sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Aportes e Atualização patrimonial - setembro de 2022

Salve, salve confraria, vamos a mais um post de atualização patrimonial, na disciplina.

Chegamos ao fim do mês de setembro do ano de 2022 de Nosso Senhor. Setembro foi um mês especial, pois o país celebrou o bicentenário de sua independência!

Segue o quadro com o resumo do patrimônio, com os valores expressos em Coroas, a moeda oficial do Mago Economista:


Aumento acumulado de 175,6% desde o começo da série histórica, em junho de 2021. O que importa é aportar todo mês, em ativos diversificados, e de valor (empresas que dão lucro e com pouca ou nenhuma dívida, FIIs e REITs com bons imóveis, etc.)

Tive gastos extras este mês, e por isso o aporte foi menor do que o normal, mas mesmo assim Deus foi muito bom comigo e permitiu que meu patrimônio ainda crescesse em relação ao mês anterior.

Segue o gráfico comparando o patrimônio total mês a mês, desde junho de 2021. Se Deus quiser, na atualização de dezembro, que será postada em janeiro, direi que alcancei a marca das 3.000 coroas:



Agora, destrinchemos os aportes do mês. Vocês irão notar que, embora eu tenha postado aquela reflexão sobre a dicotomia (?) busca por renda X busca por valor, eu aportei em 2 FIIs e em apenas 1 ação em setembro, e tal ação é "de dividendos". Cheguei à conclusão de que, para mim, a busca por renda só será ruim se eu aportar em ativos fundamentalmente ruins unicamente pelo fato de estes estarem com um dividend yield (DY) alto.

Como sempre, relembro que nenhum ativo mencionado neste blog e/ou em seus comentários é uma recomendação de compra! Os meus métodos  de escolha de ativos são bem pouco ortodoxos (borra do chá, dardos, jogada de dados, tarô, etc.) e só funcionam para mim. Estudem sozinhos e escolham por conta própria aonde irão investir! Não confiem em dicas de anônimos da internet, senão irão perder seu suado dinheiro!

Ações - este mês aportei na Taesa S/A (TAEE3), empresa "privada" do ramo de energia elétrica (o sócio majoritário (37%) é a CEMIG, a qual por sua vez é controlada (51%) pelo governo estadual de Minas Gerais, o que faz com que a Taesa seja de certa forma controlada pelo estado de Minas Gerais, a terra do pão de queijo). Mesmo assim, gosto do setor, que considero tranquilo por conta da relativa estabilidade das receitas. Com isso agora tenho 28 ações na carteira.






FII - o aporte do mês foi em JSRE11, fundo de escritórios focado em imóveis corporativos de alto padrão, e em VILG11, fundo de logística. O critério foi que ambos eram os que estavam mais defasados em minha carteira antes do aporte. Os próximos aportes seguirão esta lógica que já venho seguindo há um tempo,  de aportar nos fundos mais defasados da carteira. Por enquanto, permaneço com 15 FIIs no portfolio, e nenhuma vontade de vender nenhum deles:





Renda Fixa - fiz um pequeno aporte na Reserva de Emergência. Por mais que a literatura financeira seja "unânime" em dizer  que o ideal na renda fixa são os títulos públicos de maior prazo possível, eu continuo desconfiado de nossos títulos do tesouro. Aqui os títulos de maior prazo são os de 30 anos, e eu acho que 30 anos é tempo demais no Brasil... somos um país bastante instável e com um histórico não muito bom no que tange às finanças. MUITA coisa pode mudar no Brasil em 30 anos... 


Exterior - sem aportes este mês. Faz parte do jogo. Como escrevi acima, tive gastos um pouco maiores do que o normal este mês e optei por não aportar no exterior. Sendo assim, a carteira permanece a mesma do mês passado. Notei que todas as stocks e REITs que possuo sofreram quedas em seus preços, mas por outro lado o dólar está mais caro (R$ 5,41 no momento em que escrevo).


Reserva de Valor - sem aportes este mês, pelo mesmo motivo supracitado. Vi o BTC ficar abaixo dos 100 mil reais em mais de uma ocasião este mês. Cada vez mais acho que o rei está nú e que meu "bilhete de loteria" estava vencido. Veremos...


Renda Passiva - em Setembro recebi 6,3 coroas. O segundo melhor mês até o momento, impulsionado pela distribuição excepcional de resultados do FII ALZR11, o qual vendeu um imóvel de seu portfolio. 

Em relação aos dividendos e JCP, foi um mês relativamente fraco na minha carteira (das 6,3 coroas recebidas de renda passiva, apenas 0,5 coroa foi oriunda de JCP e dividendos): recebi JCP de Itaú,  Bradesco, Banco do Brasil, Cielo, Totvs e M.Dias Branco. 

Notem que o mês foi "fraco" porque minha quantidade de ações em cada uma destas empresas é relativamente pequena, mas por outro lado, há de se atentar ao fato de que foram 6 empresas me pagando. Mesmo excluindo Itaú e Bradesco, que pulverizaram seu pagamento de dividendos pelo ano inteiro, ainda haveria 4 empresas de minha carteira distribuindo resultados. 

É como eu sempre digo aqui: diversificando bastante, a tendência é de "sempre" haver alguma empresa te pagando dividendos ou JCP ("sempre", entre aspas, porque nada é garantido, nada impede que todas as empresas da minha carteira tenham prejuízo e não paguem dividendos, por exemplo! Mas batam 3 vezes na madeira aí,  pessoal!)

Fico feliz vendo o gráfico da evolução de minha renda passiva! Cada Coroa ganha me torna menos dependente de meu emprego, e me aposenta um pouquinho mais a cada mês, me tornando cada vez mais livre!


E com isso, o patrimônio da Mago S/A está assim dividido:



Generalidades

- a grande notícia do mês foi a morte da Rainha Elizabeth II, provocando enorme comoção mundial e uns poucos imbecis sem alma comemorando o fato, não apenas no Brasil, mas em vários países.  

Setembro foi um mês especial, pois o país celebrou o bicentenário de sua independência, conforme escrevi na abertura do post. É uma pena que, por razões da guerra fria que vivemos no âmbito político, tal evento não tenha sido tão comemorado quanto merecia, e que o Banco Central e a Casa da Moeda tenham feito apenas uma tímida emissão de moedas comemorativas... poderiam ter feito um desenho diferente da moeda de 1 real, tal qual nas olimpíadas de 2016, ou algo assim. Uma pena para os numismatas. 

- O pessoal que curte geopolítica tem dito que estamos caminhando para um mundo multipolar, com o enfraquecimento dos EUA (eles têm enfraquecido desde pelo menos os governos do Obama) e fortalecimento da China e da Rússia. Já há muitos anos (desde 2011, eu acho), que eu leio a respeito das tentativas de se criar um bloco comercial oriental onde o dólar não seria usado como moeda de troca. Este assunto tem surgido com mais frequência agora.

- Estão surgindo algumas teorias interessantes a respeito do ouro. Tenho lido a respeito do mercado de títulos de ouro e de prata e de como tais títulos têm sido usados para manipular os preços destes metais, mantendo-os artificialmente baixos... seria isto uma "teoria da conspiração"? Também já li a respeito da compra de ouro por governos dos países orientais, para fazer estoque... Será que presenciaremos a volta ao padrão ouro, pelo menos no comércio internacional? 

- Eleições este domingo. Como será que a bolsa irá reagir na semana que vem? E o dólar? Será que teremos grandes oportunidades ou será que vai encarecer tudo? Não assisti nenhum debate, e não tenho acompanhado nada a respeito dos candidatos a nenhum cargo.

- Este mês não consegui postar... Vou ver se agora em outubro consigo publicar pelo menos mais um post além da atualização patrimonial. 


Forte abraço, companheiros de jornada!

Fiquem com Deus!


quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Aportes e Atualização Patrimonial - agosto de 2022

Saudações, confraria da blogosfera das finanças!

Agosto terminou, e adentramos o último terço do ano! Não sei quanto a vocês, mas para mim o ano está voando, até mais do que 2021!

Vamos para o post mensal de atualização patrimonial. Como sempre, expresso em Coroas, a moeda oficial do blog, criada para facilitar o acompanhamento da evolução em termos percentuais:


Aumento acumulado de 164,4% desde o começo da série histórica, em junho de 2021. Será que até dezembro eu chego no patamar de 3000 coroas?
O valor total em ações (717 coroas) está bem próximo do valor da RE, e bem próximo do valor total do patrimônio no início da série histórica (1.000 coroas). Ainda falta um pouco, mas vai chegar o momento de aumentar a proporção de renda fixa na carteira. O problema é no que aportar...

Segue o gráfico com o histórico:


Agora vamos às movimentações do mês, sempre lembrando que nenhum ativo mencionado neste blog e/ou em seus comentários é uma recomendação de compra! Não siga dicas de anônimos na internet,  estude por conta própria e escolha onde vai investir! O meu critério de seleção de empresas é bastante heterodoxo: uma vez por mês eu escrevo o nome de algumas empresas em papeizinhos, colo em um alvo na parede, e atiro dardos. Aquelas que eu acertar são as que eu comprarei.

Ações - os aportes do mês foram:

Romi S/A - indústria fabricante de máquinas-ferramentas (tornos, fresas, injetoras, etc.), um setor que considero bastante interessante. Seria melhor se o Brasil tivesse mais empresas desse tipo e fosse realmente um exportador de máquinas, reconhecido mundialmente por isso... Mas isso ainda vai demorar umas décadas para acontecer.

Energias do Brasil S/A - empresa privada do setor elétrico, dona de usinas, direitos de transmissão, entre outros ativos ligados à área.

Além dos aportes, vendi minha participação em PARD3 (com prejuízo de incríveis 5 reais) e utilizei o valor da venda para comprar mais ações da Fleury (ia dar na mesma se eu esperasse a conversão das ações).

Com isso, agora tenho 27 empresas na carteira, sendo 3 na segunda divisão e 24 na carteira All Stars:



FIIs - Mais um mês sem encontrar outro FII para a carteira, que permanece com 15 FIIs. Sinceramente, estou com preguiça de procurar... mas vou continuar insistindo, sem pressa, e não vou acrescentar outro FII na carteira  "só por acrescentar". 

O aporte do mês foi em RBVA11, o fundo que estava mais defasado na carteira de FIIs. Outrora um fundo de agências bancárias,  o gestor está aos poucos mudando para o segmento de renda urbana / varejo. Por enquanto as receitas do fundo ainda são oriundas, em sua maioria, do Santander e da Caixa. Vamos acompanhando o trabalho da gestão.



Barrinhas cada vez mais equilibradas... o próximo aporte será em algum daqueles FII que estão na casa dos 4%


Exterior - A stock do mês foi a Alphabet Inc. (Google), empresa que dispensa apresentações, aproveitando o split recente (antes custava quase 3.000 dólares por ação - preço totalmente inviável para mim e para 99% dos brasileiros que investem no exterior...). 

O REIT do mês foi o Gladstone Commercial, um REIT que aqui seria um FII "híbrido", dono de 129 imóveis, dos segmentos de escritórios, indústria, data centers e galpões logísticos, bastante diversificado geograficamente (27 estados americanos) e também diversificado quanto ao tipo de negócios de seus inquilinos. Lendo a página do REIT na internet, me parece que ele quer ampliar seus negócios para a área agrícola, poia está no momento contratando pessoas com experiência na área agrícola ...


Vejam o quadro abaixo com minha carteira no exterior (valores em Coroas):

Tá ficando bonito...
Renda Fixacontinuei sem aportar, e ainda precisei sacar um pouco da RE este mês. Normal!

Reserva de Valor - aportei um pouco em BTC, com o preço na casa dos 110K reais. Meu preço médio continua alto, mas estou conseguindo abaixar até que rápido. BTC sofreu uma queda de uns 60% nos últimos 6 meses. Será que o rei está nu? A teoria mais aceita no momento é a falta de liquidez no mercado por conta dos juros dos EUA, o que diminui o dinheiro disponível para que investidores institucionais aportassem em ativos de alto risco como as criptomoedas em geral. 

De qualquer maneira, BTC ainda pode ser usado praticamente em qualquer lugar do mundo, então está valendo para reserva de valor neste sentido. Mas não sou hipócrita e sempre vou admitir que encaro isso mais como um bilhete de loteria sem prazo de validade.

Renda Passiva - Este mês recebi 5,3 coroas. As empresas que me pagaram dividendos foram a Klabin, Wege, Fras-le, Grendene, Eztec, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco. Este foi o 3º melhor mês até o momento! 

Família, saúde, lazer, estudos, etc.

Tudo bem com a família, graças a Deus! 

Continuo estudando para concursos. Aquele curso de macros de excel está meio parado (me julguem), até porque o assunto é bastante árido. Acho que só gosto de programação para fazer joguinho mesmo, e não para fazer coisas "sérias". Mas não vou abandonar o curso de macros, sei que é importante.

Uma boa foi que este mês consegui voltar a correr (média de duas vezes por semana, uns 3km de cada vez... aos pouquinhos vou aumentando). No meu auge eu corria em média uns 5km todo dia. Não devo conseguir correr todo dia agora,  mas se eu recuperar meu patamar de 5km pra mim já está ótimo.

Generalidades

- inflação nas alturas... o preço de uma garrafinha de água de coco numa pracinha perto de onde moro está na casa dos 10 reais! Estou sinceramente pensando em largar o emprego para virar vendedor de água de coco em alguma pracinha por aí...

- é incrível como que por aqui até o Mcdonald's é um restaurante "gourmetizado"... se você comprar comida para duas pessoas você gasta fácil, fácil,  uns 80 reais. Esse não deveria ser o preço de um fast food. Parte disso são os impostos e custos trabalhistas, é claro, mas também tem uma boa parte nesse preço que é por causa do fato do brasileiro aceitar pagar caro por qualquer produto, sem questionar. 

- Mas engraçado que para pagar por serviços o pessoal costuma achar qualquer coisa caro, e isso ferra muito os autônomos e freelancers  - por exemplo, tem uns loucos por aí que aceitam dar aula particular de inglês cobrando apenas 10 reais a hora, e isso dificulta as coisas para mim na hora de cobrar os meus 100 reais... sorte que eu não dependo disso (e nem estou com tempo agora), mas sempre é bom ganhar uma grana extra.

- Outro causo que aconteceu comigo, faz uns 3 anos, e que tem algo a ver com o que escrevi acima: em um site de freelance, encontrei um anúncio pedindo para traduzir um livro do inglês para o português, e acho que o livro tinha algo entre 80 e 100 páginas. Não lembro o prazo. Me inscrevi cobrando 500 reais pelo trabalho (achando pouco) e minha proposta não foi aceita. Das duas uma: ou o solicitante achou barato demais e não me aceitou, por desconfiar da qualidade do serviço, ou alguém ganhou menos de 500 reais para traduzir um livro inteiro. Acredito mais na segunda opção. Na boa, se eu tivesse pego este trabalho por, digamos, 300 reais ou menos, eu simplesmente jogaria o texto no google tradutor e, no máximo, "apararia as arestas"... Por falar nisso, alguém tem algum site de freelance para recomendar?


Bem, por enquanto é isso.  Até o próximo post!

Forte abraço, companheiros de jornada!

Fiquem com Deus!