sexta-feira, 6 de maio de 2022

O que influencia o mercado de criptomoedas?

Fui fazer minha compra mensal de BTC e fiquei surpreso com o preço. 

Ainda é bastante caro e ainda acima do valor pelo qual comprei pela primeira vez (por volta dos 168K), mas como estava acostumado a ver o preço acima dos 200K, me impressionei.

Vejam só o gráfico do BTC, nos últimos  12 meses:

Todos os prints deste post foram tirados em 5 de maio de 2022.


O que pode estar influenciando o preço do BTC? (não tenho pretensão nenhuma de acertar nada, são só suposições) - creio que os 2 principais motivos sejam:

- Baleias enormes se desfazendo de suas posições rapidinho e inundando o mercado, o que força os preços para baixo (talvez com o objetivo de provocar uma queda para recomprar depois, mais barato?);

- Alta dos juros dos EUA - será que lá o pessoal é que nem aqui e quando vê um juro um pouco mais alto já corre para a renda fixa? Ou será que simplesmente os americanos voltaram a ficar otimistas com o dólar? Ou será que foi por causa da expectativa de redução da oferta de moeda (US$) provocada pela alta dos juros? Com menos dinheiro disponível, os grandes investidores institucionais precisam pensar duas vezes antes de pôr dinheiro em um ativo arriscado...


Podem ser todos os motivos listados acima, podem ser só alguns deles e podem ainda ter outros N motivos para a queda geral das criptomoedas. E é interessante reparar como que o BTC é o benchmark desse mercado, pois a cotação das demais criptos (ao menos das principais) tende a seguir os movimentos do bitcoin. Vejam alguns gráficos abaixo:

Gráfico de 12 meses do ETH

Gráfico de 12 meses do LTC

Gráfico de 12 meses do Polkadot


Uma coisa interessante de se notar foi que o BTC subiu bastante a partir da pandemia (notem o preço de 25K reais em 13/3/2020):


E durante todo esse tempo dr pandemia, milhares de altcoins foram lançadas (a maioria provavelmente "shitcoin"). Imagino que só uma minoria continue existindo nos próximos 5 anos... mas posso estar enganado!

Enfim, só achei interessante a movimentação dos preços das criptomoedas neste começo de maio. Acabei lendo alguns artigos a respeito e já há (desde pelo menos fevereiro, na verdade) repórteres e economistas falando de um novo "inverno cripto". 

Imagino que isso tudo "funcione" da seguinte maneira: existe um "preço mágico" que é o "consenso" do mercado para o que deveria ser o  "piso" do bitcoin. Se ele não romper esse "piso", muita gente vai aproveitar para comprar BTC "barato", e por causa disso, a moeda deve se recuperar em seguida, voltando à casa dos 200K. Porém, se o preço romper o "piso", vai aumentar o número de pessoas que vão perder a confiança na moeda, e um novo "piso" será "eleito" pelo "consenso" do mercado

Como eu aporto bem pouco em BTC (menos de 2% do meu patrimônio total), para mim tanto faz o que vai acontecer com essa moeda. Se virar pó, posso ficar um pouco chateado, mas logo vou superar.


E vocês,  confrades? Aportam em BTC? 

Os que não aportam, o que acham dessa moeda?

Forte abraço e fiquem com Deus!

21 comentários:

  1. Grande Mago.

    Não sou um cryptolover, mas "demorei demais" pra fazer minha fezinha nas cryptos. Elas ainda estão longe de substituir as fiats e momentaneamente estão perdendo um característica defensiva de ser descorrelacionadas com o mercado.

    Mas continuo com uma meta pequena tbm na minha carteira, torcendo pelo seu poder multiplicador para encurtar meu caminho FIRE.

    Mas encaro como apostas... um bilhete que demora pra espirar.

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    1. De certa forma eu também as encaro como apostas. Eu não sei se realmente acredito nelas. Tem uma coisa que o Bastter fala e que eu considero bem real: enquanto não for possível comprar um café usando BTC sem ter trabalho nenhum, o uso da moeda não vai realmente viralizar.

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    2. Tem isso também, Ras Ratel. Com tanta fraude no cripto mundo o pessoal fica ainda mais desconfiado, fora a complicação de fazer transações com btc e outras criptos, que não é tão trivial assim. E ainda tem o principal problema, na ninha opinião: perdeu a senha, perdeu tudo... tem gente que faz backup da senha, mas o backup também tem uma senha, que também pode ser perdida... enfim...

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    3. Exato, tanto o custo, que deixa pequenos valores impraticável e a velocidade, tem transação q demora minutos/horas pra ser registrada. Compra um café de 5 reais, ao custo de 10 reais pra registrar a transação e esperar meia hora pra transação ocorrer... inviável.

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  2. Não sou especilista no assunto, mas pra mim o propósito inicial das criptomoedas é justamente o seu maior limitador.
    A ideia de um ativo que sobreviva à margem do sistema é algo nesse contexto pouco viável.
    Por vários motivos: não é prático, não é palpável, não tem lastro, é absolutamente especulativo.
    A especulação foi que serviu como isca, já que possibilita ganhos rápidos e as vantagens ou a vantagem termina aí. Até porque há sempre o risco de desvalorizações enormes e repentinas.
    Se por ventura alguma criptomoeda ganhasse grande relevância, obviamente seria absorvida pelo sistema monetário vigente e tornar-se-ia mais uma modalidade dentro mainstream.

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    1. Sim, imagino que se ganhasse muita relevância, não demoraria para surgirem regulações e serem absorvidas pelo sistema financeiro mundial, perdendo o propósito anarquista.
      Talvez a verdadeira anarquia só possa funcionar com coisas físicas, e por isso que governos são rápidos para proibirem moedas físicas concorrentes. Fico lembrando daquele povoado rural russo que emitiu uma moeda paralela ao rublo, e lastreada em baldes de batatas... se bem me lembro, o governo reagiu rapidinho antes que a ideia se espalhasse.

      Btc tem um apelo enorme pro pessoal libertário, mas quem garante que não é só mais uma "psyop"?

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    2. Também não adianta uma moeda, mesmo que com lastro físico que só existe e é reconhecida em um local.
      Já existiu isso no Brasil inclusive.

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    3. Onde isso aconteceu no Brasil?
      Se a moeda for lastreada em algo que todo mundo valoriza (ouro, prata, rubis, diamantes, etc) adiantaria. A das batatas acho que daria certo. Na história da França já houve moeda lastreada em terras.

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    4. O que eu disse que houve no Brasil, foi pessoas de uma comunidade criarem uma "moeda" simbólica para se usar naquela localidade. Não me lembro o local porque vi isso faz tempo.
      Não adianta. Você vai viajar, fazer um curso, um tratamento médico, uma cirurgia, ir a outra cidade, ou bairro, pagar contas das mais variadas, ter crédito, financiar etc etc, com base em uma "moeda" utilizada por meia dúzia de pessoas?
      O melhor a se fazer e se preparar, e tentar viver da melhor forma dentro do sistema financeiro tradicional. Isso é o que temos de fato.

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    5. Acho que lembro dessa história, se não me engano era uma moeda chamada "palafita", e era iniciativa de um banco de microcrédito. Não lembro a cidade, mas lembro de ter lido uma notícia falando algo sobre isso. Na época eu não imaginava que isso fosse durar.

      Se não houver dinheiro, haverá o escambo, mas óbvio que ele funciona mais fácil na zona rural, onde até hoje tem lugares em que é normal pagar em víveres , principalmente entre vizinhos.

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    6. Aqui na minha região várias cidades fizeram esse movimento de criar uma moeda local pra incentivar o comércio local, uma tentativa de competir com e-commerce e grandes redes, não durou 1 ano.

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    7. Acho que só daria certo se fossem moedas de ouro e/ou prata, que são metais universalmente aceitos. Mas ainda assim, teria o problema da confiança: quantas pessoas de fora da cidadezinha confiariam no teor de metal precioso que há em cada moeda? Quem garante o teor? A não ser que a cidade se organizasse pra comprar milhares de moedas "American Eagle", "Maple Leaf" ou similares, que são conhecidas no mundo todo, haveria esse problema de poucas pessoas de fora aceitarem moedas de metal precioso cunhadas em uma cidadezinha...

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  3. Mago,

    Já investi em HASH11 para tentar entender essa ideia de criptoativos, confesso que depois de dois meses pulei fora do barco quando parei e me perguntei para que caralhos aquilo servia.

    Não gosto de Bitcoins, na prática ele não tem valor como termo de trocas comerciais, seu valor é única e exclusivamente baseado na crença dos seus apoiadores de que no futuro funcionará como um meio de transação entre as pessoas e olhando os últimos 5 anos ele me parece que não evoluiu em nada nesse sentido.

    O que está acontecendo com esse mercado é o mesmo fenômeno que está alcançado empresas modinhas e que não dão lucro, sem aquele oceano de liquidez sendo jogado no mercado e precisando ser alocado a tendência é a fuga para ativos que provaram qualidade.

    Abraços,
    Pi

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    1. Nem lembrava que você tinha saído do has11.
      Concordo que tem muita modinha nesse mundo, e realmente na prática o btc não resolveu problema nenhum.

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    2. Concordo, acho que a maioria das pessoas que "investe" nisso na verdade é uma aposta gananciosa torcendo pra que continue se valorizando como já aconteceu, mas eu acho que perdemos o barco agora.

      Ano passado teve outra moda, jogos NFT, não duraram 6 meses também, quase tudo derreteu porque os robôs tomaram conta desses jogos, fora alguns que me parecem muito com esquema de pirâmide, os que tinham que pagar pra poder jogar prometendo ganhos futuros.

      Agora só estou olhando e esperando pra ver qual será o próximo movimento nesse sentido. Essa semana vi que Instagram quer implementar NFT também, não sei onde isso vai dar.

      Valeu!!

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    3. Esse negócio de NFT na minha opinião serve mais como lavagem de dinheiro, que nem o mercado de arte tradicional (claro que tem transações legítimas, mas muitas são pra lavar dinheiro do crime mesmo). Eu só entraria em NFT como vendedor de jpeg e nunca como comprador. Imagina só que legal ganhar dinheiro com desenhos toscos feitos no paint? Posso estar redondamente enganado, mas pra mim só vale a pena NFT se você for o vendedor mesmo. Comprar eu não compro.

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  4. https://www.youtube.com/watch?v=qSg7ERAmyCs

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  5. É, tambem não acho que seja o fim definitivo do bitcoin. Até porque ele já morreu dezenas de vezes, como o cara do vídeo fala. Como eu só tenho uns 2% do patrimônio em BTC (agora menos, por causa da queda), eu não me incomodo. Fiz minha compra mensal, reduzi o preço médio, e segue o jogo. Se tivesse dinheiro sobrando, talvez tivesse comprado mais para diminuir ainda mais o preço médio, mas enfim.... se algum dia esse negócio chegar a valer 1 milhão de dólares, não vai me deixar rico. Se virar pó, não vai me deixar pobre, e se virar uma moeda mesmo (passar a ser também
    meio de troca e unidade de conta, além de somente reserva de valor) então surgirão mais maneiras de ser remunerado em BTC.
    Pena que o Viver de Renda fechou o blog dele. Adoraria ver o que ele está dizendo sobre essas quedas recentes...

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    1. ja tava milionario
      nao deve ter mudado nada kkkkkkkkkkk

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    2. É, acho que ele também já não tinha um percentual muito alto do patrimônio em BTC. A trajetória dele era interessante, ele foi de ETF para FIIs e ações individuais, depois abandonou as ações e FIIs ganhou um dinheirão por ser early adopter do BTC, aportou pesado em tesouro IPCA e acho que terminou com ETF no exterior, tesouro IPCA e BTC.

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    3. resumindo: ele já era rico e deu sorte com bitcon e ficou muito mais rico hahahahaha

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