sábado, 2 de setembro de 2023

Aportes e Atualização Patrimonial - agosto/2023

 Saudações, confrades!


 Agosto, o mês mais longo do ano (na verdade, para mim janeiro é o maior mês, mas agosto não fica muito para trás) terminou, e chegamos a setembro, e com isso ingressamos no último quadrimestre, o último terço do ano de 2023 de Nosso Senhor. 

2023 está voando, muito embora tenha havido alguns "bolsões" de lentidão! 

O mês de agosto foi tão longo que eu quase me esqueci em que ativos aportei, e tive que conferir para escrever o post.


Sem mais delongas, vamos à atualização patrimonial, como sempre expressa em Coroas, a moeda oficial do Mago Economista:


Aumento acumulado de 268,1% desde o início da série histórica, em junho de 2021. Paciência e disciplina são dois ingredientes fundamentais para construir o patrimônio.

Segue o gráfico com a série histórica:



 Assim como vi nos relatos de alguns colegas da finansfera, notei em agosto as ações em geral deram uma queda, os meus FIIs deram uma pequena subida, e o que fez aumentar o patrimônio, compensando a queda das ações, foi a subida do dólar. 

E acho que as empresas na NASDAQ deram uma subida também.


Agora vamos aos aportes de agosto, lembrando sempre que NENHUM ativo mencionado neste blog e/ou em seus comentários é uma recomendação de compra! Estudem sozinhos e descubram o que funciona para vocês! Os meus métodos de escolha só funcionam para mim. Por exemplo, para decidir o aporte de setembro, farei uma leitura das cartas do Tarô de Marselha:



Ações

Sem aportes este mês, a carteira continua a mesma.  

Dia 14 vai ser a assembléia da Sinqia para decidir a respeito da OPA. O problema é que dia 15 ela já estará fora da bolsa, e então quem continuou com as ações da empresa receberá 90% do valor em dinheiro e 10% em BDRs da Evertec, a compradora. Normalmente eu só vendo quando a OPA já está decidida, porém neste caso a assembléia é dia 14, e dia 15 a empresa já estará fora da bolsa, ou seja, muito pouco tempo para reagir. Provavelmente vou vender a mercado antes do dia 14, e se a OPA não for aprovada, talvez eu recompre as ações depois do dia 15 (talvez não recompre porque com esse movimento a empresa deu um grande sinal de que não quer mais estar na bolsa, então não duvido que demoraria muito até tentarem fazer uma OPA de novo). 

O dinheiro da venda da Sinqia será usado para aportar em outra empresa da carteira (alguma(s) das mais defasadas - Klabin, Lojas Renner, Itaú) ou em uma empresa nova.



FIIs

Aportei no HGBS, um FII do ramo de shopping centers, um segmento bastante sensível às condições da economia, e que funciona quase como um proxy para fazer uma análise rápida de como estão indo as coisas no Brasil. Este fundo me parece ser bem administrado e tem feito tudo direitinho.

Os próximos aportes priorizarão, como sempre, os FIIs que estiverem mais defasados, exceto pelo HGRE, que continua de castigo. 

A carteira permanece com 16 FIIs.



Exterior

Mais um mês de aportes no exterior, aproveitando o dólar "baixo" do começo do mês. Não lembro a cotação que peguei, mas com certeza não foi a mínima.

Os aportes foram:

-  Werner Enterprises - empresa do ramo logístico, com foco no transporte rodoviário (caminhões);

-  American Assets Trust - um REIT híbrido, com escritórios, varejo de rua e residências, dono de 33 imóveis. Considero "pequeno" para o padrão dos EUA, mas aqui no Brasil seria um dos maiores FIIs.

- Rayonier - um REIT do segmento de timberlands (florestas), dono de florestas nos EUA e na Nova Zelândia (mais de 2,8 milhões de acres de florestas, conforme site da empresa). O REIT consegue suas receitas através da exploração das florestas para produção de celulose e madeira, e também através da venda de licenças de caça. Acho esse segmento interessante, até porque não temos aqui no Brasil. Este é o segundo REIT de florestas da carteira (o outro é o Weyerhaeuser)

Renda Passiva

Aqui tivemos um resultado melhor do que do mês passado: foram recebidas 11 coroas, sendo 1 proveniente do exterior. Segue o gráfico:



As empresas que me pagaram dividendos e JCP foram:

No país - Eztec, Farmácias Panvel, Banco do Brasil, Taesa, Totvs, Itaú, Bradesco, Cielo, Weg, Klabin, Localiza e Fras-Le. 12 empresas no total. Uma para cada mês do ano!

No exterior - Bank of New York Mellon, Colgate, Paychex, Gladstone Commercial, NNN, Realty Income, Stag Industrial, EPR Properties e Franklin Street Properties. 3 stocks e 6 REITs.

Assim, em agosto houve um total de 21 ativos gerando renda passiva (fora os 16 FIIs). Mais uma vez está demonstrada esta vantagem da diversificação: a tendência de sempre haver alguma empresa me pagando dividendos, todos os meses.

Segue o gráfico da renda passiva acumulada:



E agora o gráfico do patrimônio total da Mago S/A:



Generalidades

- Sigo estudando quase diariamente, conforme a rotina que criei. Durante a semana, almoço rápido e aproveito o intervalo do almoço para estudar. Nos finais de semana, estudo conforme dá, e aprendi que mesmo uma lida rápida de 5 minutos em um resumo / mapa mental / formulário tem o seu valor.

- Em agosto comprei muitos livros em sebos. Fazia tempo que não fazia isso! Em compensação, vou precisar me livrar de alguns que tenho aqui em casa, para abrir espaço...

- Inflação comendo solta! Tudo caro no mercado quando vou fazer as compras. Fora os hortifrutigranjeiros, cujos preços variam conforme a safra e os acontecimentos sazonais (e por isso oscilam para cima e para baixo), os produtos parecem que nunca caem de preço. Digo: mesmo que ocorra uma deflação prolongada, imagino que os preços não cairiam, pois me parece que o padrão do comércio brasileiro é esse: se o consumidor "se acostumar" com determinado preço, o comerciante não muda mais, a não ser para aumentar. Lembro-me que há alguns anos (2016, 2017, 2018, por aí) o óleo de cozinha custava uns 3 ou 4 reais cada garrafa, aqui na minha região. Um dia, do nada, aumentou para uns 7 reais, e nunca mais voltou para os 3 reais de antes. Não faz muito tempo, os chocolates também custavam uns 3 ou 4 reais (as barras "grandes" da Garoto, Nestlé e Lacta), hoje custam 6 reais, e para mim só vale a pena comprar se tiver aquela promoção na Americanas, de 3 pelo preço de 2, mas a qualidade no geral está tão ruim que eu só tenho comprado 1 ou  2 barras do Talento, que é o menos pior dos chocolates "normais" hoje em dia. Várias coisas estão com o preço dobrado ou quase dobrado em relação a uns 2 ou 3 anos atrás. Em relação ao básico (arroz, macarrão, ovo, café, detergente, sabonete, etc.) não há muito o que fazer (fora trocar as marcas no que puder), mas já há alguns produtos que eu só compro se estiverem em promoção.

Vocês também estão sentindo a inflação?

- Meu plano de saúde teve um reajuste de 25%, o que considero ultrajante. Vou ver com a corretora se preciso ficar um tempo mínimo antes de sair. Se não precisar, devo procurar outro plano agora em setembro ou outubro. Porque esse reajuste tão alto? Às vezes eu penso que os caras que decidem estas coisas não estão nem aí se vão perder clientes. No ano passado, o meu plano anterior também teve um reajuste absurdo (28%) e pulei fora assim que pude. Estou percebendo um padrão, e se continuar assim, com 3 anos de reajustes nesta magnitude o preço fica praticamente o dobro do valor original (95% mais caro)! Temo que chegará o dia em que não poderei mais ter plano de saúde... E deve ter MUITA gente nessa situação (não me refiro ao pessoal mais pobre e que ganha salário mínimo, ou até 2 salários mínimos, pois estes infelizmente já não têm condição de pagar planos há muito tempo; refiro-me ao pessoal mais classe média, que costuma ter plano). Uma hora essa questão da saúde vai ter que ser resolvida, senão a própria realidade vai resolver.

- Também acho que se as coisas continuarem como estão, logo logo ter mais de um emprego será uma obrigação, ou então ter um emprego e fazer bicos fim de semana, ou até durante a semana, à noite. Essa já é a realidade de muita gente. Só não faço isso agora porque me falta tempo, mas não descarto essa possibilidade para o médio prazo.


Fiquem com a música do mês (Battlefield, da banda Blind Guardian):


E vocês, confraria? Agosto também foi um mês longo? Tiveram bons resultados?


Forte Abraço!

Fiquem com Deus!

Fora da caridade não há salvação!

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Eu prefiro receber Restituição do que pagar mais IR

 

Saudações,  confraria da melhor blogosfera do nosso Brasilzão de Deus, a nossa querida Terra de Santa Cruz!


Uma coisa que me chamou muito atenção certa vez (faz alguns meses) enquanto lia determinado fórum na internet, foi quando me deparei com um usuário comentando que o ideal era que, ao fim da declaração anual do IRPF, você terminasse com um saldo a pagar de imposto, e não de imposto a ser restituído.

A explicação era a seguinte: 

1) se você está ganhando uma restituição, isso significa que pagou impostos a mais durante o ano (praticamente emprestou dinheiro para o governo), e então este lhe devolveria este imposto a mais após isto ser apurado ja declaração anual, gerando a restituição.


2) por outro lado, se você termina a declaração tendo que pagar impostos, isso significa que você pagou menos do que deveria ao longo do exercício fiscal (praticamente pegou dinheiro emprestado com o o governo) e então restituiria esse valor ao governo (pagaria sua dívida).


3) na hipótese 1, você deixou de consumir e/ou de aportar por conta dos impostos a mais, e deixando de aportar, você perdeu alguma coisa de juros compostos no futuro. Ou deixou de ter lazer, comer melhor, etc. E o valor devolvido não é exatamente corrigido (acho que é corrigido pelo IPCA, e concordo que o IPCA não é um bom medidor da inflação,ao menos não hoje em dia), então há um prejuízo nesse negócio.


4) na hipótese 2, você consumiu e/ou aportou a mais, e ganhará alguma coisa a mais de juros compostos no futuro (supondo que ao devolver o empréstimo para o governo a correção não seja exata)


Matematicamente até que faz sentido, mas eu pessoalmente não acho que a realidade seja tão simples e fria assim.

Eu pessoalmente considero que todo imposto que eu pago é um Custo Afundado (dinheiro que perdi, já era, não tem mais volta). 

Então para mim é indiferente se eu paguei mais do que deveria: eu vou ficar muito feliz na restituição, pois o que vier é lucro, e também não me importa se o governo está me pagando com meu próprio dinheiro, pois ele poderia simplesmente não pagar. Então,  no frigir dos ovos, ainda que não esteja realmente ganhando nada, estou deixando de perder.

Isso fora o efeito psicológico benéfico de ver o dinheiro caindo na conta. 


Na hipótese contrária, se eu tivesse que preencher uma GRU e pagar ainda mais ao governo após a declaração anual do IR, eu pessoalmente não me sentiria nemum pouco feliz , eu não pensaria que "mwa ha ha ha,  lesei o governo, peguei dinheiro emprestado e só agora estou devolvendo!" -  eu ficaria é muito chateado de, depois de tudo, ainda ter que emitir e pagar uma GRU, nem que fosse de 20 reais (e 20 reais pagam 1 almoço meu,  então é dinheiro)

Ou seja, para mim, o malefício psicológico de ter que restituir imposto ao governo supera muito qualquer ganho de juros compostos que eu poderia auferir por ter "pego dinheiro emprestado com o governo".

A vida, os fenômenos humanos sociais não são matematicamente perfeitos, a vida não pode ser resumida numa planilha de excel.

Se fôssemos viver assim, que nem numa planilha de custos, talvez nunca sairíamos da casa de nossos pais, porque é caro morar por conta própria. Ou não faríamos comida em casa porque teoricamente um restaurante consegue fazer comida de forma mais eficiente, do ponto de vista dos custos, do que uma pessoa fazendo comida sozinha por conta própria. E por aí vai.


Enfim, o efeito psicológico de receber a restituição do IR, na minha opinião supera os hipotéticos juros compostos que deixo de ganhar ao não  "pegar dinheiro emprestado com o governo".

O que vocês acham disso,  confraria?


Forte abraço!

Fiquem com Deus!

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Balanço Geral do Primeiro Semestre de 2023

 

Saudações, confrades!

Conforme disse no post anterior, escreverei aqui como foi o meu desempenho geral em relação a "metas" traçadas no fim de 2022. 

As metas foram:

- terminar aquele curso de macros e programação VBA em excel que comprei na Udemy;

- voltar a estudar Python, com foco em desenvolvimento de jogos;

- Fazer alguma coisa relativa a arte;

- Fazer pelo menos 2 posts por mês aqui no blog;

- Beber menos café e comer menos chocolate;

- Voltar a correr e a fazer alguma outra atividade física; e

 - Continuar estudando para concursos. 


Vejamos como estou indo até agora (fora da ordem, pois fui escrevendo conforme ia lembrando das coisas):

- Até agora, não consegui começar nenhum curso nem nada parecido relativo a arte. Eu tinha pensado em começar a aprender a usar o Blender ou outra ferramenta de modelagem 3D, mas por enquanto não consegui. Além disso, ainda tenho aquele curso de pixel art pago na Udemy, que também não iniciei. Vamos ver se consigo depois, mas meu foco agora (feliz ou infelizmente) são os concursos.


- Em janeiro e fevereiro consegui diminuir bastante o consumo de café. Porém, a partir de março voltei ao meu consumo normal. Preciso me esforçar para diminuir. Percebi que o que funciona para mim é substituir o café por outra bebida quente, geralmente chá. O lado bom do chá é que posso variar e com isso evitar o excesso de algum chá específico (gosto de chá de erva doce, de boldo, chá preto, de cidreira, de maçã com canela, e chá mate, então dá para ir alternando entre estes). Vou tentar me esforçar mais nesse sentido este mês. Quanto ao chocolate, acho que continuei a mesma coisa. Preciso substituir por algo saudável ou pelo menos que seja menos pior. Não é tão fácil simplesmente parar. Pelo menos eu quase não como outros doces, praticamente o único que como é chocolate.


- Aos trancos e barrancos consegui criar uma "rotina" de estudos para concursos (mais ou menos adequada à minha atual realidade). Tenho conseguido estudar na hora do almoço, quase todo dia. Em casa, estudo quando dá, e aprendi a valorizar até mesmo estudos de 10~15 minutos (leio resumos, resolvo questões, etc.). Pelo menos 1 vez por semana olho o site do PCI concursos à procura de alguma oportunidade. Neste primeiro semestre fiz 2 concursos. Em um deles não passei, mas no outro tem cadastro reserva, então quem sabe...

- Falando em concursos, um pequeno desabafo: como é chato estudar direito administrativo! Ao estudar essa matéria eu consigo entender porque tanta coisa é ruim e não funciona no governo! Direito constitucional também é chato demais! Pena que essa duplinha cai em quase todo concurso... e o pior é que praticamente só servem para isso, fazer concurso. 

- O curso de macros e visual basic está parado há meses. Talvez eu volte só quando fizer o último concurso desse semestre. De qualquer forma, tenho me interessado mais pela linguagem R. Pode ser que eu invista mais nisso, por fora do estudo para concursos. 

- não consegui fazer nada de python esse ano. Dá até para estudar em complemento à linguagem R, mas os usos dela são "chatos". Ainda espero algum dia conseguir aprender mesmo alguma linguagem boa para programar jogos (acho bem mais legal do que programar coisas "sérias"). Eu estava estudando pygame por ser um tanto fácil,  mas ela não é tão boa assim para jogos (por exemplo, até onde estudei vi que é preciso dar muitas "voltas" para criar sprites animados para os jogos feitos no pygame). Alguém uma vez me disse que uma boa linguagem para jogos é a C #. Teve uma época (ano passado) em que cheguei a estudar o basicão dessa linguagem em um aplicativo no celular, mas larguei. Pra mim não dá certo estudar por aplicativo. Na hora em que eu resolver aprender esse negócio vai ser por vídeo-aula, pdf, etc. Acho que aplicativos não são "lindy", pelo menos não para aprender coisas mais difíceis, mas esta é só a minha opinião.

- Quanto às corridas, eu estava parado na maior parte do primeiro semestre,  e voltei um pouco em junho. Só agora no fim de julho e começo de agosto que consegui voltar com um pouco mais de disciplina. Na média tenho corrido 3km de cada vez.  Fora correr e caminhar, não faço nenhuma outra atividade física.

- no blog, alcancei a marca de 25 seguidores, e ultrapassei as 80.000 visualizações. O blog tem por volta de 1.800 comentários registrados (metade meus, pois respondo a todos). Este ano até que tenho conseguido manter a meta de 2 posts por mês. Julho não consegui, mais por preguiça mesmo. Obrigado a todos os seguidores e a todos que comentam por aqui neste humilde recinto da internet brasileira!


Enfim, conforme eu já esperava, algumas metas eu cumpri, outras não. Eu já sabia que algumas delas eu não iria bater (blender e python).


Por enquanto é só, confraria. Vamos ver se consigo emplacar mais uma postagem esse mês.


Forte abraço,  companheiros de trincheira! 

Fiquem com Deus!