Saudações, confrades!
Agosto, o mês mais longo do ano (na verdade, para mim janeiro é o maior mês, mas agosto não fica muito para trás) terminou, e chegamos a setembro, e com isso ingressamos no último quadrimestre, o último terço do ano de 2023 de Nosso Senhor.
2023 está voando, muito embora tenha havido alguns "bolsões" de lentidão!
O mês de agosto foi tão longo que eu quase me esqueci em que ativos aportei, e tive que conferir para escrever o post.
Sem mais delongas, vamos à atualização patrimonial, como sempre expressa em Coroas, a moeda oficial do Mago Economista:
Segue o gráfico com a série histórica:
Assim como vi nos relatos de alguns colegas da finansfera, notei em agosto as ações em geral deram uma queda, os meus FIIs deram uma pequena subida, e o que fez aumentar o patrimônio, compensando a queda das ações, foi a subida do dólar.
E acho que as empresas na NASDAQ deram uma subida também.
Agora vamos aos aportes de agosto, lembrando sempre que NENHUM ativo mencionado neste blog e/ou em seus comentários é uma recomendação de compra! Estudem sozinhos e descubram o que funciona para vocês! Os meus métodos de escolha só funcionam para mim. Por exemplo, para decidir o aporte de setembro, farei uma leitura das cartas do Tarô de Marselha:
Ações
Sem aportes este mês, a carteira continua a mesma.
Dia 14 vai ser a assembléia da Sinqia para decidir a respeito da OPA. O problema é que dia 15 ela já estará fora da bolsa, e então quem continuou com as ações da empresa receberá 90% do valor em dinheiro e 10% em BDRs da Evertec, a compradora. Normalmente eu só vendo quando a OPA já está decidida, porém neste caso a assembléia é dia 14, e dia 15 a empresa já estará fora da bolsa, ou seja, muito pouco tempo para reagir. Provavelmente vou vender a mercado antes do dia 14, e se a OPA não for aprovada, talvez eu recompre as ações depois do dia 15 (talvez não recompre porque com esse movimento a empresa deu um grande sinal de que não quer mais estar na bolsa, então não duvido que demoraria muito até tentarem fazer uma OPA de novo).
O dinheiro da venda da Sinqia será usado para aportar em outra empresa da carteira (alguma(s) das mais defasadas - Klabin, Lojas Renner, Itaú) ou em uma empresa nova.
FIIs
Aportei no HGBS, um FII do ramo de shopping centers, um segmento bastante sensível às condições da economia, e que funciona quase como um proxy para fazer uma análise rápida de como estão indo as coisas no Brasil. Este fundo me parece ser bem administrado e tem feito tudo direitinho.
Os próximos aportes priorizarão, como sempre, os FIIs que estiverem mais defasados, exceto pelo HGRE, que continua de castigo.
A carteira permanece com 16 FIIs.
Exterior
Mais um mês de aportes no exterior, aproveitando o dólar "baixo" do começo do mês. Não lembro a cotação que peguei, mas com certeza não foi a mínima.
Os aportes foram:
- Werner Enterprises - empresa do ramo logístico, com foco no transporte rodoviário (caminhões);
- American Assets Trust - um REIT híbrido, com escritórios, varejo de rua e residências, dono de 33 imóveis. Considero "pequeno" para o padrão dos EUA, mas aqui no Brasil seria um dos maiores FIIs.
- Rayonier - um REIT do segmento de timberlands (florestas), dono de florestas nos EUA e na Nova Zelândia (mais de 2,8 milhões de acres de florestas, conforme site da empresa). O REIT consegue suas receitas através da exploração das florestas para produção de celulose e madeira, e também através da venda de licenças de caça. Acho esse segmento interessante, até porque não temos aqui no Brasil. Este é o segundo REIT de florestas da carteira (o outro é o Weyerhaeuser)
Renda Passiva
Aqui tivemos um resultado melhor do que do mês passado: foram recebidas 11 coroas, sendo 1 proveniente do exterior. Segue o gráfico:
As empresas que me pagaram dividendos e JCP foram:
No país - Eztec, Farmácias Panvel, Banco do Brasil, Taesa, Totvs, Itaú, Bradesco, Cielo, Weg, Klabin, Localiza e Fras-Le. 12 empresas no total. Uma para cada mês do ano!
No exterior - Bank of New York Mellon, Colgate, Paychex, Gladstone Commercial, NNN, Realty Income, Stag Industrial, EPR Properties e Franklin Street Properties. 3 stocks e 6 REITs.
Assim, em agosto houve um total de 21 ativos gerando renda passiva (fora os 16 FIIs). Mais uma vez está demonstrada esta vantagem da diversificação: a tendência de sempre haver alguma empresa me pagando dividendos, todos os meses.
Segue o gráfico da renda passiva acumulada:
E agora o gráfico do patrimônio total da Mago S/A:
Generalidades
- Sigo estudando quase diariamente, conforme a rotina que criei. Durante a semana, almoço rápido e aproveito o intervalo do almoço para estudar. Nos finais de semana, estudo conforme dá, e aprendi que mesmo uma lida rápida de 5 minutos em um resumo / mapa mental / formulário tem o seu valor.
- Em agosto comprei muitos livros em sebos. Fazia tempo que não fazia isso! Em compensação, vou precisar me livrar de alguns que tenho aqui em casa, para abrir espaço...
- Inflação comendo solta! Tudo caro no mercado quando vou fazer as compras. Fora os hortifrutigranjeiros, cujos preços variam conforme a safra e os acontecimentos sazonais (e por isso oscilam para cima e para baixo), os produtos parecem que nunca caem de preço. Digo: mesmo que ocorra uma deflação prolongada, imagino que os preços não cairiam, pois me parece que o padrão do comércio brasileiro é esse: se o consumidor "se acostumar" com determinado preço, o comerciante não muda mais, a não ser para aumentar. Lembro-me que há alguns anos (2016, 2017, 2018, por aí) o óleo de cozinha custava uns 3 ou 4 reais cada garrafa, aqui na minha região. Um dia, do nada, aumentou para uns 7 reais, e nunca mais voltou para os 3 reais de antes. Não faz muito tempo, os chocolates também custavam uns 3 ou 4 reais (as barras "grandes" da Garoto, Nestlé e Lacta), hoje custam 6 reais, e para mim só vale a pena comprar se tiver aquela promoção na Americanas, de 3 pelo preço de 2, mas a qualidade no geral está tão ruim que eu só tenho comprado 1 ou 2 barras do Talento, que é o menos pior dos chocolates "normais" hoje em dia. Várias coisas estão com o preço dobrado ou quase dobrado em relação a uns 2 ou 3 anos atrás. Em relação ao básico (arroz, macarrão, ovo, café, detergente, sabonete, etc.) não há muito o que fazer (fora trocar as marcas no que puder), mas já há alguns produtos que eu só compro se estiverem em promoção.
Vocês também estão sentindo a inflação?
- Meu plano de saúde teve um reajuste de 25%, o que considero ultrajante. Vou ver com a corretora se preciso ficar um tempo mínimo antes de sair. Se não precisar, devo procurar outro plano agora em setembro ou outubro. Porque esse reajuste tão alto? Às vezes eu penso que os caras que decidem estas coisas não estão nem aí se vão perder clientes. No ano passado, o meu plano anterior também teve um reajuste absurdo (28%) e pulei fora assim que pude. Estou percebendo um padrão, e se continuar assim, com 3 anos de reajustes nesta magnitude o preço fica praticamente o dobro do valor original (95% mais caro)! Temo que chegará o dia em que não poderei mais ter plano de saúde... E deve ter MUITA gente nessa situação (não me refiro ao pessoal mais pobre e que ganha salário mínimo, ou até 2 salários mínimos, pois estes infelizmente já não têm condição de pagar planos há muito tempo; refiro-me ao pessoal mais classe média, que costuma ter plano). Uma hora essa questão da saúde vai ter que ser resolvida, senão a própria realidade vai resolver.
- Também acho que se as coisas continuarem como estão, logo logo ter mais de um emprego será uma obrigação, ou então ter um emprego e fazer bicos fim de semana, ou até durante a semana, à noite. Essa já é a realidade de muita gente. Só não faço isso agora porque me falta tempo, mas não descarto essa possibilidade para o médio prazo.
Fiquem com a música do mês (Battlefield, da banda Blind Guardian):
E vocês, confraria? Agosto também foi um mês longo? Tiveram bons resultados?
Forte Abraço!
Fiquem com Deus!
Fora da caridade não há salvação!