sexta-feira, 14 de abril de 2023

Sobre a previdência social

Recentemente, na França, foi aprovada na canetada uma reforma que aumenta em 2 anos a idade mínima de aposentadoria dos franceses: de 62 passou para 64 anos. E muitos franceses foram às ruas para protestar e até saíram na porrada contra esta reforma, mas foi tudo em vão. 

E olha que dizem que o brasileiro é que não trabalha, ou que trabalha pouco! Pode até ser que a eficiência aqui seja menor, mas é fato que trabalhamos muito. O povo brasileiro é um dos que mais trabalha no mundo,  em termos de horas.

Alguns reclamam que aqui há muitos direitos trabalhistas. Alguns eu acho justos, outros nem tanto (assunto para futuros textos), mas tenho razões  para acreditar que há mais direitos trabalhistas na França do que no Brasil, e esse é um dos motivos para o desemprego lá ser alto, principalmente entre os jovens. 

Um conhecido meu que já trabalhou na França me disse que a cultura de pequenos negócios familiares é forte por lá justamente por conta disso. Ele deu o exemplo de uma padaria francesa, onde não havia nenhum empregado: todos os que trabalhavam lá eram da família do dono - o dono era o padeiro, e fazia os pães sozinho. A esposa ficava no caixa, e os filhos ficavam de faz-tudo, ora ajudando o pai, ora a mãe,  ora recebendo fornecedores, etc, pois o padeiro não teria condições de bancar funcionários de "carteira assinada" ou seu equivalente francês. Quem mais sofre com isso são os jovens cujas famílias não têm negócios próprios,  pois penam bem mais para conseguir empregos na França.

Aqui, ao menos por enquanto,  vejo muitas padarias com empregados, mas não sei se estes recebem todos os seus direitos trabalhistas, nem se as padarias têm condições de paga-los. Mas também já vi alguns destes lugares perto de onde moro que seguem o modelo francês de contratar somente pessoas da família. Por exemplo, a padaria onde geralmente vou comprar pães pertence a duas irmãs,  e seus filhos trabalham no balcão.  Acho que só uns 2 empregados são de fora da família.  Um bar perto da minha casa me parece ser 100% tocado pela família do dono, pois os funcionários são todos muito parecidos, do cozinheiro aos garçons (óbvio que posso estar errado).  


Mas divaguei. Voltando à previdência social, que é o assunto do post: aqui a idade mínima para aposentadoria vai ser de  65 anos no fim da transição de regimes, com a obrigação de somar 105 com o tempo de contribuição (ou seja, para se aposentar aos 65 tem que ter contribuído por 40 anos - é a realidade que a maioria de nós irá pegar), ou seja, trabalhamos mais tempo que o povo francês. E isso sem falar que lá a semana de trabalho tem menos horas (oficialmente 35 horas, contra 40h daqui - mas óbvio que em ambos os países o tempo efetivo de trabalho para o trabalhador médio é superior ao número legal de horas).

E não duvido nem um pouco que ainda pegaremos outra(s) reforma(s) no futuro que aumentem a idade mínima e o tempo de contribuição. Pode ser que quando chegue a nossa vez, tenhamos que trabalhar até os 90, ou algo assim. Ou a previdência social pode simplesmente acabar.

Mas não creio que pegaremos o fim "oficial" da previdência social em nossas vidas... talvez peguemos um fim "disfarçado" - regras impossíveis de serem cumpridas, ou benefícios irrisórios,  ou descontos absurdos nos benefícios, algo nessa linha.

Os principais problemas que eu enxergo são: 

1) supondo que nada mude e não haja mais reforma nenhuma e o governo não faça nada para cobrir rombo nenhum, e mesmo assim ainda pudermos nos aposentar legalmente aos 65 anos: 99,9% se aposentarão com um salário mínimo,  o qual é ridículo e mal dá para pagar contas básicas... ou seja, a vasta maioria vai ficar na penúria e/ou terá que trabalhar até a morte (como era antigamente, antes de existir previdência social) para conseguir viver na velhice, e/ou ser amparado pela família.

2) se o governo resolver "imprimir dinheiro" para se furtar de fazer uma reforma (pois reforma de previdência é algo politicamente ruim), poderemos até ter aumentos no INSS e mais pessoas recebendo mais de 1 salário mínimo,  porém tais valores serão corroídos pela inflação,  e ficamos na mesma situação do item 1.

3) se o governo fizer mais alguma reforma e aumentar a idade mínima e/ou tempo de contribuição, provavelmente todos teremos que trabalhar até os 80 ~ 90 anos para nos aposentarmos pelo INSS e, mesmo assim, provavelmente para receber somente 1 salário mínimo. Será que vale a pena fazer isso? Trabalhar até os 80 anos para receber um salário mínimo de aposentadoria? Eu acho que não. Ainda mais aqui, onde o trabalhador honesto não é culturalmente valorizado, nem mesmo nas empresas, que dele dependem. Melhor ser autônomo e quando ficar mais velho passar a selecionar clientes e a diminuir o horário de trabalho.

4) nada impede o governo de, a qualquer momento, numa canetada, criar algum desconto nos benefícios de aposentados, com a desculpa de que tal desconto é para cobrir algum rombo (como foi o caso dos fundos de previdência de determinadas estatais, que estão descontando a mais para cobrir imensos passivos, alguns deles gerados por desvios de verbas - imagine você com 85 anos recebendo a notícia que seus proventos de aposentadoria irão diminuir a partir do mês que vem porque alguém roubou dinheiro e agora todos terão que pagar a conta), ou com qualquer justificativa que inventarem ma ocasião.


Vejam que não importa o cenário,  todos nós temos que tomar as seguintes atitudes:

1) Criar uma família e cuidar muito bem dela, para termos apoio, carinho, afeto e amparo durante toda as nossas vidas, não só na velhice;

2) Cuidar da saúde tão bem quanto possível, para termos condições de aproveitar a vida até que nossa hora chegue;

3) Aportar com disciplina todo mês,  o máximo que pudermos, de modo a:

    a) ser possível aposentar antes da idade mínima,  seja ela qual for, caso este seja nosso desejo;

    b) ter a possibilidade de não precisar mais trabalhar por causa do dinheiro, ou ter a liberdade de trabalhar com coisas mais leves e por menos horas por dia; e 

    c) para ter uma chance de viver com mais dignidade na velhice, pois no que depender do governo, teremos só o mínimo do mínimo,  e talvez nem isso. 

Enfim, nobre confraria da finansfera, companheiros de trincheira, estes são alguns de meus pensamentos acerca do espinhoso assunto que é a previdência social. 

O que têm a dizer sobre este tema?


Forte abraço! 

Fiquem com Deus!


19 comentários:

  1. Concordo 100% com as ações a serem tomadas.

    Acredito que o cenário mais provável de acontecer é o 3, certamente teremos novas reformas pela frente. Só nos últimos 20 anos tivemos 03 (se não estou enganado) reformas da previdência, seja em governos de esquerda ou direita. A situação deve piorar nas próximas décadas.

    Abraços!
    https://ficandotranquilo.wordpress.com/

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    1. Valeu, FT. Também acho que o mais provável é sofrermos mais alguma(s) reforma(s) e que será cada vez mais difícil nos aposentarmos pelo INSS. Uma hora devem colocar uma idade impossível (no sentido de que ninguém conseguiria trabalhar até a idade mínima), ou um tempo de contribuição virtualmente impossível (tipo, você tem que ter contribuído por 60 anos, o que é impossível para praticamente todo mundo) Talvez a nossa geração seja a primeira a não conseguir isso. Mas ao menos as futuras gerações já crescerão com a ideia de que não irão se aposentar pelo governo e com isso sentirão menos.
      Só nos resta fazermos a nossa própria aposentadoria, o mais independente possível do governo.

      Abraços!

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  2. Excelentes pontos meu caro. Adicionaria ao seu texto o seguinte fato: Desde 1993 o Brasil já realizou 7 grandes alterações (incluindo as grandes reformas) na previdência. Fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2022/12/brasil-teve-sete-reformas-da-previdencia-desde-1993

    O que torna muito, mas muito plausível que outras sejam realizadas ao longo do tempo.

    O Bastter em um dos seus vídeos mais antigos fala muito disso: ou você aposenta com 1 salário mínimo ou aposenta com X reais, mas que possuem poder de compra de 1 salário mínimo,

    Abraços.

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    1. Valeu, anon.
      Também acho que haverá outras reformas nos próximos anos. E sei que como sempre serão só as pessoas comuns honestas e trabalhadoras que irão se ferrar com futuras reformas.

      O Bastter está certo nessa também. No máximo podemos esperar 1 salário mínimo, que já há muito tempo não dá pra nada. As pessoas apenas sobrevivem ganhando salário mínimo. Bem triste.

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    2. A tal da previdência e seguridade social é muito nova, e foi muito mal feita no começo, e por isso temos tantas reformas. Começou na constituição de 88 com objetivo de proteger o cidadão: "Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária". https://www.camara.leg.br/internet/infdoc/novoconteudo/html/leginfra/ArtCF6890.htm

      A partir dessa constituição começaram criar diversos programas e leis pra atender esses direitos sociais, só que a origem dos recursos para isso foi um tanto negligenciada, por exemplo, o INSS funciona em regime de repartição simples, ou seja, tudo que entra é usado pra pagar benefícios e se faltar dinheiro o governo tem que cobrir, aí entra criação de novos impostos, reforma da previdência, mudanças etc.

      Os municípios e estados na década de 90, pra não precisar contribuir com o INSS, acho que era uns 20% sobre a folha na época, criaram seus próprios regimes de previdência, os RPPS, o que de certa forma poderia ter sido uma coisa boa já que fizeram usando o regime de capitalização, ou seja, já tinham a ideia de guardar dinheiro para pagar os beneficiários, só que pra variar, fizeram a merda de guardar percentuais muito baixos, tipo 1% da folha, assim a reserva garantidora não foi criada e municípios e estados hoje estão com déficit atuarial, que é a previsão de que no futuro irá faltar dinheiro, alguns até com déficit financeiro, que é quando já falta dinheiro no exercício atual. Assim estes estão fazendo reformas similares ao INSS. As vezes eu acho que alguns estados e municípios não tem noção nenhuma do perigo que é essa má gestão, vai ter muito aposentado e pensionista que vai ficar sem o recurso futuramente, no estado do RS os aposentados e servidores já receberam parcelado alguns anos atrás, simplesmente não vai ter dinheiro, estado e município não tem a opção de imprimir dinheiro...

      Enfim, até o negócio se estabilizar vai demorar, muitos erros foram cometidos e precisam ser corrigidos, as reformas vem pra isso. O envelhecimento da população (demografia) faz com que a previdência social fique muito similar a um sistema de pirâmide financeira, os que entraram primeiro pouco contribuíram e tiveram o benefício garantido, já os últimos vão só pagar a conta e talvez não recebam, devida a quebra da pirâmide, ou vão receber muito menos para que as contas fiquem equilibradas, que é o mais provável de acontecer.

      Boa sorte pra quem for depender 100% disso na velhice!

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    3. Fazendo mais um comentário sobre previdência social, ela está dentro de um princípio maior chamado seguridade social, onde tem a saúde e assistência social, então a parte financeira é misturada nesses 3 pontos, sendo que apenas a previdência tem caráter contributivo e compulsório, saúde e assistência social independe de contribuição, saúde é direito de todos, e assistência social é direito dos que necessitam. Previdência é direito dos beneficiários que contribuíram...

      No final de tudo, o princípio que rege é a solidariedade. Pra fins de não ficar muito chateado com essa história toda, eu considero que os 14% que me descontam da folha mensalmente é doação para idosos carentes, apesar que na prática tem muita gente que se aposentou cedo com salários exorbitantes no Brasil, então ainda fica um pouco a sensação de injustiça com quem trabalha e contribui pro sistema.

      Abraços

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    4. Eu não sou contra os aposentados receberem suas aposentadorias, até porque eles foram obrigados a contribuir pro INSS a vida toda.

      Só digo que a nossa geração não poderá contar com isso. Quem conseguiu se aposentar, ainda mais pelo teto do INSS, ou com salário integral no caso de alguns funcionários públicos, conseguiu. Para os próximos, ficará mais difícil.

      Não sou contra amparar idosos carentes. Só estou dizendo que não poderemos contar com isso quando chegar a nossa vez. Temos que construir a nossa "previdência" o mais independente possível do governo. O que vier do inss é lucro.

      Abraço!

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  3. Mago, eu acredito que a previdência como conhecemos simplesmente não faz mais sentido nos dias de hoje. As pessoas precisam entender que não se pode contar em nada com previdência social, tem-se que considerar que você não vai receber nada e, se receber, é um "bônus".

    Abraço.
    https://engenheirotardio.blogspot.com/

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    1. Isso aí, temos que fazer a nossa própria previdência totalmente separada e independente do governo, não contar com nada e o que vier do INSS é lucro.

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  4. Pois é Mago...o INSS não é confiável....eu pessoalmente o trato como um imposto e penso que, se receber algo de volta na aposentadoria, vou estar no lucro... Um plano de aposentadoria não deveria contar com INSS de jeito nenhum.... Grande abraço!

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    1. Concordo com você, o INSS é só mais um imposto e não devemos contar com ele para a aposentadoria. O que vier (provavelmente 1 salário mínimo) é lucro.

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  5. Sobre criar uma família para ter amparo, acho essa uma contradição em certo ponto e explico porquê:

    É fato que quem tem um ambiente familiar saudável tem maiores chances de ser amparado em momentos de dificuldades seja quais forem e é fato também que tem maior chance de ter amparo e/ou incentivo durante a vida, mesmo na juventude.
    Porém, pensando em vida adulta e envelhecimento creio que a maior parte das pessoas entenda como criar uma família como casar e ter filhos, já que provavelmente avós, pais, mães, tios etc morrerão antes do envelhecimento da geração posterior e mesmo nos casos em que os mais velhos estão vivos durante o envelhecimento de filhos, sobrinhos etc dificilmente tem condições financeiras ou mesmo físicas de amparar outras pessoas.

    Aí vem a pergunta, ter filhos para tentar ser amparado no futuro não é um pensamento totalmente egoísta?
    Outro ponto. Vejo tanta gente reclamando da vida, das dificuldades, criticando a sociedade e o mundo de hoje, que as coisas estão piorando etc etc.
    Aí essas pessoas tem filhos... É no mínimo contraditório.

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    1. "Aí vem a pergunta, ter filhos para tentar ser amparado no futuro não é um pensamento totalmente egoísta?" - se a pessoa tem filhos pensando só nisso, talvez seja egoísmo, mas não acho que haja pessoas assim. Se houver, seriam muito poucas. As pessoas têm filhos por outros motivos.
      Se pensarmos somente na biologia (o que já seria limitar muito o raciocínio), há um imperativo de perpetuação da espécie em todos os animais e nos seres humanos, por uma simples questão de sobrevivência. Faz parte da natureza.
      Pensando de maneira mais ampla, tal mecanismo foi colocado pelo Criador para que a vida continue indefinidamente no mundo.

      "Vejo tanta gente reclamando da vida, das dificuldades, criticando a sociedade e o mundo de hoje, que as coisas estão piorando etc etc.
      Aí essas pessoas tem filhos... É no mínimo contraditório." - de fato têm pessoas que, infelizmente, enxergam o mundo de maneira tão pessimista e negativa que optaram por não ter filhos, supostamente para "poupa-los" das dificuldades do mundo. Eu acho que na maioria desses casos os verdadeiros motivos, ocultos, são o medo da responsabilidade e também o hedonismo, mas cada caso é um caso.
      Quanto às pessoas que mesmo enxergando o mundo de maneira negativa têm filhos eu não acho contraditório, pois há muitas razões que levam uma pessoa a decidir ter filhos, além da simples biologia, pois o ser humano não é um mero animal. Temos que considerar que é necessário que haja pessoas para herdar o mundo, por mais problemático que o mundo seja ou esteja. E filhos são a esperança de um futuro melhor. São o produto da vontade inescapável do Criador de perpetuar sua criação. O maior "projeto" de vida da vasta maioria das pessoas (Se não de todas) é preparar as próximas gerações.

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    2. "O maior "projeto" de vida da vasta maioria das pessoas (Se não de todas) é preparar as próximas gerações."
      Acho que esse foi e é um projeto de uma parte das pessoas. Não posso concordar com todo o seu ponto de vista porque com relação a filhos, muitos são gerados dentro ou fora de relacionamentos sem nenhum planejamento. Frutos apenas da biologia, muitas vezes sem que seu pai ou sua mãe ou ambos tenham um real desejo ou maturidade para a paternidade/maternidade.
      Muitos também são pais ou mães que abrem explicitamente ou não de seus papéis e responsabilidade de pai e mãe e isso á algo claro e comum, nem precisa observar muito para concluir.
      Também discordo que quem não tem filhos ou não pensa em tê-los está fugindo de uma responsabilidade ou deseja passar a vida toda na gandaia. Primeiro porque não são poucos os pais e mães que querem, frequentam ou se lamentam por não estarem na gandaia.
      E também porque obviamente ter filhos é uma opção e não uma obrigação. E nem todos mesmo sem filhos desejam viver na putaria.

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    3. Este será o maior "projeto" de vida de pelo menos da vasta maioria das pessoas, ainda que as mesmas não percebam isso de forma consciente.

      É verdade que infelizmente muitas crianças são geradas por "acidente", e que muitas são indesejadas pelos próprios pais, mas isso não exime tais pais da responsabilidade perante Deus. O mesmo vale para os pais que são relapsos de outras formas. Ninguém está livre disso.

      Enfim, ter filhos realmente é uma opção, e que bom que sempre houve muitas pessoas que optaram por ter filhos, pois do contrário poderíamos não estar aqui,agora, discutindo isto.

      Realmente há pessoas que optam por não ter filhos por bons motivos, motivos estes justos e/ou dignos , mas a maioria dos que observei são pelos motivos errados. Você talvez tenha observado mais pessoas com bons motivos e daí a sua impressão.

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  6. Mago, belíssimo post.

    A massa ainda não se atentou para esse imenso problema.

    Não haverá mais aposentadoria.

    Quem contar exclusivamente com o INSS vai passar fome. Simples assim. Há cada vez mais velhos e cada vez menos jovens.

    Vejo conhecidos se endividando até a última medula financiando carros e apartamentos sem nada guardado.

    Como será o futuro desse pessoal?

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    1. Valeu, anon. Isso é um problemão mesmo, e que muitos não se atentaram ainda. E o pior é que mesmo que muitos se atentassem, não poderiam fazer muito, se considerarmos que o salário médio no Brasil é cerca de R$2.200,00 por mês, e que a maioria ganha só o mínimo,
      que é praticamente um salário de fome, uma escravidão moderna. Sinceramente, não sei como os preços dos carros e dos imóveis se sustentam em meio a um povo tão mal pago quanto o nosso. O nosso mercado de imóveis, na minha opinião , é um imenso castelo de cartas, e no dia em que perceberem que "o rei está nú", pode ocorrer uma quebradeira geral...por isso que acredito que há um imenso esforço para manter a ilusão!

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  7. previdência social = esquema de piramide estatal de baixa eficiencia
    paga-se para se receber menos que o contratado no final

    se fizesse sentido, ricos pagariam voluntariamente

    sigo construindo minha carteira de ativos

    curiosamente, até no serviço público; os servidores estatutários tem um regime previdenciário diferente - regime próprio (ainda que esteja cada vez mais parecido com o regime geral

    abs!

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    1. Bom ponto. Se fizesse sentido, os ricos estariam pagando também.

      O serviço publico, sem essa previdência estatutária, perderá um de seus grandes atrativos. Sorte de quem se aposentou em um desses órgãos de elite na década de 90 ou no comecinho dos anos 2000!

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