sábado, 10 de junho de 2023

Sobre Dividendos e Renda Passiva

 Saudações, confrades!

A busca por uma renda passiva suficiente para sustentar nosso custo de vida é praticamente uma constante dentre os blogueiros da nossa querida finansfera. 

Creio que quase tão "folclórica" quanto a marca do 1 milhão de reais de patrimônio, é a de 1.000 reais por mês de renda passiva, um objetivo perseguido por muitos.

Acho interessante como que no Brasil temos 2 nomes "de peso" na área de finanças pessoais que têm opiniões quase opostas no que diz respeito a dividendos e renda passiva: Luiz Barsi e Bastter. 

O Luiz Barsi é um empresário, investidor profissional e ferrenho defensor da ideia de "viver de dividendos", e recentemente até publicou sua autobiografia intitulada "O rei dos dividendos" (fiz uma resenha neste post aqui). Ele defende a abordagem Buy & Hold nos investimentos e que o investidor compre ações todo mês, o máximo que puder, para um dia conseguir viver de dividendos (é digno de nota que a montagem de uma "carteira previdenciária" era o tema central de sua cartilha intitulada "Ações garantem o futuro", publicada muitos anos atrás, conforme sua biografia). Claro que Barsi está armado com décadas de aportes na bolsa, e me parece que as ações no geral eram mais baratas no passado (anos 60~70), de modo que ele conseguiu acumular um patrimônio gigantesco. Não sei se o Barsi seria um adepto do movimento FIRE, mas ele certamente não condena a ideia de "viver de dividendos".

O Bastter é um educador financeiro e empresário do ramo de finanças pessoais, e também é defensor do Buy & hold (e cada vez mais converge para uma abordagem quase "Buy & forget"), da visão de longo prazo, do aporte em valor diversificado, etc. bastante semelhante ao Luiz Barsi em diversos pontos. Porém uma diferença fundamental é que o Bastter já há muito tempo discorda das ideias da filosofia FIRE, viver de dividendos, viver de renda, etc, defendendo que a única renda de verdade é aquela oriunda do trabalho e que viver de renda é ilusão (a não ser que seu patrimônio seja muito, mas muito grande mesmo). Vejo que recentemente (nos últimos 2 anos, pelo menos) ele tem postado mais vídeos no canal dele no Youtube falando sobre dividendos e renda passiva, batendo bastante na tecla de que os dividendos e aluguéis saem da cotação dos ativos, então não "dinheiro extra", mas sim um resgate antecipado de parte do valor investido nestes ativos. 

(Hoje em dia há dezenas de "influencers" financeiros nas redes sociais e milhares de assessores de investimento empregados de corretoras e bancos, mas não acompanho nenhum e não faço ideia do que eles dizem sobre esse assunto. Portanto irei ignorá-los neste post).

Analisando os dois autores, Barsi e Bastter, acho que a principal lição a ser aprendida em relação aos dividendos é: não escolher empresas para aportar levando em conta somente o valor dos dividendos que costumam ser pagos e o Dividend Yield, até porque não há nenhuma garantia que a empresa continue para sempre pagando seus dividendos, mesmo aquelas empresas que "sempre pagaram". 

Acho que isso foi uma "modinha" quando investir em ações também começou a ser "modinha" no Brasil, acho que lá pelos anos 2000: creio que muita gente só olhava o DY como indicador ao analisar empresas (e no máximo "analisava" o P/L e o L/VPA), e um conhecimento que eu via sendo difundido até em sala de aula (nos cursos universitários que tinham uma cadeira de "finanças" ou "administração financeira") era que o melhor era comprar só ações PN, pois tinham preferência nos dividendos, enquanto que as ON somente davam votos na assembléia de acionistas e isso nunca faria diferença para nós, investidores pessoa física, considerando que somos pequenos investidores sem participações significativas nas empresas. (O problema desse raciocínio é o tag along das ações PN, o que pode trazer surpresas desagradáveis aos acionistas PN em casos de fechamento de capital ou troca de controladores)

Esse foi, por exemplo, o erro do nosso famoso colega Pobretão: ter feito o all-in na Eletropaulo por conta, entre outros motivos, dos gordos dividendos que aquela empresa costumava pagar. O objetivo dele, se bem me lembro, era atingir a marca (impressionante para um pequeno investidor e jovem) de 25.000 ações ELPL4. Com isso, por exemplo, caso a empresa pagasse em determinado mês 2 reais de dividendos (como aconteceu pelo menos umas duas vezes, conforme vi em sites com registros de dividendos por aí), ele receberia R$ 50.000,00 limpos na conta. Tudo lindo e maravilhoso  (ele poderia gastar uma parte e com o que sobrasse provavelmente ainda daria para comprar centenas de ações da Eletropaulo ou de outras empresas), porém com esta estratégia ele se arriscou muito, pois seu patrimônio dependia de uma empresa só. Como na época (2012-2015) a empresa teve muitos problemas com a ANEEL, a cotação da ação oscilou bastante, fazendo com que em vários meses ele tivesse imensas variações no patrimônio, tanto positivas quanto negativas. Uma hora ele não aguentou mais a montanha-russa emocional e se desfez da Eletropaulo. E depois não divulgou mais onde estava investindo (tenho a impressão de que ele foi para a renda fixa, mas não lembro)

Neste post aqui, intitulado "O que importa é o fluxo de caixa e não o tamanho do patrimônio", publicado em 2012 (e lá se foram 11 anos!!) o Pobretão dá sua opinião (ao menos a opinião que tinha na época) sobre renda passiva. Eu pessoalmente discordo do que ele escreveu, mas mesmo assim acho que  o post não deixa de ser interessante, e acho que os comentários geraram uma discussão bem boa a respeito de dividendos e renda passiva. Acho que vale a leitura para refletir sobre os diferentes pontos de vista (ainda que quase 11 anos depois, muita coisa se mantém atual - a essência é a mesma).

Outra discussão interessante sobre o assunto ocorreu nos comentários do blog do Pobreta neste post: "quantas ações você precisa investir para ter renda de R$ 10.000 mensal em dividendos?". Vale ler os comentários do pessoal, especialmente os escritos pelo colega Viver de Renda.

Outra lição "chata" é a questão de que os dividendos saem da cotação da ação, ou seja, se você gastar os dividendos estará gastando seu patrimônio acumulado, eles não são um "dinheiro novo" que entrou. Idealmente os proventos devem ser reinvestidos. Claro que no comecinho da caminhada ganhamos bem pouco, menos de 20 reais por mês, de modo que praticamente não faz diferença reinvesti-los ou não, mas a lição é que idealmente devemos reinvestir os dividendos das ações e os aluguéis dos FIIs.

Dito isto, a minha opinião pessoal (ao menos atualmente) sobre o assunto é a seguinte:

- concordo que o ideal é reinvestir todos os meses os dividendos e aluguéis recebidos, porém dependendo da situação de vida do investidor, isso nem sempre é possível (e eu estou numa fase  em que os gastos estão maiores mesmo, então vários meses precisei usar essa renda passiva como complemento do salário) pois a vida não é linear e "certinha",  da mesma maneira como nem sempre será possível, por exemplo, segurar títulos do tesouro durante 30 anos sem nunca mexer no dinheiro (aliás, creio que sejam bem poucos os que conseguem) - mas, mesmo assim, devemos buscar reinvestir tudo, ou pelo menos uma parte, do que recebemos de renda passiva;

- ao mesmo tempo, eu acho que se você precisar do dinheiro, é melhor gastar os dividendos recebidos do que vender as ações ou os FIIs para levantar o montante necessário. Por mais que uma empresa cuja ação valha 10 reais e declare um dividendo de 1 real e você passe a ter R$ 9,00 + R$ 1,00 (ou seja, sem alterações no patrimônio total), se você precisar gastar o dividendo você ainda terá a ação em seu patrimônio, e acho que ações de empresas valem mais do que dinheiro;

- Nem sempre será possível aumentar o rendimento ganho através do trabalho;

- Há um conforto psicológico trazido pela renda passiva dos investimentos. Acho que no mínimo servem para dar uma tranquilizada em relação ao trabalho, principalmente quando o investidor está no estágio de receber dividendos na casa dos poucos milhares de reais;

- Tendo em vista os itens anteriores, os dividendos, JCP e aluguéis podem ser uma importante bóia salva-vidas, quase como se fossem mais uma "dimensão" da Reserva de Emergência (uma reserva flutuante e incerta, mas que ainda assim pode servir como tábua de salvação), ao menos durante um tempo (por exemplo, entre um emprego e outro). Claro que isso não é sustentável para sempre (afinal é renda variável), e deve ser tratado como exceção.

- Na fase de usufruto do patrimônio acumulado, eu particularmente acho melhor ter pelo menos algumas empresas que pagam dividendos (e FIIs) na carteira, para poder usar os dividendos, do que ser obrigado a vender ações para realmente usufruir do valor acumulado.


Em resumo, na minha opinião é melhor receber dividendos do que não receber (óbvio), e devemos reaplicar o máximo que pudermos, usando a renda passiva somente quando necessário. E hoje em dia, que está mais fácil ter investimentos no exterior, também é possível ter uma renda passiva de dividendos em dólar, o que não deixa de ser uma segurança a mais para o pequeno investidor brasileiro. Sendo assim, quem tiver condições, que busque também criar esta renda passiva no exterior, com a vantagem de que, por ser mais difícil gastar esse dinheiro (por que tem que fazer a remessa de volta para o Brasil, e isso "dá trabalho"), tendemos a sempre reaplicar 100% dos proventos em dólar.

O que acham do assunto, companheiros de trincheira?

Forte abraço! 

Fiquem com Deus!


25 comentários:

  1. excelente post!
    Viver de Renda é insuperável

    alugueis de FII tb saem da cotacao do ativo?

    no final cash is king
    FIRE nao tem como ser ruim
    qq pessoa rica sempre pode ajudar com $ os outros

    abs!

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    1. Valeu, Scant.

      Tenho quase certeza de que os aluguéis também saem da cotação dos FIIs, se não acabaria incorrendo em alguma situação tipo "almoço grátis", mas por mais que a matemática por trás desse raciocínio seja verdadeira (a do 10 = 9+1), em efeitos práticos acho que gastar 1 real de dividendos de uma ação que valia 10 ( e passou a valer 9 após o pagamento) não é a mesma coisa que você ter uma nota de dez reais e gastar 1 real e terminar com 9, pois você ainda é dono de uma fatia de algo que produz coisas (uma empresa, ou um percentual dos imóveis de um FII).
      Sempre vou achar que receber dividendo é melhor que não receber. Acho bom ter na carteira algumas empresas que não distribuem ou que distribuem bem pouco porque reaplicam os lucros no próprio negócio, mas acho conveniente ter também outras que costumam pagar dividendos com certa regularidade (e FIIs, que pelo menos até hoje têm pago todo mês), pois é melhor gastar essa grana, se precisar, do que vender as ações para levantar o dinheiro.
      Cashflow is king. E concordo que FIRE não tem como ser ruim, com prudência, é claro.

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    2. vc ta certo
      https://www.youtube.com/watch?v=1Bvve_Rkw94

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  2. Boa lembrança o blog do pobretão. Depois que ele já tinha parado de postar eu achei uma compilação com todo o conteúdo do blog, muitos ensinamentos e muita diversão.
    A questão dos dividendos é realmente polêmica, se você tem um imóvel, recebe um aluguel, esse valor do aluguel é descontado do valor do imóvel? O imóvel vale mais ou menos por ter gerado esse aluguel? Por que FII seria diferente? Ficam os questionamentos.
    Abraços.

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    1. E aí, Mendigo

      Concordo com você na questão dos imóveis. Já vi isso ser discutido também, que o dinheiro do aluguel do imóvel acaba saindo do patrimônio (talvez porque o imóvel se deteriora e por isso de tempos em tempos o dono precisa fazer uma reforma?), mas aí acho forçação de barra demais. Acho que se você tem um imóvel, aluga, e recebe dinheiro de aluguel, seria uma renda passiva verdadeira, pois o inquilino tem a renda dele, e parte dela vai para você. No máximo ocorre isso que eu escrevi, que o dono de vez em quando vai gastar dinheiro reformando ou consertando alguma coisa no imóvel.

      No mais, embora haja uma matemática na questão da cotação dos FIIs (10 = 9+1), também concordo que nos FIIs essa questão está no mínimo aberta para discussão. Como eu escrevi no comentário acima, acho que em termos práticos a realidade é que você ainda é dono da cota do FII, e por consequência dono de uma parte dos imóveis dele, então realmente: porque seria diferente de um imóvel físico? Essa questão realmente é polêmica se pararmos para pensar.

      Mas acho que o cerne da questão toda é que o crescimento do patrimônio será bem menor se você não reaplicar os proventos, então o mais prudente é não gastar os dividendos e aluguéis na fase e acumulação, mas conforme eu escrevi no post, cada um tem sua própria realidade, com condições diferentes.

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    2. única renda passiva é de herança, pois outra pessoa pagou por vc. verdadeiro almoço gratis

      mesmo no caso de aluguel nao vejo retorno, pois o montante investido (valor imovel + tributos) é muito alto diante do q se recebe em alugueis

      acho q só o pessoal q consegue construir dezenas de quitinetes em um terreno barato consegue retorno real - mesmo assim - depois de uma decada

      gente comum, só depois de muito tempo (decadas de aportes) e juros compostos, é que se consegue retorno real. O resto é mera "remuneração de capital" .

      como vc disse: "se não acabaria incorrendo em alguma situação tipo "almoço grátis", mas por mais que a matemática por trás desse raciocínio seja verdadeira (a do 10 = 9+1)"

      abs!

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    3. "A questão dos dividendos é realmente polêmica, se você tem um imóvel, recebe um aluguel, esse valor do aluguel é descontado do valor do imóvel? O imóvel vale mais ou menos por ter gerado esse aluguel? Por que FII seria diferente? "

      no FII o cotista nao é dono de um imovel, mas apenas dono de uma cota; assim como o acionista é dono de uma ação.
      no final, é apenas um título contábil e não um bem físico como uma casa.

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    4. No FII o cotista acaba sendo dono de uma pequena parte dos imóveis, e o acionista é dono de uma parte da empresa. A questão é que para pessoas comuns essa parte será muito pequena, de forma que apenas "surfamos na onda", para o bem e para o mal.
      O imóvel físico geralmente é 100% seu, mas por outro lado a responsabilidade e os gastos também.

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    5. A questão de receber $ de aluguel de imóvel físico eu vejo mais como uma questão de ter um fluxo de caixa mais ou menos estável do que em recuperar o capital investido (o qual eu consideraria como custo afundado). Eu acho que seria bom viver que nem o Seu Barriga, sendo dono de um punhado de casas e recebendo aluguel (o seu Madruga pagava em dia, afinal ele sempre estava devendo 14 meses, então o problema dele era antes do tempo em que se passava a história , e os outros inquilinos pagavam sem problemas). O Seu Barriga vivia bem, pelo visto.

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    6. lembrei desse post:
      http://viverdealuguel.blogspot.com/2015/12/pensar-fora-da-caixa-talvez-realmente.html

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    7. O VdA era muito bom. Pena que parou de postar.

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  3. Pobretão é lenda da finansfera kkkkk sempre falam dele. Detalhe é que ele vendeu no preju e não manteve a estratégia, sendo que depois de uns tempos a ELPL deu uma subida monstruosa.
    Não que eu defenda o all in, mas já que foi a proposta dele talvez devesse ter mantido, enfim a sorte e revés da vida...

    Grande abraço,

    Rumo a IF

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    1. Sim, ele errou duas vezes. A primeira quando fez o all-in, e a segunda quando vendeu tudo. Ele poderia ter saído aos poucos da ELPL ou ter começado a aportar em outras empresas para diminuir o % de participação da ELPL na carteira dele.
      Pobreta é a lenda finansfera mesmo. As postagens do ranking dele eram engraçadas demais... bons tempos.

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  4. O "raciocínio" do Bastter está equivocado.
    Lógico que os dividendos saem do preço da ação, mas a minha participação na empresa continua a mesma, pois continuarei com o mesmo número de ações e mais uma grana no bolso.
    Sendo a empesa boa, a cotação irá recuperar o dividendo "pago" cedo ou tarde.

    Minha opinião é que não adianta ter dez milhões em investimentos que lhe dão 2 mil reais de renda passiva. Melhor ter 1 milhão que lhe rendem os mesmos 2 mil reais de renda passiva.
    Ou seja, é óbvio que a renda passiva (dividendos, jscp, rendimentos etc) é importante.

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    1. Mais facil eu e vc estarmos errados q o bastter

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    2. Não acho que o raciocínio do Bastter esteja errado.
      Concordo que a tendência é a cotação da empresa boa subir novamente e compensar esse desconto do dividendo.
      Eu preferiria ter os 10 milhões, mesmo que eles só rendessem 2 mil. Eu só aplicaria em outras coisas para aumentar essa renda passiva, porque com 10 milhões dá pra render mais que 2K por mês! Aliás , com 10 milhões eu largaria o emprego na hora, e iria para um serviço bem tranquilinho, de meio expediente, ou abriria uma vendinha (tipo barraca de chaveiro) só pra me manter ocupado, sem funcionários...

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  5. O último influencer a aderir à estratégia de dividendos foi o Primo Rico. A nova versão do curso dele promete ensinar a investir com foco nos dividendos, com a justificativa que isso vai gerar dopamina na cabeça dos investidores e assim mantê-los motivados. Eu sigo firme nos ETFs irlandeses de acumulação. O Pobreta faz falta na finansfera.

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    1. Entendo. Não acompanho nenhum influencer de finanças, e achei bizarra essa colocação sobre dopamina! Eu tenho um parente próximo que comprou o livro do primo rico, mas nem tive vontade de abrir para ler.
      Continuarei não acompanhando nenhum youtuber/instagrammer/tiktoker de finanças...

      Enfim, Pobreta faz falta mesmo. Tomara que ele esteja bem e menos amargurado!

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  6. Essa questão dos dividendos saírem (ou não) do valor da cotação é muito polêmica e pouco intuitiva. É inegável que ver dividendos caindo na conta libera alguma dose de dopamina, mas também é inegável que em certos casos é muito melhor que a empresa não pague dividendos e gere retornos muito maiores pra você alocando esse dinheiro melhor do que você o faria (dá uma olhada no desempenho da Berkshire Hathaway nas últimas décadas, ou então nem precisamos ir tão longe, veja a famosa WEG ou RADL).

    Abraço.
    https://engenheirotardio.blogspot.com/

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    1. Sim, concordo com você. Ver os dividendos caindo é bom, e ter empresas que pagam dividendos com certa regularidade, além de FIIs, faz parte de uma carteira bem diversificada, mas é inegável que, geralmente, a empresa reinvestir no próprio negócio é melhor pro acionista. O lado ruim disso é que para usufruir do patrimônio o acionista terá que vender algumas ações dessas empresas (no caso da Berkshire, vender 1 ação da classe A, atualmente, dá uns 503 mil dólares , o que já é muito mais do que um americano médio ganha por ano! Mas aí cabe um questionamento: qual será o padrão de vida de quem possui mais de 1 ação Berkshire classe A? E será que 503K dólares são "muito" ou "pouco" para essas pessoas?)

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    2. "qual será o padrão de vida de quem possui mais de 1 ação Berkshire classe A?" meu chute:um bando de idosos que começou a investir na Berkshire quando não era uma empresa que chamava atenção kkkkkkk

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    3. Sei lá, mas quem tem, digamos, umas 10 ações dessas, está muito bem de vida, mas pode ser que 503K dólares seja "pouco" para estas pessoas.

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  7. Acredito num meio termo.

    Se por um lado o dividendo não é um almoço grátis porque ele sai da cotação, como o Bastter enfatiza muito, e de fato existe um ajuste contábil, daí em diante a cotação volta a se "mover", seja para baixo ou para cima. Então também não faz sentido achar que uma ação ou FII é uma "vaca leiteira" que vai emagrecendo na medida em que distribui o leite.

    Bom, uma vantagem mais objetiva dos dividendos (pelo menos até agora) é a questão tributária. Como existe tributação sobre o ganho de capital mas não existe sobre dividendos e rendimentos de FIIs, acaba sendo uma forma de "sacar" o investimento sem pagar impostos.

    Abraços!

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    1. Acertou em cheio!
      No final você tem que usar uma ferramenta para calcular o comparativo entre empresa X com o dividendo reinvestido e empresa Y reinvestido o dinheiro na própria empresa já descontando os impostos.
      Ler o balanço, entender o mercado-alvo e futuras oscilações no ecossistema da empresa é fundamental.
      Não tem como dizer qual estratégia é melhor, tem que calcular.

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    2. Realmente as ações e FIIs não vão se esvaindo com o pagamento de dividendos. E, dependendo do que a empresa fizer, a cotação pode até cair no longo prazo, independente de termos gastado ou não os dividendos. Claro que não é viável, em uma carteira diversificada, sempre reaplicar o dividendo exatamente na mesma ação que o pagou, mas o ponto é que quase inevitavelmente algumas empresas ficarão ruins, pois não tem como acertar todas.

      Quanto à tributação, Espero que continuem sem taxar os dividendos e aluguéis de fiis! Não acho que o governo fosse arrecadar muito com isso, e só iria piorar a vida dos poucos investidores pessoa física da bolsa, além de dar uma piorada nos fundos de previdência que aplicam em ações... tomara que esse projeto apodreça numa gaveta do congresso até o fim dos tempos..

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