domingo, 6 de novembro de 2022

Os maus hábitos do comércio - parte 5

Saudações,  confrades!

Vamos a mais um post desta série, na qual eu discorro sobre práticas comerciais do dia a dia que eu considero ruins, improdutivas e prejudiciais tanto para os clientes quanto para o próprio estabelecimento em si.

Para quem não leu os posts anteriores e se interessa pelo assunto,  seguem os links:

Os maus hábitos do comércio 

Os maus hábitos do comércio parte 2

Os maus hábitos do comércio parte 3

Os maus hábitos do comércio parte 4

Agora vamos ao post propriamente dito:

Cardápios em QR Code - acho isso desnecessário e incômodo. Estou com o pessoal mais velho nessa. Acho um saco ter que pegar o celular e ler o QR Code para depois ficar arrastando a página do cardápio pra cima e pra baixo com o dedo na tela do celular. Acho que isso não economiza nada (se o restaurante precisa economizar dinheiro não imprimindo os cardápios,  então das duas uma: ou o cardápio muda todo dia ou então o restaurante já faliu e esqueceram de avisar o dono!) e ainda deixa o restaurante com um jeitão de "modernete metido a besta". 

Até hoje só fui em 2 restaurantes que só tinham cardápio em QR Code, e nos dois eu levantei e fui embora sem comprar nada. 

Um deles era uma dessas hamburguerias "gourmet" (que de gourmet só têm o preço mesmo) que só têm 3 hambúrgueres diferentes no menu, excessivamente caros, e o outro era uma cafeteria, e este foi recentemente. Nesse último eu quase me rendi e cheguei a escanear o bendito QR Code, mas a internet estava ruim e o cardápio não carregou (ou o arquivo era pesado demais para o meu telefone, sei lá). E também foi ruim ouvir a balconista com aquele jeitão de "problema seu" dizendo que não tinha cardápio em papel. Desisti e fui embora, e acho que sempre farei isso quando me deparar com cardápio que só existe num QR Code... 

Eu acho que hoje em dia muitas empresas ficam forçando a barra para que os clientes instalem apps e/ou usem o smartphone para fazer coisas triviais. Esse tipo de coisa só faz sentido quando a tecnologia envolvida realmente facilita o trabalho do cliente. Mas do jeito como muitas empresas fazem (como é o caso do cardápio em QR Code), acaba acrescentando mais um obstáculo para o consumidor alcançar o produto, e acrescentando mais uma etapa no processo do negócio onde é possível acontecer alguma falha que faça a empresa perder uma venda (por exemplo, no caso dos cardápios: internet fora do ar, telefone sem bateria, sinal ruim, etc.). 



Só porque uma tecnologia existe, não quer dizer que devemos usá-la o tempo todo e nem que a mesma deva ser incorporada a coisas corriqueiras.

Promoções que não são promoções - há pouco tempo recebi na rua o panfleto de uma loja que estava fazendo essa promoção bizarra: se você fizesse compras acima de 500 reais você ganharia um cupom que te dava a chance de ser sorteado para ganhar um prêmio de "até 10 mil reais". Como sempre, tinha um asterisco que levava para as letrinhas miúdas do contrato: na verdade eram  vários sorteios, alguns de 500 reais, outros de 1.000, e um de 5.000, e o prêmio não era em dinheiro, mas sim em vale-compras que deveriam ser usados na mesma loja e somente até um certa data limite (acho que março do ano que vem). Na minha opinião, se for para fazer uma "promoção" assim, melhor nem fazer, pois acho que pega mal para a imagem da loja. 

Acho que esse tipo de promoção, dando vale-compra, só vale a pena se for de super-mercado ou outro tipo de comércio em que você vá com frequência.

Outro exemplo disso são restaurantes que dão cartões-fidelidade que não trazem nenhum desconto de verdade, ou em que é quase impossível ganhar o desconto. Por exemplo, tem um perto de onde eu trabalho que a cada 10 refeições você ganha 20% de desconto na 11ª e o cartão só vale por três semanas. Acho que estes cartões poderiam ser vitalícios, ou ter validades maiores (1 ano).


E vocês, confrades, o que acham disso? Também se incomodam quando precisam usar o smartphone para ler um cardápio? Participam de promoções de lojas?


Forte abraço! Fiquem com Deus!

6 comentários:

  1. O cardápio digital deixa o trabalho mais dinâmico ainda mais em lugares que tem muitas opções, fazer cardápio é relativamente caro se não for simplesmente uma folha impressa e plastificada, mas já temos opção de deixar o campo do preço "editável" assim não precisa fazer cardápio novo toda vez que um preço mudar, enfim os dois podem conviver juntos e agradar o máximo de clientes possível.

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    1. Pode até deixar mais dinâmico, mas é como você disse: os dois podem conviver. Eu não acho muito legal ter que obrigatoriamente ler o cardápio no celular, então prefiro evitar os restaurantes que só tenham cardápio digital. Certas coisas o digital simplesmente não substitui o papel...

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  2. Fala Mago! Postes bons por aqui! Jajá teremos a bréqui fraude, poste propício nesta época. Um abraço!

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    1. Valeu, PDS. Realmente muitas empresas praticam a "Bréqui Fraude". E o pessoal, iludido, compra até coisas que não precisa só pra sentir que está levando vantagem. E uma das coisas que nos ferra como sociedade é o consumismo, que está transformando muitas pessoas em praticamente escravos de bancos e de financeiras - a infame escravidão por dívidas...

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  3. Essa sua série é muito interessante,

    Aqui no meu vilarejo tem uma hamburgueria gourmet que trabalha somente com o tal cardápio QR Code e por incrível que pareça tinha somente quatro lanches diferentes no cardápio e mais três porções.
    O cardápio até que abriu (na terceira tentativa) e o pedido também tinha que ser feito por ele, mas aparentemente o pedido não espelhou na cozinha e tivemos que chamar o garçom (1 pelo APP mas ele não veio).
    Achei medonho.

    Toda vez que vejo promoção com mais de 10% de desconto eu sinto que é enganação pura e que só está saindo pela "metade do dobro".
    Outra coisa que pulo fora é a modinha do cashback, eu percebi que quase qualquer site que oferece cashback está vendendo mais caro o produto (mesmo levando em conta o cashback) em comparação a outro site da internet.
    O incrível é que o cashback virou o novo programa de pontuação, onde tem gente louca atrás dessa "economia" que na real só faz a pessoa gastar ainda mais grana.

    Abraços,
    Pi.

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    1. Valeu pelo comentário, PI.

      Eu acho que enfiar um aplicativo em todas as interações humanas só atrapalha. Esse negócio de chamar garçom por app é de doer... muitos pontos de falha... é muito mais fácil levantar o braço e chamar... como o "inteligentinho" dono do restaurante não pensou nisso?. É como eu escrevi acima: só porque determinada tecnologia existe, não quer dizer que ela tem que ser usada o tempo todo e muito menos incorporada em coisas corriqueiras.

      A maioria das promoções são falsas. No Brasil quase não existem descontos nem promoções. Por exemplo, as Lojas Americanas sempre fazem aquela "promoção" de 3 chocolates por 12 reais, sendo que cada chocolate individualmente é uns 5 ou 6 reais. Se essa promoção existe o tempo inteiro, então isso quer dizer que o verdadeiro preço dos chocolates é 4 reais, e se você comprar um sozinho você na verdade é penalizado por isso, pagando 1 ou 2 reais a mais.

      Cashback pra mim é outra furada que empurraram pra cima do pessoal. Nunca confiei nisso. No fundo é isso que você falou: é só pra te fazer gastar mais grana... funciona como um tipo de "reforço positivo", que nem, digamos, a pontuação de um videogame, para te fazer continuar jogando e se sentir mal em "desperdiçar" os pontos que você acumulou, o que te induz a gastar mais.

      Abraços!

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