Ainda não li o texto em si do projeto
de lei, por não ter tido tempo esta semana: o pdf disponibilizado com o texto da proposta tem 66 páginas. Quando (e se) eu ler, talvez eu poste aqui uma segunda parte deste artigo, caso encontre algo que valha à pena comentar. Por enquanto, apenas sei o que todos estão dizendo e que são as principais
preocupações do povo: idade mínima de 65 anos para homens, 62 para mulheres e os 40 anos de contribuição necessários para ganhar 100% da média das contribuições. Mantidas
as atuais condições da economia, estes são meus pensamentos acerca destes dois
assuntos (mera aplicação do bom senso):
1)
Apenas quem está no funcionalismo público vai
conseguir se aposentar na idade mínima, cumprindo todos os requisitos,
praticamente sem estresse (isso considerando que a estabilidade do funcionário
público será mantida e que a idade mínima continuará nesse patamar... é bem
provável que quem ingresse hoje na administração pública já
pegue uma nova reforma da previdência daqui a alguns anos que aumente a idade
mínima para 70~75, conforme vá evoluindo a expectativa de vida média do
brasileiro e/ou a idade mínima de aposentadoria nos países desenvolvidos, que
são dois números que nossas autoridades usam como padrão para definir esse tipo
de coisa).
2)
Na iniciativa privada, praticamente ninguém
conseguirá se aposentar como empregado (ainda mais levando em conta novo(s)
aumento(s) futuro(s) da idade mínima), simplesmente pelo fato de que
normalmente lá pelos 40~45 anos você já é considerado velho e caro para a
empresa, que tenderá a te demitir e contratar um trainee/estagiário de 21~25 anos de idade, para fazer as mesmas coisas que você já faz, só que por um
quinto do seu salário. Este assunto já foi abordado pelo Gerson Ravv (http://www.blockchainsupertrader.com/2019/01/visto-como-inutil-e-desempregado-aos-40.html) e certamente por vários outros blogs da finansfera (se eu encontrar mais algum eu edito esse post e colo o link aqui). Certamente o "falecido" Pobretão já deve ter dado sua opinião a respeito.
3)
Quem for demitido na faixa etária descrita acima
terá muita dificuldade em arranjar outro emprego, levando em conta as condições
atuais, com milhões de jovens desempregados. É muito difícil arranjar um
emprego formal com mais de 40 anos, pelo menos um da mesma faixa que o cidadão
já havia conquistado em seu antigo trabalho.
4)
A conseqüência dos itens 2 e 3 é que a grande
massa de pessoas com 40 ou mais anos de idade que estiverem desempregadas vai
ter que se virar em empregos informais, negócios próprios, bicos, ser autônoma ou conquistar vagas em empregos de
remuneração inferior (novamente, competindo com o pessoal jovem). Felizmente, ainda existem vários empregos que pessoas "mais velhas" podem exercer (o ruim é se o indivíduo se acostumou com um alto padrão de vida - por exemplo, um executivo/diretor demitido e que não conseguir se recolocar em cargo semelhante)
5)
A conseqüência do item 4 é que toda essa massa
de trabalhadores informais e autônomos provavelmente recolherá o mínimo para o
INSS (os que contribuírem, obviamente), buscando receber apenas um salário
mínimo de “mesada” quando finalmente se aposentarem (e talvez nem isso). Muitos deles, mesmo que
queiram, não ganharão dinheiro suficiente para contribuir com valores mais
elevados e “garantirem” proventos maiores.
6)
Com isso, quase 100% dos aposentados do
futuro receberão apenas o valor mínimo de proventos do INSS (creio que não há nada de novo sob o Sol aqui. Creio que esta já seja a realidade)
Na minha opinião, a reforma ideal seria aquela que tornasse o INSS facultativo. Obviamente, não poderíamos penalizar todas estas pessoas que foram FORÇADAS a contribuir pro INSS durante todos estes anos, então juntamente com o INSS facultativo, as aposentadorias de quem já é aposentado deveriam ser mantidas. Então, algum plano de transição deveria ser elaborado, e provavelmente demoraria muito tempo até tudo ficar 100% corrigido.
Meus amigos, o ideal mesmo seria que CADA UM fizesse a SUA própria aposentadoria e, dessa forma, se aposentasse a hora que quisesse. Isso seria o ideal, porque abriria mais vagas no mercado de trabalho e faria com que mais pessoas pudessem aproveitar mais a vida. E a fórmula para isso é aquela que todos os blogueiros de finanças já sabem: frugalidade e muito aporte, o máximo possível, pelo tempo mais longo que a pessoa puder. Independente do que o governo inventar, cada um deve cuidar de si e de sua família, e procurar construir seu patrimônio, centavo por centavo, real por real, sem esperar nada do governo. O que vier é lucro.
Meus amigos, o ideal mesmo seria que CADA UM fizesse a SUA própria aposentadoria e, dessa forma, se aposentasse a hora que quisesse. Isso seria o ideal, porque abriria mais vagas no mercado de trabalho e faria com que mais pessoas pudessem aproveitar mais a vida. E a fórmula para isso é aquela que todos os blogueiros de finanças já sabem: frugalidade e muito aporte, o máximo possível, pelo tempo mais longo que a pessoa puder. Independente do que o governo inventar, cada um deve cuidar de si e de sua família, e procurar construir seu patrimônio, centavo por centavo, real por real, sem esperar nada do governo. O que vier é lucro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário