudo: aportes e valorização dos ativos. Prefiro não separar os dois efeitos, porque no fim só o que importa em finanças pessoais é o meu patrimônio aumentar.

Em abril sofri uma queda em relação ao mês anterior, motivada principalmente por saques da poupança, em virtude de despesas extras. É chato, mas faz parte do jogo, e é para isso que o dinheiro está na RE, para começo de conversa. Se não tivesse nada, eu teria que ter vendido ações, FIIs, ou pego um empréstimo com o banco, o que seria muito pior!

Hoje a minha maior dificuldade em termos de investimentos é considerar as aplicações na RE como aportes (eu sei que são, mas "psicologicamente" não considero assim, e sei que é errado de minha parte). Preciso me esforçar para mudar esta mentalidade e passar a fazer aportes mensais ou pelo menos bimestrais na poupança. Nos últimos 2 ou 3 anos só tenho aportado parte das férias e do 13º, e eu sei bem como é importante ter uma boa RE, principalmente quando vem aqueles gastos inesperados (médico, remédio caro, obra emergencial, conserto de eletrodomésticos, etc.). Não façam o que eu faço, confrades, e separem algum dinheiro todo mês para aportar em suas respectivas REs! Me esforçarei para fazer isso!

Agora, vamos aos aporte do mês de abril, relembrando, como sempre, que nenhum ativo mencionado no blog e/ou nos comentários é uma recomendação de compra, e que se vocês, ao invés de estudarem por conta própria, ficarem seguindo dicas de anônimos na internet, youtubers, tuiteiros, tik-tokers, etc. serão feitos de otários e perderão todo o dinheiro que investirem! 

Ações - o aporte do mês foi todo pulverizado em AGRO3, uma empresa do ramo agrícola (como o ticker sugere), CPFE3, empresa do ramo de eletricidade, e um pouquinho em Itaú e Weg.  Com isso, agora tenho 2 empresas do setor agrícola e 3 elétricas na carteira de ações, a qual agora conta com 34 empresas. Ainda há mais algumas que eu gostaria de acrescentar ao meu portfolio, mas estou perto de completá-lo (for the time being, at least).



FIIs - o aporte do mês foi em BTLG11, fundo de logística gerido pelo BTG Pactual e dono de 26 imóveis distribuídos por 6 estados do país e, no momento, vacância quase zerada. Agora a carteira de FIIs está com 18 FIIs, bastante próxima de ficar completa. Acho que só tem mais um ou dois que eu gostaria de acrescentar, mas isso será feito mais para a frente.



Renda Fixa - uma novidade para mim foi ter aportado um pouquinho em Tesouro Selic. Comprei um pouquinho do Tesouro Selic 2029, só para ver como é. O valor aportado está incluído no valor da RE, no template no início da postagem. Eu me sinto mais seguro com ações e FIIs do que com títulos do tesouro, em que pese eles só correrem o "risco soberano", ao menos em teoria (porque na prática, mesmo os indexados ao IPCA não nos protegem totalmente contra a inflação, pois o IPCA é somente uma das medidas possíveis da perda de nosso poder de compra, e a meu ver não está cumprindo satisfatoriamente esse papel!). Acho que esse assunto merece um post dedicado, a ser escrito e postado talvez só no segundo semestre... veremos!

Pode ser que em maio eu me aventure com LCI, ou LCA, ou algo parecido, mas ainda não decidi.

Exterior - em abril "só" aportei aquele pouco de dividendos que ficaram acumulados na corretora e o dinheiro que foi provisionado resultante da fusão do Physicians Realty Trust com outro fundo, que gerou o HealthPeak Properties, mas acho que vou aportar mais em maio. Pena que o dólar está ficando caro. Cheguei a ver o dólar a quase R$ 5,20 em abril. Acho que chegou a passar deste valor, mas não vi. O pequeno aporte foi na One Liberty Properties, um REIT com carteira de imóveis diversificada em indústria, comércio urbano e escritórios. O próximo aporte no exterior irá priorizar reforçar as posições já existentes, ao invés de adquirir novos ativos.



Renda Passiva - este mês recebi 13 coroas, só 1 coroa a menos do que no mês anterior, e pela primeira vez em muitos meses não cheguei a receber 1 coroa inteira dos investimentos no exterior. As empresas que me pagaram dividendos este mês foram: Cielo (!), Fras-le, Farmácias Panvel, Porto Seguro, Romi, B3, Lojas Renner, M. Dias Branco, Laboratórios  Fleury, Itaú e Bradesco. No exterior recebi dividendos da Coca-Cola e da Eagle Materials, e dos REITS Gladstone Commercial, Realty Income, Stag Industrial, EPR Properties, e Iron Mountain. No total, 18 empresas contribuíram para minha renda passiva deste mês, ou seja, quase 25% do portfolio (atualmente com 80 ativos), isso sem contar com os 18 FIIs da carteira. Pena que este mês não consegui reinvestir a renda passiva, mas ao menos ela serviu para diminuir o saque da RE.



Segue o gráfico do patrimônio total da minha Holding fictícia Mago S/A:



É isso, pessoal. Continuo estudando pesado para concursos. Sem muito tempo para escrever muito por aqui. Tomara que no segundo semestre eu consiga escrever um pouco mais.

Forte abraço, confraria!

Fiquem com Deus! 

19 comentários:

  1. pra mim, deixo uns 10k na RE.
    só aporto depois q recomponho essa RE
    RE é pré-aporte

    abs!

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    1. É, cada um tem o seu nível de RE com o qual se sente tranquilo. Eu estou considerando (já há algum tempo) um conceito amplo de RE, que na verdade é RE + Renda fixa, e o meu objetivo é manter sempre entre 25% e 30% do patrimônio total. Ou seja, pela minha atualização do mês atual, a minha RE está próxima deste limite inferior. Mas peguei uma idéia boa no blog do Mendigo Investidor de colocar uma meta em termos de meses de gastos. Por exemplo, a dele é de 18 meses. Penso em elaborar algo assim. Vai ser isso ou então manter a idéia das bandas de % do patrimônio total. O difícil é que eu me acostumei a todo mês, já há quase 3 anos, aportar em renda variável. Talvez a solução seja aportar bem pouquinho em renda variável, para não "perder" o costume, e o resto do aporte jogar na RE. Veremos!

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  2. Você tem razão quanto ao IPCA não preservar o poder de compra, mas pelas minhas análises IPCA+2,5% já preserva. Assim títulos disponíveis hoje acima de IPCA+6% são maravilhosos. Eu sou um fã confesso de renda fixa atrelada a inflação, tenho bem mais dela do que SELIC.
    Abraços.

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    1. Sim, também pretendo ter alguma coisa nestes títulos atrelados ao IPCA (até onde sei essa rentabilidade é única - ou quase única - no mundo > veja que até nossa caderneta de poupança é boa em comparação ao resto do mundo: uma savings account no bank of america estava rendendo por volta de 0,3% ao ano quando pesquisei, mas isso já faz uns 2 anos, não sei como está agora). Eu só não acho que eu terei um percentual muito alto do meu patrimônio em títulos do tesouro.

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  3. "Inflação acumulada desde o Plano Real chega a 653% - Folha"

    nada preserva o poder de compra no bostil

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    1. É, acho que ações protegem alguma coisa contra a inflação (Se a empresa for boa, claro) e talvez ouro e prata, moedas para colecionadores, etc. mantenham o poder de compra, principalmente o ouro e a prata, mas o problema é que você fica limitado a só vender essas coisas para outros colecionadores (no caso de moedas) ou para outra pessoa física que queira ouro ou prata, porque se for vender em uma numismática ou numa dessas lojas tipo "Compro ouro" o deságio é absurdo, dependendo do lugar - tem uns que deixam o Rick Harrison do "Trato Feito" no chinelo!

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  4. Mago,

    Também peguei um IPCA+ para 2029, as taxas estavam atrativas demais.

    Esse seu post me fez parar para pensar que minha exposição ao agronegócio é muito baixa, basicamente só tenho Suzano na carteira e não sei se é necessariamente aquele "agro" que temos a concepção. Vou dar uma olhada em AGRO3.

    Abraços,
    Pi

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    1. Para mim a Suzano é "indiretamente" agro, ela talvez se pareça com os REITs de floresta, exceto que ela deve dominar boa parte da cadeia produtiva do papel (eu acho).
      Eu peguei o Selic 2029, nem vi se tinha um IPCA 2029. Se tiver, pode ser uma boa, porque seria uma correção pelo IPCA para um prazo não tão longo assim, pode ser útil para, por exemplo, guardar dinheiro para compra de imóvel, ou algo assim.

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  5. Eu também tenho essa dificuldade de encarar o investimento na RE como aporte, acho que ficamos meio viciados em comprar ativos na renda variável.

    O que funciona pra mim, quando preciso recompor a RE, é dividir o aporte entre RE e algum ativo da carteira, colocando pelo menos 50% na RE. E mesmo quando a RE está ok eu tento sempre colocar valores baixos nela mensalmente (100,00, 200,00, 300,00...) com o intuito de ir engordando aos poucos. Há um tempo atrás fiz esse post sobre Reserva de Emergência:

    https://ficandotranquilo.wordpress.com/2023/07/02/atualizacao-r-306-26934-junho-2023-reserva-de-emergencia/

    Abraço.

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    1. Valeu, FT, vou ler seu post com calma. Concordo com você, acho que estou viciado em aportar na RV. Ainda tenho dificuldade de fazer essa divisão do aporte em 50% RE e 50% outra coisa. Mas acho que essa é a única maneira de dar certo. Já tentei reservar R$ 100,00 ou R$ 200,00 para a RE, mas nunca consigo: sempre surge uma necessidade que me faz sacar da poupança, até porque tudo está encarecendo muito rápido, e eu vivo meio no "aperto" - eu não deixo de aportar, e aporto sempre no início do mês, mas o que sobra é quase contadinho para o mês todo - então, por exemplo, qualquer consulta médica, compra de remédio, compra de presente para alguém, etc. acaba me forçando sacar da RE.
      Então acho que são 2 vícios que eu tenho que tentar largar: 1) o de aportar só em RV e 2) o de aportar logo que o pagamento cai na conta - - - > para corrigir isso, de vez em quando eu tenho que deixar para aportar só no fim do mês, o dinheiro que efetivamente sobrar, assim não saco da RE. O ruim é que as necessidades vão surgindo, e enquanto ainda há disponibilidade fica mais fácil gastar... Talvez a solução seja um meio termo: aportar só metade do valor que costumo aportar no começo do mês, e a outra metade aportar só no final do mês (o problema é que aí provavelmente o que vai sobrar vai ser menos da metade que faltava...)

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    2. Ficando Tranquilo. curti sua postagem sobre RE. Só fico tranquilo com RE de 2anos. kkkk sou extremista com reserva.

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  6. Mago, parabéns pelos resultados e a resiliência.

    Eu considero o qu eestá na RE como parte do patrimônio, inclusive a minha está grande de mais, pois passei mais de um ano aportando apenas nela por conta do Plano Canadá, que está on hold agora.

    Sobre o famigerado IPCA+ 6%, eu estou seriamente cogitando em tirar um pouco dessa RE inflada, que está dividida entre um CDB 100% CDI + um LCI que rende uns 90% do CDI pra por nele. Não fiz isso ainda pois lá no fundo da minha mente fica uma voz dizendo que eu tenho é que diminuir essa RE e enviar tudo lá pra fora pra aportar em RV.

    Abraço.
    https://engenheirotardio.blogspot.com/

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    1. Obrigado, Engenheiro. Eu sou da opinião de que a RE tem que ser "gorda", porque é melhor deixar um dinheiro rendendo menos (ou com potencial menor de rendimentos) do que ter que vender ativos na hora de um sufoco. O colega Mendigo Investidor tem uma prática que eu considero bem boa, que é ter uma RE de 18 meses de gastos. Uma meta desafiadora, mas acho válida, porque com certeza dá tranquilidade em momentos de aperto. Se eu conseguir, gostaria de ter um dia uma RE de 2 anos de gastos. Bastante ousada, e deve dar bastante tranquilidade também.
      Abraço!

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    2. esse Mendigo Investidor tem blog? consegue me passa?

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    3. Aqui está: https://mendigoinvestidor.blogspot.com/
      Depois dá uma olhada na minha blogroll, tem link para vários blogs da finansfera.
      Abraço!

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  7. Opa sou novo na blogosfera. Achei top demais sua carteira. é bem diversificado. Parabéns Mago economista vc é foda. Vou te seguir!

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    1. Grato pelo elogio, caro Esquizoide.

      Vou te adicionar na blogroll.
      Abraço!

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  8. tenho RE gordo q faz parte do 60% da minha carteira. Já passei dificuldade quando não tinha emprego. Para nunca mais kkk

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    1. Caramba, 60%! E eu já achava a minha com uns 25% "exagerada" às vezes!
      O pessoal costuma subestimar a importância da RE, mas é melhor ter uma RE grande do que vender ativos em momentos de dificuldade. Espero conseguir engordar a minha este ano.

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