sexta-feira, 7 de março de 2025

Aportes e Atualização Patrimonial - fevereiro de 2025

Saudações, confraria da melhor e mais legítima comunidade de finanças da internet brasileira!

"Old Tom Bombadil is a merry fellow, Bright blue his jacket is, and his boots are yellow".
fonte da imagem >> 
https://oxfordinklings.blogspot.com/2012/03/bombadil.html

E terminamos o mês de fevereiro do Anno de 2025 da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o verdadeiro rei da humanidade.

Para mim o mês de fevereiro passou bem devagar, acredito que por conta dos gastos extras que fizeram o salário durar menos!

Pelo menos agora em março tivemos o feriado do carnaval. Para mim a melhor coisa do carnaval é o feriado. 

Da festa eu quero é distância (não gosto de barulho, multidões, calor, etc.).

Agora o Tesouro Direto aparece no template!! 
Créditos dos sprites: Moonlit Software e 3D Realms (antiga Apogee)


Dito isto, vamos aos detalhamentos do mês de fevereiro, lembrando como sempre que NENHUM ATIVO MENCIONADO NO BLOG E /OU NOS COMENTÁRIOS É UMA RECOMENDAÇÃO DE COMPRA E NEM DE VENDA! Estudem sozinhos e descubram seus próprios caminhos no mundo das finanças, ou senão ficarão eternamente reféns do influencer da modinha do momento e perderão seu suado dinheiro com dicas falsas!



Aumento acumulado de 350,2% desde junho de 2021. Esta porcentagem inclui aportes, dividendos, valorizações e desvalorizações de ativos.


Ações - os aportes do mês foram na SLC agrícola, Petrobras e Vale do Rio Doce. Todas estas empresas já faziam parte da carteira e dispensam apresentações. Para a "trinca" Petrobras, Vale e Eletrobras eu tenho uma estratégia de tentar comprar um pouquinho todo mês ou quase todo mês.



FIIS - os aportes do mês foram no ALZR11 e no FIIP11, pois não recebiam aportes há algum tempo e, no caso do ALZR, porque paga seus aluguéis no fim do mês, o que serve ao propósito ajudar a dar uma esticada no orçamento mensal, em caso de emergências, ou para fazer um aporte extra no fim do mês, ou para juntar ao aporte do mês seguinte. Eu devo adotar essa estratégia com os FIIs: aportar todo mês em um destes que pagam os aluguéis no final do mês (visando principalmente diminuir o uso da RE em meses de muitos gastos)


Renda Fixa - Agora tenho um parte um pouco mais "relevante" em Tesouro Selic, de modo que acho que vale a pena começar a divulgar aqui. Por conta dos gastos extras em fevereiro (fatura alta do cartão, IPTU, festa de aniversário), saquei uma quantia razoável da minha reserva de emergência. 

Por mais que eu sinta FOMO ao não investir em ações ou FIIs, terei que fazer algum "sacrifício" nos próximos meses para recompor a minha RE, a qual agora considero baixa

Fora isso, em fevereiro fiz aportes em Tesouro Selic (com vencimentos próximos: 2028 e 2029).

A renda fixa está assim dividida:

RE - 817 Coroas

Selic 2028 - 7 Coroas

Selic 2029 - 7 Coroas

Pessoalmente não tenho estômago (ainda?) para aportar nos Tesouros IPCA e nem naqueles "Renda +", pois acho tempo demais com o dinheiro na mão do governo. Para mim já basta o FGTS e o INSS! Não sei se mudarei de idéia em relação a isso. 

(mas vejam que há 2 anos eu nem cogitava investir em tesouro direto)

Exterior - sem aportes no exterior em fevereiro. Pelo menos o câmbio se manteve abaixo dos R$ 6,00. Que se mantenha assim! Que caia para menos de R$ 5,00!



Renda Passiva -  fevereiro costuma ser fraco de dividendos. Com isso, recebi "apenas" 13,4 coroas, bastante abaixo dos meses anteriores, mas ainda assim superior a toda a renda passiva recebida em 2021 e durante o primeiro trimestre de 2022. E, claro, superior aos meses de fevereiro de 2022, 2023 e 2024. Por enquanto o recorde permanece sendo o de maio de 2023, com 18,5 coroas (graças aos dividendos excepcionais pagos pela Grendene naquela ocasião).





Generalidades:

- Tudo está caro demais, principalmente alimentos. Eu me lembro de há poucos anos comprar uma cartela de 30 ovos e cada ovo sair mais ou menos por cinquenta centavos a unidade. Hoje a mesma cartela custa quase 1 real por ovo, e imagino que esteja mais caro do que isso em bairros mais "nobres" da minha cidade.

- Muitas lojas vazias, com aquelas plaquinhas de "Aluga-se" ou "vende-se". Sempre me sinto triste quando vejo uma loja fechando. Algumas no meu bairro estão vazias há anos, desde bem antes da atual crise econômica. Só posso pensar que para um imóvel comercial ficar vazio por tantos anos só pode ser porque o aluguel cobrado está caro demais. Isso reflete uma faceta do empresário brasileiro médio que já descrevi aqui inúmeras vezes: o excesso de ganância e a necessidade de ganhar muito dinheiro com poucas vendas, ao invés de vender muito e ganhar um pouquinho em cada venda

- Aqui me parece que qualquer proprietário de uma salinha em uma galeria comercial quer "viver de renda" alugando sua ridícula salinha de 10 metros quadrados e cobrando um aluguel absurdo e, por conta disso, fica com o imóvel vazio por anos a fio, só tendo prejuízo. Parece que nunca aprendem! Preferem deixar vazio e ficar pagando IPTU, condomínio, etc. do que baixar o aluguel!

- Sempre me dá desânimo e decepção quando vejo uma salinha comercial dessas finalmente sendo alugada, após anos e anos vazia, e o tipo de comércio que abre é uma farmácia, ou uma loja de colchão, ou uma "loja de açaí", ou uma "tapiocaria". Esses comércios não trazem nada de novo, são só mais do mesmo, porque parece que todo lugar só tem isso hoje em dia! É uma pena!

Eu preferia que abrissem mais livrarias, mais sebos, mais lojas de roupas, mais lojas de ferramentas, sapatarias, joalherias, outros tipos de restaurantes (principalmente italianos) e não estes comércios acima.. Acho que ficaria feliz até com um Mcdonald's novo!


É isso, confrades!

Forte Abraço!

Fiquem com Deus!

19 comentários:

  1. a economia brasileira é basicamente um misto de ifood com bolo de pote, salvo as meninas do job. kkkkk

    abs!

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    1. E aí, Scant

      Não deixa de ser verdade, e é muito triste. Se ao menos coisas como SENAI e demais cursos profissionalizantes fossem mais difundidas e o pessoal não ficasse tão bitolado com a questão de ter faculdade, ao menos nossa economia poderia ser construída em cima de mecânicos, encanadores, eletricistas, torneiros mecânicos, etc.
      Por outro lado, que bom que as pessoas aqui ainda tem como se virar entregando no iFood e/ou vendendo bolo. Lembro até hoje daquele post do Corey em que ele fala sobre como era tenebroso empreender em Portugal, onde até para ser manicure (coisa que se aprende na prática e é necessário um certo dote artístico) é necessário ter um curso técnico, ou para vender bolo seria necessário ter em casa uma cozinha padrão masterchef, do contrário você pode ser multado pela receita / vigilância sanitária!! Para mim isso é surreal!

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  2. Boa tarde Mago! "Vem pro IPCA+ e Renda+ que a água tá quentinha"...kkkk. É assim mesmo...O tempo passa e a gente vai mudando a forma de pensar...super natural. Também não via motivo pra investir em TD uma vez que haviam vários produtos privados com taxas mais altas...Demorei um pouco pra internalizar o poder dos juros compostos com taxas altas...Depois que internalizei isso apaixonei pelo TD. Hoje cerca de 25% da minha carteira total está em diferentes modalidades de TD...Grande abraço!

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  3. O comentário acima saiu como Anon mas sou eu...rsrs

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    1. Valeu, VVI. Pode ser que com o tempo eu mude de idéia e aplique nesses títulos longos do Tesouro. Mas eu faria que nem você: um percentual não muito alto da carteira (pra mim acho que seria no máximo uns 20% da carteira)

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  4. Um dos melhores investimentos que eu fiz foi o Tesouro IPCA+ 2035 comprado em 2016. Na época 20 anos emprestando para o governo pareciam insanidade, pois esse título foi comprado na treta da Dilma.
    10 anos já foram e eu ganhei um caminhão de dinheiro, faltam mais 10 anos onde devo ganhar outro caminhão de dinheiro.
    De qualquer forma devemos investir apenas no que nos sentimos seguros, paz vale mais do que dinheiro.
    Abraços.

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    1. Obrigado pela contribuição, Mendigo!
      Emprestar dinheiro para o governo sempre me parece insanidade, muito embora seja aquilo: se der calote, já era, então acredito (quero acreditar) que um calote seja sempre a última das últimas alternativas. Vou ver se crio coragem para aportar em títulos tão longos assim. Mas por enquanto não me deixam tranquilo!

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  5. Caro PI,

    Para mim, a Eletrobras é mais uma "aposta", por isso que estou colocando bem pouquinho de cada vez, aumentando devagar a minha exposição à empresa. O meu racional para investir na Eletrobras foi o seguinte: apresentou lucro nos últimos 5 anos, foi privatizada (ou pelo menos está numa transição para isso - a União agora é dona de uns 40% do capital votante e não mais de "50% + 1" - mas a influência ainda é grande), é de um setor fundamental e perene (energia elétrica) e a empresa é muito grande (gera e transmite cerca de 1/5 da energia elétrica do Brasil - conforme diz no site deles). Por outro lado, é uma empresa muito sujeita a intervenções do governo, o que eu vejo ao mesmo tempo como uma fraqueza (decisões políticas interferindo na gestão) e como uma força (provavelmente seria socorrida em caso de quebradeira).

    Enfim, para mim é mais uma aposta mesmo. Vamos ver até onde ela chega, ou até onde eu chego holdando essa empresa.

    Ela já fazia parte da minha carteira lá nos idos de 2012-2013, e só vendi para ajudar a quitar o financiamento.

    Sobre o comércio de rua: por mais que haja muito conforto em compras on-line, acho que certos tipos de negócio físico nunca morrerão. E acho que as pessoas sempre vão sentir a necessidade de sair e interagir com outras pessoas. Sei lá, acho que comprar coisas na rua pode ter esse lado da "experiência" além do produto em si (claro que não se aplica a todos os comércios).

    O crescimento do comércio online realmente acabou com muitas lojinhas de rua. As que resistem geralmente são de redes grandes, ou restaurantes (vejo aí aquela questão da Experiência : por mais que exista muito delivery, acho que sair para almoçar/jantar/lanchar ainda é uma experiência que as pessoas gostam de ter, principalmente em grupo - isto está conosco desde os tempos das cavernas!) ou serviços tipo barbeiro, salão de beleza, exames, etc.
    Os comerciantes que mantém suas lojinhas vivas e de maneira honesta são praticamente heróis.


    Se eu tivesse imóveis para alugar, eu também tentaria nunca deixá-los vazios. Imóvel vazio é como uma ferida aberta te fazendo perder sangue bem devagar: vai deteriorando aos poucos, corre o risco de ser invadido, fora os custos de IPTU, condomínio, seguros, etc.

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  6. Aluguéis de imóveis comerciais no Brasil em locais minimamente movimentados são muito caros em comparação com o poder de investimento do brasileiro médio, esse é um dos motivos de tantos pontos comerciais vagos nos Brasil.
    Comércio eletrônico é um outro motivo importante, mas na minha opinião a maior parte dos nichos do e-commerce já está consolidado e tem grandes players atuando. Quem não investiu no e-commerce até 2018 perdeu o bonde, entrar hoje nesse ramo é bem mais complicado pela alta concorrência que existe atualmente e que diminui vendas e/ou margens de lucro.
    Com relação a bolsa, ando desanimado, na realidade nunca fui entusiasta desse investimento, pelo fato de que a bolsa brasileira é altamente especulativa.
    Aqui de pouco valem fundamentos e perspectivas futuras. Estou com uma ação a 2 anos porque optei por investir numa empresa de crescimento pra ter um retorno maior, me ferrei. Estou praticamente no 0X0.
    Fora isso na bolsa tem muitas empresas quebradas, vivendo de grupamentos e recuperações judiciais. Outras tantas alavancadas em dívidas não muito simples de serem administradas.
    Enfim, na Brasil nada é fácil, nada é claro e muito poucas coisas obedecem alguma lógica.

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    1. E aí, anon.
      Eu concordo com você e acho isso muito estranho. Os aluguéis mesmo em áreas não tão movimentadas são mais altos do que o poder de investimento do brasileiro médio, e às vezes ficam muitos anos vazios. Entendo que seja porque, por alguma razão, os donos preferem deixar lá, vazios e deteriorando, do que abaixar o valor do aluguel. Entendo que como nossa moeda é fraca, o valor mínimo que se possa cobrar de aluguel por um estabelecimento qualquer já é um valor "altinho"! O que quero dizer com isso: por exemplo, mesmo a menor salinha na galeria comercial mais suja e escondida de uma cidade pequena dificilmente alugaria por R$ 100,00 por mês (que seria o "valor justo") simplesmente porque não vale à pena para o proprietário ser dono do local e receber R$ 100,00 de aluguel porque R$ 100,00 "não são nada" hoje em dia.

      Quanto ao e-commerce, não sei. Acho que ainda há muito espaço, acho que dá para ganhar dinheiro montando lojinhas virtuais, especialmente se você vender coisas mais "diferenciadas" (concordo que provavelmente não adianta competir com grandes redes vendendo coisas genérias, bugigangas, etc.)
      2 anos é pouco tempo de bolsa. Precisa de mais tempo para os aportes "maturarem", e também é necessário filtrar (não investir em empresas com dívidas imensas, nem em empresas em processo de falência)

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  7. ... mas segundo o Lula, tudo isso é culpa de um pilantra que está passando a mão nos ovos! Chega a ser bizarro!

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  8. Iae mago, tranquilo ai??? Quando a ganância domina, só piora a situação pra quem tá tentando viver de boa. Se um dia você tiver propriedade pra alugar, cobrar um preço justo já seria um baita diferencial man.

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    1. E aí Esquizoide Investidor, tudo bem?
      Sim, acho que a ganância explica uma boa parte dos problemas de nossa sociedade. Não é só o governo, os impostos, a CLT e outras coisas que já são amplamente criticadas: tem também a ganância de muitos empresários, que pagam pouco seus funcionários mesmo podendo pagar mais, e que cobram demais em seus aluguéis, mesmo podendo cobrar menos. Tudo isso trava a atividade econômica: uma massa de pessoas ganhando um salário de fome significa uma massa de pessoas que não consegue se planejar para o futuro, que não expectativas de melhora, não se sente valorizada e com isso se sente sem esperanças e desmotivada - não tem como cobrar produtividade, engajamento, "brilho no olho", "postura de dono", "vestir a camisa", enquanto se paga somente R$ 2K ou R$ 2,5K ou até R$ 3K por mês para o funcionário (e sei que mesmo estes salários ruins são "altos" na realidade brasileira); e um monte de aluguéis caríssimos, fora da realidade financeira das pessoas gera uma porção de imóveis abandonados e já impede o surgimento de muitos negócios nascerem, simplesmente por não terem condições de pagar aluguéis tão caros. Sempre vou me lembrar de um imóvel perto de onde eu morava que ficou vazio uns 20 anos, porque o aluguel era absurdo - coisa de R$ 10K por mês (R$ 10K daquela época, que hoje deve ser uns R$ 30K). O dono simplesmente preferiu arcar com o prejuízo de deixar o imóvel vazio, deteriorando, pagando iptu, etc do que baixar o aluguel. Essa mentalidade também prejudica a nossa sociedade. Se eu algum dia conseguir ter outro imóvel para alugar e com isso ganhar uma renda extra, pretendo alugar um pouco abaixo da média do mercado (contribuindo um pouco para abaixar a média).

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    2. "O dono simplesmente preferiu arcar com o prejuízo de deixar o imóvel vazio, deteriorando, pagando iptu, etc do que baixar o aluguel. "
      nem todo mundo tem saco pra aguentar inquilino
      se não vale a pena financeiramente, é melhor nao ter estresse psicológico

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    3. É, pode ser que este tenha sido o raciocínio do dono do imóvel, ou então vai ver que estava sob disputa judicial entre herdeiros, que é outra coisa que explica muitos imóveis abandonados por aí...

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    4. porr mago, aqui na minha cidade o aluguel tá R$ 1.200, e a parcela do financiamento sai R$ 1.500 porque tô usando meu FGTS. Vou meter logo o financiamento, e acho que consigo quitar em menos de 5 anos, talvez até 3. Pretendo ficar uns 10 anos por aqui, depois quero me mudar. Aí deixo o apê alugado por um valor mais baixo que o mercado.

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    5. Isso mesmo, Esquizoide. Também sou da opinião de que ter um imóvel próprio é melhor do que alugar. Geralmente influencers, youtubers, tik-tokers, etc., supostamente entendidos de finanças, dão esse mau conselho de morar de aluguel. Prefiro ter o meu imóvel. Não quero ficar na mão de um proprietário.

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