Saudações, confraria!
Para quebrar o "jejum" de posts que não sejam de atualização patrimonial, estou publicando este breve comentário aqui!
A idéia para este post surgiu de uma resposta que eu dei a um comentário na atualização patrimonial deste mês.
Vou tentar desenvolvê-la melhor em um post, porque gosto do assunto e o considero praticamente uma "discussão filosófica" (entre muitas aspas, claro).
Não há um só investidor que não goste de receber dividendos, isso é o óbvio dos óbvios.
Por mais que na matemática eles saiam do preço da ação e em teoria "não façam diferença" (exemplo: uma ação vale R$ 100,00 na véspera do pagamento dos dividendos, e a empresa declarou que pagaria R$ 1,00 por ação. Então no dia seguinte o investidor terá R$ 1,00 na conta-corrente e uma ação de R$ 99,00 na carteira), na prática o pagamento de dividendos tem, além do dinheiro na conta, alguns benefícios psicológicos e emocionais: não deixa de ser um pagamento recebido de forma passiva, e que, embora o ideal seja reinvestir os valores recebidos, os dividendos podem ajudar o investidor em um momento de sufoco e são, de certa forma, a primeira linha de defesa, antes mesmo da Reserva de Emergência.
E além disso, eu considero muito importante e valioso o benefício financeiro de você não precisar vender suas ações para usufruir do dinheiro. Ou seja, eu considero que ações valem mais do que dinheiro (acho que isso também é óbvio, pelo menos no caso de empresas boas e até mesmo de empresas medianas), de modo que é de certa forma indesejável vendê-las - exceto no caso de usar o dinheiro para comprar um imóvel, seja para moradia própria, seja para alugar.
Considero também (opinião pessoal!) que os dividendos são, sim, uma recompensa para o acionista. Em teoria a empresa poderia reter os lucros, reinvesti-los e talvez melhorar o negócio e aumentar os lucros futuros, mas na prática isso também é difícil de acontecer, não é garantido, e muitas vezes o lucro vira bônus de executivos, do CEO, etc., então eu acho que na maioria dos casos é bem melhor ter algum lucro no meu bolso na forma de dividendos do que vê-lo sendo distribuído somente dentro da panelinha dos executivos (e além disso se eu ganho dividendos eles ganham também, é uma situação ganha-ganha, ao contrário dos pacotes de bônus)... ou então sendo aplicado em um novo produto que não necessariamente dará certo.
As Bonificações (receber mais ações da empresa - não confundir com split) também são muito boas, e por mais que o preço da ação seja reajustado de modo que o seu patrimônio total não aumente, eu também as considero um prêmio para os acionistas (outra opinião pessoal!), e em alguns casos talvez seja até melhor do que receber dividendos. Bonificações são outro caso que não há nenhum investidor que não goste de receber. Por mais que o seu patrimônio "não aumente", creio que esse "não-aumento" seja apenas nominal: para mim, essas ações extras recebidas em bonificação não deixam de aumentar o potencial do seu patrimônio, pois, como já escrevi aqui, ações valem mais do que dinheiro. E, como sempre, é melhor algumas ações a mais na minha carteira do que no pacote de bônus dos gestores.
Sendo assim, as minhas opiniões pessoais quanto à questão dos dividendos são, em resumo:
1) Ações valem mais do que dinheiro
2) Receber dividendos é uma forma de usufruir do patrimônio sem precisar vender as ações, portanto é melhor do que vender ações
3) Há benefícios psicológicos e emocionais em receber dividendos
4) Sendo assim, considero que dividendos são uma recompensa
5) Dividendos podem, em uma emergência, te ajudar se estiver desempregado, enquanto procura um trabalho
6) Bonificações aumentam o potencial de crescimento do patrimônio pois aumentam a quantidade de ações na carteira
7) A vida não é uma planilha de excel, então não faz sentido buscar a eficiência financeira absoluta
Apenas breves reflexões para animar a sexta-feira!
O que acham, caros leitores?
Forte abraço, companheiros de trincheira!
Fiquem com Deus!
Fora da caridade não há salvação!