quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Os piores impostos que existem

 Saudações, confrades.

Hoje vou falar de um assunto que ninguém gosta, exceto, talvez, contadores, advogados tributaristas e autores de livros destas duas áreas: impostos.

Um típico brasileiro de classe média indo trabalhar

Não gosto de nenhum imposto, e acho que todos os que me lêem concordam comigo: todo imposto é ruim, na melhor das hipóteses seriam um "mal necessário", e acho que a alíquota máxima de qualquer tributo deveria ser 1%. 

Há alguns que, na minha opinião, são piores que os outros. Vou falar sobre eles neste artigo:

IPTU - na minha opinião é o mais imoral dos impostos, porque seu fato gerador é a mera posse do imóvel, o que obriga o dono a pagar este tributo pelo resto da vida caso mantenha o imóvel em questão em seu patrimônio. E a dívida de IPTU pode acarretar em suas últimas consequências  o despejo do dono do imóvel, o que é um absurdo, pois o Estado ganha um imóvel "de graça" e o dono pode acabar indo morar na rua (e se tornando, talvez, mais um a necessitar de assistência estatal, ou seja, o despejo tem o potencial de aumentar a despesa pública, então não é uma jogada inteligente - não é à toa que outras sanções e tentativas de renegociação e parcelamento da dívida são feitas antes do efetivo despejo, mas ainda assim acho que a hipótese de despejar o dono do imóvel não deveria nem existir...)

 Até dá pra forçar a barra e encarar o IPTU como sendo um "aluguel" de um pedacinho do país para não se sentir tão lesado, mas ainda assim acho bastante injusto. Na minha opinião, o IPTU deveria ter um prazo que nem o IPVA e deixar de ser cobrado de acordo com a idade do imóvel, por exemplo, e não "pela eternidade". 

No meu caso, eu junto um dinheiro a mais todo mês para quando chegar janeiro conseguir pagar o IPTU à vista e ter algum desconto (que poderia ser maior, convenhamos...).




ITCMD - imposto sobre transmissão causa mortis e doações,  o famigerado imposto sobre a herança.  Este tem efeitos perniciosos porque vilipendia o patrimônio que um pai de família construiu a vida inteira com muito esforço, sendo que durante toda a construção deste patrimônio ele já pagou inúmeros impostos, ou seja, o patrimônio herdado já foi em muito subtraído,  já é uma fração do que poderia ser. É, ao meu ver, um claro caso de Multi-tributação que os legisladores saíram pela tangente alegando que o fato gerador é a transmissão da herança.

A multi-tributação é tão descarada nesse imposto que no caso de um dos herdeiros receber a herança mas depois abrir mão de sua parte em favor dos demais, o ITCMD será  pago duas vezes: a primeira por ser uma herança,  e a segunda porque o fato do herdeiro ter dado sua parte em favor dos outros herdeiros caracteriza uma doação (se tiver algum advogado tributarista lendo isso, peço que me corrija se eu estiver errado!).

O limite para isenção de imposto para doações,  pelo que pesquisei, está em média na casa dos 30~35 mil reais, ou seja, se um pai der esse valor para seu filho, ele não precisará pagar o imposto, mas ainda assim precisará declarar que está doando o valor ao fisco de seu estado, por que ele precisa comprovar que o valor doado está dentro da faixa de isenção. Eu acho essa obrigação um absurdo, porque viola a privacidade da família, além de ser mais um tempo gasto indo a um cartório/repartição que poderia ser melhor aproveitado (se já tiver como fazer isso on-line, comentem aí). Este é mais um efeito pernicioso do ITCMD (aliás, é um efeito pernicioso de todo imposto: precisamos gastar nosso tempo calculando, declarando, enviando declarações, preenchendo papéis, etc.) 

Existe no direito tributário um princípio que veda a bitributação, mas ele é amplamente ignorado pelos legisladores,  que sempre encontram saídas retóricas para emplacarem bitributação e até mesmo multi-tributação, conforme vimos no exemplo acima (alegam que o fato gerador não é o mesmo, então metem outro tributo na cara de pau)

Existe também na nossa constituição uma regra (art. 150, inciso IV) que fala que os tributos não poderão ter caráter de confisco, ou seja,  não podem ser excessivos, mas o problema é que ninguém  até hoje definiu o que é "excessivo" e nem qual o limite entre "tributação normal" e "confisco" e por isso  hoje estamos aí com essa carga tributária  de 40%  em média. 

Aliás,  esse problema de definir coisas, definir o significado de palavras, etc. é uma das principais dificuldades no direito e é fonte de muitas distorções e verdadeiras maldades cometidas por nossos legisladores, juízes e políticos em geral, e deveria ser o principal motivo para que as leis nunca divergissem tanto do direito natural - como é difícil definir significados exatos de algumas palavras (devido à natureza limitada do vocabulário humano), quanto mais leis tivermos em um país, de mais leis iremos precisar para tentar (acho que em vão) cobrir todas as zonas cinzentas de indeterminação etimológica.

Quais suas opiniões sobre estes tributos? E sobre os impostos em geral? E sobre a nossa constituição?

Forte abraço! Fiquem com Deus!

34 comentários:

  1. Acrescento IOF e CPFM. Interessante que já existe o IOF, mas o PG não está contente.

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    1. Concordo. Mas acho que uma CPMF bem baixa, seguida de uma diminuição em outros tributos, seria melhor do que a situação atual.

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    2. Na ultima hora da votação vai deixar um dispositivo que permite ao executivo ajustar a alíquota ou diferencia-la por setor. Voce realmente acredita que outros tributos irão diminuir? fala sério!

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    3. Como eu falei, anon... SE reduzirem outros tributos, a CPMF se tornará aceitável, na medida em que a carga tributária resultante seja menor do que a atual. Porém, quais são as chances disso acontecer? Só o tempo dirá...

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  2. Olá Mago, vou dar minha opinião e talvez seja um pouco polêmica para os padrões da finansfera.

    IPTU: Acho errado a cobrança do imposto, MAS...
    Entendo a sua sugestão de que ele seja isento a partir de idade X do imóvel, porém quanto mais velho um imóvel mais central ele se torna em uma cidade, por consequência mais valorizado para o seu dono e acho que isentar seria um problema, pois privilegia quem tem imóveis em regiões centrais (grandes empresas e pessoas muito abastadas), esses imóveis são muito valorizados pela localização e vejo pelas cidades aqui do interior do meu estado que eles são altamente demandados por imobiliárias interessadas em construir edifícios residenciais ou comerciais, e sabemos que a classe média tem que ir para os subúrbios e a classe baixa é infelizmente condenada a periferia das cidades.
    Na minha opinião o correto seria que as prefeituras refizessem a avaliação dos imóveis (e que isso fosse auditado por uma banca independente) e que imóveis de alto padrão residenciais e corporativos fossem sujeitos a uma tributação maior do IPTU, enquanto os imóveis mais simples deveriam ter alguma isenção ou pelo menos uma alíquota bem mais em conta.

    ITCMD: Eu concordo com você em partes, é injusto para um pai de família de classe média, porém para os "super-ricos" do Brasil com certeza não. Acho inclusive que nosso país é muito brando com quem tem muito dinheiro, vide a distorção do IRPF e o fato de que percentualmente sobre a renda quanto mais rico menor é a tributação enquanto o inversamente proporcional existe no país.
    Eu sou a favor de um imposto reformulado com isenção para patrimônios da classe média e da classe baixa.

    De forma geral, eu acho que impostos são necessários. O que eu não concordo é com o modelo de tributação brasileiro, muito dependente de consumo e pouco de renda, muito explorador da classe média e muito generoso com a classe alta do país.
    Acho que é preciso uma mudança, mas sei que não existe interesse político nisso e que no final das contas os impostos serão jogados na costas da classe média como sempre foi feito. Claro, falta vontade popular existe nesse país infestado na classe média um sentimento de que pelo fato da pessoa ter: um apartamento, um Corolla na garagem, ser CLT com salário de 10k por mês e viajar uma vez por ano que ela é RICA, obviamente são apenas a classe média, mas vai explicar....

    Agora sobram ultraliberais defendendo estado mínimo e cortes de impostos, mas na hora que essa pandemia chegou o que não faltou foi "liberal" pedindo pacote de auxílio do governo para empresas e pessoas.


    Abraços,
    PI.

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    1. De novo esse papo de tributar os ricos. Deixa o rico ficar rico, cara. Estado não tem que expropriar ninguém. Daqui um tempo algum burocrata vai decidir que ter 100k é rico, aí talvez a água bata na sua bunda e você muda de ideia.

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    2. É isso que o estado decidiu, que 100k é rico, que 500k é rico. É esse o problema do Brasil.

      Claro, com a culpa da classe média brasileira que se acha muito mais rica do que realmente é.

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    3. Apesar dessa divergência, eu compreendo a sua preocupação com os impostos.

      O país é assaltado com impostos que não voltam para a sociedade. Pela quantidade cobrada todos os brasileiros deveriam ter um país muito melhor para empreender e viver.

      Abraços,
      Pi.

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    4. Obrigado pelos comentários, amigos. Vamos lá: o pior problema é que nossa carga tributária é alta demais e isso mata muitos negócios antes mesmo deles nascerem, inviabiliza muitas indústrias e projetos que poderiam existir por aqui e gerar empregos e prosperidade.
      Por mim, qualquer imposto teria alíquota máxima de 1% e isto seria cláusula pétrea da constituição. Concordo que os impostos mais "justos" são sobre o consumo.
      Não acho que criar regras com base em valor valor de patrimônio seja justo, porque o poder de compra está sempre variando, então o que hoje se considera rico pode não ser mais amanhã.
      Em relação aos 100 mil reais de patrimônio , é mesmo muito dinheiro, provavelmente top 5% da população do Brasil, mas daí pra dizer que 100K é rico é realmente forçar a barra, que nem dizer que ganhar 2 salários mínimos é classe média. 500K também não é rico. 1 milhão também não é rico. Essa é uma definição complicada, amigos.

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    5. Trazendo o problema para um raciocínio mais técnico e aproveitando um artigo sobre o tema, o problema é o seguinte:
      Há todo um esforço da sociedade para fugir da cobrança de impostos (naturalmente, ninguém gosta de pagar imposto e se quer doar, pode fazer de livre vontade). Consequentemente, qualquer aumento de imposto para as camadas mais ricas, sempre será repassado para os mais pobres, ainda que indiretamente.
      Por exemplo, um segmento econômico tem sua tributação aumentada. Com isso, ou aumenta o preço para o consumidor ou reduz seu lucro. Se aumentar o preço, quem tem menos dinheiro acaba prejudicado. Se reduz o lucro, a consequência é menor investimento, menos contratações, novamente pior para o pobre.
      Todo esse sistema econômico é complexo e intervenções que afetem o livre mercado sempre podem gerar efeitos colaterais. Esse negócio de justiça social é muito subjetivo também, sempre terá arbitrariedade.
      O mundo ideal é o governo diminuir seu gasto para pode diminuir os impostos, daí sim seriam sentidos benefícios, tanto pra ricos, quanto pra pobres. Porém, a realidade é bem diferente: o governo só cresce, tem uma fome insaciável por mais dinheiro. Alguém tem que pagar. Restringir esses custos para a camada mais rica? Impossível.

      Link do artigo:https://www.mises.org.br/article/1156/nenhum-imposto-e-neutro-qualquer-imposto-sempre-afetara-os-mais-pobres

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    6. Obrigado mais uma vez pra contribuição, AC. Acho que já li esse artigo que você linkou. Segundo a teoria econômica, quanto mais essencial um produto for, maior será o percentual que a empresa irá repassar para o cliente na forma de aumento de preços. Além disso, a tributação destrói riqueza (você deve conhecer a teoria do peso morto da tributação).
      No mais, não concordo 100% com o pessoal do instituto mises e nem com seus "irmãos gêmeos" do instituto rothbard. Não vou entrar nesse mérito, mas algumas opiniões lá escritas são meio forçadas e radicais demais para mim. Entretanto, reconheço a importância destas opiniões para empurrar o pêndulo para o outro lado. Se deixarmos só os comunistas radicalizarem, as coisas tenderão para um centro-esquerda ou uma esquerda mediana para forte. É preciso um pessoal como os "miseanos" para ajudar a equilibrar o jogo na guerra cultural. Infelizmente ainda estamos muito para trás neste quesito.

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    7. Seguindo a lógica do AC rico nunca é tributado e até hoje estaríamos na escravidão. Eu quero é que quem tem muita grana pague a conta (veja o caso dos R$ 50 bi)! Se não for isso, vai cair no colo da classe média como sempre. Eu prefiro que não tenha aumento de impostos, agora se tiver que ter que seja em quem tem mais. Chega desse negocio de defender os outros e ser entubados!

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    8. Anon, isso não adianta. Quem tem 50bi, por exemplo, vai ter à disposição mil e uma maneiras legais de não pagar impostos (tem recursos para contratar os melhores advogados e contadores, por exemplo) e até mesmo mais oportunidades de sonegação que não estão disponíveis para o trabalhador comum pobre e de classe média. Na pior das hipóteses, os ricaços fogem do país e levam suas fortunas, porque eles podem: dinheiro compra cidadania em muito lugar bom. Só quem fica para pagar o pato são os pobres e a classe média.
      O que melhoraria a situação das pessoas comuns seria: redução das alíquotas dos impostos (eu defendo alíquota máxima de 1% em todos os tributos), diminuição das regulações que impedem o pobre e classe média de abrirem suas empresas e diminuição da burocracia exigida para abrir um negócio. Isso para começar.

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    9. ME, esse seu discurso ai defensor de rico é ridículo. Me espanta a sua passividade e passada de pano para o discurso do governo atual.

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    10. Aqui eu defendo o indivíduo, defendo menos impostos para todos, sejam ricos, sejam pobres.

      Há ricos e ricos: existem aqueles que enriqueceram honestamente, com muito trabalho, poupança e se arriscando de maneira inteligente, e que não se metem com o governo, tocam seus negócios de maneira independente e honesta
      Por quê critica-los?

      Há, por outro lado, aqueles que usam sua riqueza para influenciar o governo através de lobbys, de suborno de legisladores, de juízes, de autoridades do executivo, etc, para conseguirem vantagens para suas empresas e também para matar seus concorrentes, especialmente os que são pequenos. Esses sim merecem nossas críticas, e caso seja possível, nosso boicote. Rezo por suas almas, porque eles cometem pecados que geram dívidas imensas que lhes serão cobradas nesta vida ou na próxima.

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    11. Eu entendo e compartilho da sua visão Mago Economista.

      Essa visão "Eat The Rich", ou seja, Comer os Ricos com impostos é um ideal socialista que nunca dá certo.

      Só resulta em duas coisas:

      1 - Fazer com que os verdadeiramente ricos (bilionários e multi-milionários) tirem suas empresas e investimentos e coloquem em outro país fazendo cair o PIB, a arrecadação de impostos e empobrecendo a economia local. Vide exemplo da França que está baixando impostos e implorando pela volta dos investidores depois de ter ferrado com eles.

      2 - Esses impostos servem para impedir a classe média de subir de nível financeiro e alcançar a classe alta. Os verdadeiramente ricos sempre encontram meios de não pagar os impostos.

      Os políticos são um caso a parte porque o dinheiro deles é fruto de corrupções e por isso eles são defensores de altos impostos já que, como o patrimônio deles está protegido em nome de laranjas e em contas em paraísos fiscais do exterior eles se sentem livres para tocar o terror nos impostos aqui no Brasil.

      Exemplo, eu já fiz o exercício de procurar qual é o patrimônio total declarado oficialmente dos deputados federais. Dá trabalho achar esse documento, mas acha na internet. Eu lembro que olhei de uns 4 anos atrás.

      Vários desses deputados tinham na época que olhei menos de 100k declarados como patrimônio.

      Você acha isso possível para políticos de carreira que chegaram ao cargo de deputado federal? Por isso é fácil para esses palhaços defenderem taxação de heranças, mais impostos contra empresários e etc.

      E isso casa perfeitamente com a mentalidade de quem tem inveja e ódio dos ricos.

      Em uma sociedade saudável as pessoas veriam os ricos que enriqueceram honestamente como exemplo de pessoas com quem podem aprender algo, ao invés de alguém para odiar e desejar o mal.

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    12. Concordo 100% com o que você escreveu. Inclusive você mencionou uma coisa que vou falar no próximo artigo dessa série: o baixíssimo patrimônio declarado de muitos políticos, o que infelizmente facilita uma eventual implantação de um imposto sobre grandes fortunas.

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  3. Este ITCMD é um roubo e muita filha da putagem. Na epoca que fiz o inventário do meu avô tive que pagar 20k deste imposto ao governo maldito.

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    1. Você está certo, Gari. Essa mordida do Leão foi forte. Deveria ser zero.

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  4. Qualquer imposto é roubo. É dinheiro entregue involuntariamente para algum burocrata gerir. O burocrata gastará dinheiro que não é dele, então daí advém o mau uso dos recursos públicos. Imposto sobre o patrimônio e a renda são os piores, pois punem quem obtém melhores resultados. Se é pra existir imposto, menos pior o imposto sobre consumo.
    Um imposto maldito é o ITBI: é um absurdo ter que destinar cerca de 3% do valor da compra de um imóvel para a prefeitura. Não tem explicação. O coitado do assalariado se mata para conseguir ter um teto para morar e precisa dar uma fatia desse esforço para os burocratas. Não bastasse isso, ainda tem o chamado FUNREJUS, que é 0,2% da compra. É um fundo destinado para obras do poder judiciário. O coitado do assalariado só quer um teto para morar e precisa custear o mármore branco do gabinete/palácio do desembargador.
    Impostos e taxas são um meio de socializar a riqueza alheia... é lamentável.

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    1. Verdade, esqueci do ITBI, que é bem escroto mesmo e encarece os imóveis, dificultando o acesso do pobre à casa própria e em muitos casos forçando-o a morar em guetos, onde impera a lei do crime. Eu nem lembrava desse FUNREJUS, que absurdo. O poder judiciário realmente ganha muita coisa de mão beijada. Se pelo menos os processos fossem rápidos e mais justos...
      Os impostos sobre o consumo são mais justos sim, porque o consumo é voluntário. O certo seria taxar apenas os bens considerados supérfluos, mas aí entra outro problema que é definir o que é supérfluo.

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  5. Quais suas opiniões sobre estes tributos? E sobre os impostos em geral? E sobre a nossa constituição?

    Nossa constituição é uma lástima. Sem comentários.

    Eu acho que o pior do Brasil não é a carga tributária mas a complexidade tributária.
    Aqui a coisa é tão complexa que pagamos pra poder pagar imposto.
    Poucas são as pessoas físicas que conseguem fazer sozinha sua declaração de imposto de renda. Pj's então.

    Antes de buscar reduzir impostos, algo muito difícil com o estado endividado, Brasil precisaria urgentemente de uma reforma que simplificasse o sistema tributário.

    Dito isso, na minha opinião, deveríamos ter somente 3 tributos: sobre consumo, sobre exploração de minérios/petróleo, contribuição previdenciária.

    Produção, patrimônio e renda não deveriam ser tributados. Brasil deveria não só estimular a população a enriquecer como atrair ricos de outros países.
    Veja todos esses países: Venezuela, Argentina, Bolívia e mesmo países europeus que estão espoliando seus cidadãos mais capazes. Brasil deveria estar atraindo os ricos desses países.
    Atraindo empresas e pessoas com alto poder aquisitivo, que investiria na nossa economia.

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    1. Concordo, anon. A equipe tributária de algumas empresas chega a ser maior que a de marketing, RI, etc. A nossa legislação tributária é muito extensa e complexa, ninguém tem certeza se está pagando tudo certinho, então a meu ver as multas que a receita Federal aplica podem ser muitas vezes arbitrárias, talvez nem o fiscal tenha certeza se está cobrando direito... imagino que até o trabalho deles seja muito complicado e sujeito a erros.
      Por mim não tinha exceção nenhuma e alíquota diferenciada para nada: era 1% em todos os casos, e quanto menos casos melhor. Poderia ser só sobre o consumo mesmo.
      Também acho que estamos perdendo uma grande oportunidade de lucrar com a fuga dos ricaços argentinos e demais latino-americanos.

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  6. Minha opinião: Imposto é roubo!

    Fim.

    Grande abraço

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    1. Grande mestre dos centavos, que bom te ver por aqui! Grato pelo seu comentário.
      Espero ler seus causos em breve.
      Abraço!

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    2. Essa semana vi uma frase engraçado: Imposto é roubo, Sonegar é legítima defesa kkkk

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    3. mudei de ideia, imposto é roubo mesmo

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    4. https://www.youtube.com/watch?v=HfrgtVh50OY

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  7. Primeiro devíamos simplificar:
    1) Cria-se um imposto de consumo e outro sobre renda (Nada mais).
    2) Imposto não seria cumulativo, todo o imposto de consumo pago por uma empresa deveria ser debitado do imposto de consumo da venda (Hoje é feito dessa maneira somente para Lucro Real).
    3) Todo imposto de consumo seria debitado do imposto de renda.

    Colocaríamos na constituição que não haveria imposto sobre patrimônio, a não ser propriedade rural (Não dá para um cara ficar com 1k alqueires chocando e especulando, tem que produzir).

    Pronto! Seriámos um país desenvolvido.

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    1. Ideia interessante, anon, eu só mudaria essa questão do imposto rural, deixaria bem claro que ele incidirá somente sobre propriedades improdutivas. E sempre mantendo alíquota máxima de 1%.

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  8. a problemática dos tributos em geral está desigualdades (pobre paga mais tributo que rico) e na ausência de retorno ( não importa o quanto se pague, o Brasil continua deficitário em TODOS os serviços públicos)

    o Estado brasileiro custa caro e presta péssimos serviços públicos

    se custasse caro e aqui fosse uma Alemanha, nem reclamava; mas a realidade é desanimadora

    O estado não vive sem tributo (taxas, impostos etc) - logo o tributo é bom (lembrando que o Estado brasileiro em regra não vai explorar atividade econômica, mas ele precisa de dinheiro pra sobreviver - o tributo é a solução necessária.)

    o ruim é a realidade brasileira e não o conceito/instituto de tributo

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    1. Concordo, Scant. Nós temos um retorno muito ruim para a carga tributária que pagamos. O problema é que nossa constituição impõe tantos gastos obrigatórios que fica difícil enxugar sem antes fazer uma emenda constitucional ou até mesmo uma reforma na constituição, e em consequência fica difícil diminuir a carga de tributos, e também dificulta ao estado dar retorno que merecemos.

      Mas eu acho que se as alíquotas fossem bastante reduzidas, a arrecadação do governo poderia até aumentar, visto que a atividade econômica aumentaria.
      Outra reforma urgente e necessária é a simplificação de nossas regras tributárias, porque é fato que nossas empresas gastam muito HH calculando os tributos, e mesmo assim sem ter certeza de que estão pagando direito.

      Abraço e obrigado pelo comentário!

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  9. O governo é o maior inimigo do Beta.

    https://betazumbi.blogspot.com/2020/10/o-governo-e-o-maior-inimigo-do-beta.html

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    1. Obrigado pelo comentário, BZ. Gostei desse seu post. Vi meu blog na sua lista. Há quanto tempo me conhece? Vou adicionar seu blog na minha blogroll. Abraço!

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