sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Aportes e Atualização Patrimonial - setembro de 2021

 Salve, salve, confraria, vamos a mais uma atualização patrimonial!

Como sempre, expressa em Coroas, a moeda oficial do blog!


Aumento acumulado de 28,2% desde o início da série histórica. Pequena queda em relação a agosto, mas faz parte do jogo! Este mês eu recupero!

Conforme disse, este foi o primeiro mês "normal" (em julho e agosto recebi férias e 13º, então setembro foi o primeiro mês com o salário "puro")

Tive uns gastos extras (não recorrentes) que me fizeram sacar da poupança, diminuindo assim a minha RE. Mesmo assim, não deixei de aportar em Ações e em FIIs. Só voltarei a aportar na RE quando julgar necessário ou se de alguma forma ganhar um dinheiro extra - os aportes provenientes do salário estou deixando para ações e FIIs. Por enquanto, ainda me sinto confortável com ela, mesmo tendo diminuído este mês.

A soma destes valores dá 197 e não 202 conforme quadro acima. Isso ocorre porque eu ignoro a parte decimal dos valores quando converto o valor em reais para coroas, e neste quadro faço isso ação por ação, de modo que o "erro acumulado" fica grande. O valor total verdadeiro em ações é o do quadro geral. Aqui, considerem somente os valores individuais.
 

Nas ações, a compra do mês foi a empresa Arezzo, uma empresa de roupas, dona de diversas marcas e representante no Brasil de algumas marcas estrangeiras famosas. Roupas são coisas que as pessoas sempre irão comprar, e o setor de moda é um ramo de negócios que está sempre se atualizando, inovando, então julgo que empresas deste tipo tendam a sobreviver no longo prazo. A Arezzo me parece que é gerida desta maneira e muito bem gerida. Vamos torcer para dar certo e que esta ação me renda bons frutos.

Se vocês olharem a cotação, o preço de compra de ARZZ3 pode parecer meio salgado (pelo menos no dia em que comprei parecia), mas, sinceramente, ninguém sabe realmente se está barato ou se está caro. Eu vejo que no mercado brasileiro, quando uma empresa ultrapassa um patamar de preço, a tendência de que ela faça um split é bem alta (lembro de ter visto isso com Ambev e com a Weg, mas certamente houve outras). Pode ser que da próxima vez ela esteja "mais barata" por conta de um split, quem sabe? De qualquer maneira, o importante é ter ações de empresas boas, não importa a quantidade.

Como sempre, não recomendo a compra desta empresa, eu só recomendo que vocês estudem e tirem suas próprias conclusões. 

Abrindo um pouco o jogo em relação a carteira de ações: eu pretendo ter algo entre 15 e 20 empresas. Isso faz sentido? Porque não 21 empresas? Por que não 100 empresas?  Por que não apenas 10? Não sei, por mais racionalmente que tentemos agir, sempre há um espacinho para arbitrariedades, superstições, manias, etc. Eu, por exemplo, por alguma razão gosto muito de números primos (bizarro, né?), então pode ser que eu fique com 17 ou 19 ações. Isso até que faz um pouco de sentido segundo aquela velha Teoria das Carteiras, de Markovitz, que recomenda uma diversificação entre, no mínimo, 15 empresas, para aproveitar este "almoço grátis" que ocorre neste nível de diversificação (menos risco e mais retorno, conforme demonstrado na curva que ilustra esta teoria).

Tem momentos em que eu fico pensando: eu poderia aportar somente em umas 5 empresas, para concentrar bastante o capital e com isso ganhar dividendos maiores destas empresas e ganhar uma bolada maior caso seus preços subam muito... Mas, tem o outro lado da moeda: se elas caírem, perderei uma bolada também, e se as poucas empresas desta carteira hipotética deixarem de pagar dividendos, também me darei mal. 

Uma outra vantagem de ter uma carteira bem diversificada é que aumentam as chances de eu selecionar alguma empresa que vá ter retornos estratosféricos nos próximos anos (hoje em dia está na moda chamar de "ten bagger")



Nos FIIs, as compras do mês foram de VISC11, do ramo de shopping centers, e de HGRU11, um fundo híbrido que possui prédios comerciais e tem como inquilinos, dentre outros, a Ibmec e a Estácio e algumas lojas das redes WalMart e Sam's Club. Também não recomendo a compra de nenhum destes fundos. Estudem sozinhos e tirem suas próprias conclusões. 

Ambos atendem ao meu critério tijolo-multi-multi. 

Estou "quase" completando o "álbum de figurinhas" de FIIs: planejo ter, a princípio, algo entre 10 e 15 FIIs diferentes na carteira, todos conforme o critério acima (embora haja a possibilidade de incluir o FIIB11, que só tem 1 imóvel). Por quê essa quantidade? Não sei... Sinceramente, não sei. Só acho um bom número. Se encontrar outros interessantes, posso aumentar essa quantidade. 


Em relação à Reserva de Valor: ainda não aportei nada, e vou excluir esta parte do quadro geral. Acho que nunca me sentirei confortável em divulgar por aqui esse tipo de investimento. De qualquer maneira, não pretendo ter mais do que uns 5% do patrimônio alocado nesta reserva, então para fins de acompanhamento não vai fazer diferença. 

(Pode ser que eu aproveite o sprite da RV no quadro geral- a taça dourada - para divulgar os investimentos no exterior, quando começarem)


Em relação à renda passiva: este mês ainda recebi cerca de 1 coroa. Comprei os novos FIIs fora da data para receber aluguéis no mesmo mês, mas agora em outubro os aluguéis deles provavelmente vão compor minha renda passiva. Não estou considerando os juros da poupança nessa conta (e nem quero, é melhor que fiquem quietos lá mesmo, é melhor eu nem saber deles para nunca ficar tentado em gastar, não que sejam muita coisa). Desta vez esta 1 coroa foi gasta. Fazer o quê... pelo menos é melhor do que pegar empréstimos ou entrar no cheque especial. Este mês isso será compensado.

Em relação ao trabalho, passei uns estresses sinistros de novo. Minha relação com meu emprego é bem complicada. Estou na busca pelo meu próprio caminho na vida, mas é realmente difícil. Por mais que reclamemos da CLT, a verdade é que ela é confortável, e é muito mais difícil ser autônomo ou ter um pequeno negócio, por mais que tais atividades nos deem um pouco mais de liberdade em relação a horários (mas por outro lado nos tornamos um tanto "prisioneiros" de nossos negócios). Eu tento ver meu trabalho atual somente como um lugar onde ganho meu dinheiro e nada mais, mas confesso que às vezes é muito difícil não levar o estresse e as preocupações para casa. A luta é difícil mesmo, confrades. Ainda estou na busca por uma saída. 

Até concursos estão mais escassos hoje em dia e, mesmo assim, a meu ver não oferecem a mesma segurança de antes. Tenho os dois pés trás em relação a concursos municipais e estaduais (exceto, talvez, para os municípios grandes, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, etc.). Eu teria medo de assumir um cargo destes e ter meu salário atrasado pela prefeitura ou governo de estado, por exemplo, como já aconteceu em alguns estados (sei que já aconteceu no RJ e no RS). Os concursos federais têm a desvantagem de te sujeitar a ir morar em lugares em que eu não gostaria de morar, além da concorrência ser bem maior. De qualquer forma, acho que hoje em dia eu só faria concurso para professor, mesmo. Não sinto atração pelos cargos burocráticos e nem de fiscal - alguns pagam muito bem, mas imagino que seja um dia a dia de atividades bastante ingratas.

Caso algum leitor do meu blog seja concurseiro ou concursado e tiver alguma sugestão de concurso para um cargo que não seja muito burocrata e que dê para sair no horário todos os dias, por favor, comente aí. Certamente existem cargos e órgãos públicos que eu nunca ouvi falar.


Em relação à família: tudo certo, graças a Deus. Isso é o mais importante.

Em relação à saúde: tudo certo, graças a Deus. Isto é muito importante.


Forte abraço, companheiros de jornada! Fiquem com Deus!

7 comentários:

  1. Sou servidor público federal da área de fiscalização.
    Antes da pandemia, alguns servidores trabalhavam em home office. Mas, eram só os "protegidos" e "queridinhos" das chefias.
    Com a chegada da pandemia, quase TODOS os servidores estão em home office.
    Agora, só não faz home office quem NÃO quer.
    Por que?
    porque a administração pública federal percebeu q ela só GANHA com o servidor trabalhando em home office.
    Ela deixa de gastar com energia, água, café, papel e material de informática.
    No futuro ainda irá economizar com aluguel, já que a tendência será diminuir os prédios das repartições, afinal, para quê manter um prédio de 10 andares para nele trabalharem 30 pessoas? Melhor alugar um andar e fim.
    Além da economia, tem a questão da produtividade. Quem faz home tem METAS a cumprir maiores do que os que ficam na sede. Exemplo: para uma tarefa que o prazo é de dez dias, quem faz em casa terá que entregar em 8 dias. Já quem faz na sede, entrega em dez.

    Em suma, o governo já viu que o home é só ganho para a Administração. Só voltará para a sede quem não tem condição de trabalhar em casa ou quem consegue cumprir as metas do home.

    Eu já gostava do meu trabalho, agora, então, não largo nunca mais. Trabalho de onde eu quiser, basta ter internet.

    Aliás, já tem portaria autorizando o servidor a trabalhar do exterior. Logicamente tem que pedir e preencher a burocracia relativa, mas é só para formalizar. Não haverá recusas.

    Abraço!

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    1. "ou quem NÃO consegue cumprir as metas do home".

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    2. Valeu, adpenac. Então eu teria chance de não precisar morar na mesma cidade da minha repartição caso passasse em um concurso federal, correto? Isso é interessante. Onde eu trabalho infelizmente, a cultura "presencialista" é muito forte.

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    3. Beleza Mago!

      O que eu posso te garantir é que HOJE você pode tranquilamente trabalhar de casa nas seguintes instituições federais: SRFB, CGU, STN, ANAC, ANTAQ e INSS (quem não atende público).

      Mas a tendência é daqui uns anos, TODAS as instituições serem home office.
      Como falei, a Administração só ganha.
      Hoje se faz tudo on line.
      Eu, por exemplo, ligo para os auditados, envio as solicitações por e-mail. Eles enviam as informações e documentos solicitados por e-mail. Eu analiso tudo e faço o relatório. Isso eu posso fazer de qualquer lugar que tenha internet.

      Nas raras vezes que preciso ir a algum lugar, agendo por telefone, combino com um colega (não pode ir sozinho) e vamos no local em dia e hora combinados. O relatório da visita depois é feito em casa.

      No judiciário federal, tenho colegas que trabalham em casa, mas não posso dizer que a maioria está em home.

      Sei que antes da pandemia, eu pensava em aposentar cedo, mas agora, vou ficar até aposentar no serviço mesmo.

      Valeu!

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    4. Legal, obrigado pelas dicas! Vou olhar com mais carinho os concursos federais então.

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  2. Eu gostaria de ter um concurso público federal e ser alocado em uma dessas cidades de 40-50 mil habitantes no Nordeste do Brasil, deve ser muito barato viver nesses lugares em comparação ao Sul/Sudeste do país. Eu não faço concurso público, pois acho a concorrência muito insana para qualquer carguinho de R$ 4 mil por mês, deixo para quem tem tempo e capacidade mental para aguentar a rotina de estudos cada vez maior.

    O comentário do amigo servidor federal acima é bem interessante, para quem desempenha trabalhos burocráticos que não precisam ser feitos através do contato direto com outras pessoas ou visitas in loco é melhor mesmo o home office. Só quem trabalha em home office tem que ficar atento para não cair na procrastinação.

    Abraços,
    Pi

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    1. Valeu PI. Eu sou mais as regiões sul e sudeste mesmo, mas também gostaria de ficar em uma cidade assim, com uns 50K habitantes. E, realmente, o Brasil é tão subdesenvolvido no quesito emprego que esses cargos de 4K ou 5K são disputados a tapa entre milhares de pessoas, sendo que nos EUA acho que um caixa do Walmart ganha mais que isso, e com muito menos responsabilidades.

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