Sobre estudar para concursos

 Saudações, confraria!

Conforme escrevi no último post, o da retrospectiva, estou me sentindo um tanto desanimado para estudar para concursos. Vou relatar um pouco da minha experiência. Talvez algum colega de finansfera ou algum leitor anônimo do blog se identifique.

Ano passado teve uma época que eu dei um gás, mas é bem complicado na atual fase de minha vida manter a disciplina e estudar uma boa quantidade de horas por dia. 

Tem dias em que simplesmente não dá: ou eu chego muito cansado do trabalho  (às vezes com enxaqueca de ter passado horas na frente de um monitor, me estressando), e obviamente eu sempre preciso dar atenção à minha família - esta é a minha prioridade. 

Tem dias em que não chego cansado, mas há mais coisas para fazer em casa, e tem dias em que simplesmente preciso dar mais atenção que o normal para a família, por um motivo qualquer. 

Por conta disso, o meu horário pós-expediente acaba sendo um tanto aleatório e, como eu disse, ao menos na minha atual fase de vida, está bastante difícil manter um planejamento de estudos.

Sendo assim, o um jeito que eu vislumbro para estudar de maneira consistente para concursos seria se eu acordasse todos os dias por volta das 4h ou 5h e estudasse até a hora de sair pro trabalho (consigo sair entre 7h e 7h30, pois moro relativamente perto de onde trabalho), além de aproveitar o intervalo do almoço para fazer questões ou ler resumos no celular. Uma barreira óbvia é a qualidade do sono, que seria perdida, trazendo algumas consequências para minha saúde. Outra dificuldade é a verdade inconveniente de que smartphones não foram feitos para leituras longas, o que de certa forma inviabiliza estudar por muito tempo usando um.

E aí  encontro outra barreira: a motivação. A maioria dos assuntos estudados para concurso só são úteis para a própria prova do concurso e talvez durante a carreira no serviço público. Salvo poucas exceções (informática, raciocínio lógico, direito tributário), há muita coisa que se aprende só para passar na prova (não que isso seja muito diferente do nosso sistema de ensino), e isso me desanima muito para estudar. 

Para mim, as piores matérias para estudar (as que considero menos úteis para a vida) são a duplinha direito constitucional e direito administrativo, as quais infelizmente caem na maioria dos concursos. Elas fazem eu sentir que estou perdendo tempo de vida ao estudá-las... Mas, fazer o quê,  né? Tenho que estudar essa "dupla dinâmica" se quiser passar.

Outra dificuldade: não posso fazer todo e qualquer concurso. Eu até aceito sair para ganhar um pouco menos (até uns 25% a menos, eu acho), mas o ideal seria que eu saísse para ganhar a mesma coisa ou um pouco mais. Isso já diminui o leque de provas. Outra coisa é que eu também não gostaria de morar em qualquer cidade ou região do país, então concursos para determinadas localidades não me atraem, mesmo pagando bem. Por exemplo, eu não gostaria de morar em Brasília. Isso também elimina algumas provas. Sim, eu sei que concurseiro raiz não se importa com a cidade, só quer passar na prova, etc etc, mas na fase de vida em que me encontro isso faz diferença para mim. 

Outra coisa que eu vejo que muito concurseiro não se importa, mas que eu presto atenção: as atribuições do cargo. De que adianta sair de um trabalho que eu não gosto e cair em outro emprego ruim? Só porque é público? Pra mim, não cola. Isso tem o lado ruim de diminuir meu leque de provas também. É a vida.

Mas, por outro lado, entre o dia em que comecei a escrever esse artigo e a data de sua efetiva publicação,  eu até consegui estudar alguma coisa. 

Não estou acordando mais cedo (talvez eu ainda faça isso), mas tenho conseguido estudar na hora do almoço. Pelo menos esta semana toda eu consegui. Na maioria dos dias almoço sozinho, então aproveito para estudar. E em alguns dias consegui dar uma lida em resumos no caminho de volta para casa (ando de transporte público,  não tenho carro e nem quero ter). E em alguns dias consegui estudar cerca de uma hora em casa. 

Vamos ver se consigo manter essa disciplina. Uma coisa que me motivou foi a seguinte imagem, publicada recentemente no fórum do Bastter:

 

Enfim, confraria, esta é minha situação quanto ao mundo dos concursos. 

Alguém se identifica?

Alguém tem um livro para me indicar? Ou alguém tem um resumão de constitucional / administrativo? Rs

Forte abraço,  companheiros de trincheira!

Fiquem com Deus!

Metas para 2023 e Retrospectiva 2022

Salve, salve, confraria!

Um breve post (bastante atrasado) de retrospectiva de 2022 e reflexões para 2023. 

Como sempre, não vou entrar em detalhes da minha vida particular: vou comentar apenas os acontecimentos de minha vida e minhas ideias do ponto de vista profissional/financeiro.

E, também como sempre, todos os valores mencionados estão expressos em Coroas, a moeda oficial do Mago Economista!

Em 2022:

- houve alguns meses em que corri praticamente todos os dias, uns 3km por dia (não é muito, mas é melhor que nada, e para quem estava parado há 3 anos acho que está de bom tamanho: o importante é fazer alguma coisa), mas depois acabei parando (em parte por conta do trabalho e em parte por preguiça mesmo...)

- Embora tenha tido alguns grandes picos de estresse e ansiedade, julgo que me estressei menos com o trabalho do que em 2021.

- o patrimônio subiu de 1.498 para 2.935 coroas (aumento de 1437 coroas ao longo do ano)

- a renda passiva mensal passou de 2,4 coroas, em dezembro de 2021, para 8,7 coroas em dezembro de 2022.

- iniciei meus investimentos no exterior, coisa que nunca tinha feito (e que não sei se teria sido possível fazer lá nos idos de 2013)

- no blog: 

   - quase 1.500 comentários registrados (agora já passou dos 1.500)    

  -  passei das 70.000 visualizações  

  - alcancei a marca de 23 seguidores. A todos os seguidores, muito obrigado!

    - O post mais acessado agora é o "A cultura de emprego faz parte do problema". 

- O post  "Escolaridade no Brasil - a cultura do "filho doutor", achatamento dos salários e outros problemas", campeão de acessos por muito tempo, saiu do top 5 (mas ainda é o 6º post mais acessado).

    - Por alguma estranha razão, o 2º post mais acessado é o de atualização patrimonial de outubro de 2021. 

A exemplo do que outros blogueiros da finansfera fazem, segue um gráfico da renda passiva total recebida em cada ano, para comparação:

Fiquei impressionado com o salto de 9 coroas recebidas em 2021 para 65 em 2022, mas convém lembrar que em 2021 eu não tinha nada em ações e nem em FIIs, e só comecei a aportar em junho. Ou seja, 2022 foi o primeiro ano (na minha vida) em que aportei em renda variável todos os meses! 

Vejamos como vai ficar esse gráfico daqui para a frente. 

Acho que vou incorporá-lo ao post de atualização mensal (que nem vários outros blogueiros também fazem) para ir acompanhando o crescimento da renda passiva em 2023. Teoricamente, ela tem tudo para ser maior que a de 2022, mas por outro lado eu acho que vou dar uma prioridade para os aportes no exterior, para equilibrar mais a relação país x exterior da carteira.

Aos pouquinhos, vou me tornando menos dependente de meu emprego! Ainda tenho um longo caminho a percorrer para alcançar a TF (Tranquilidade Financeira), mas muitos passos já foram dados, e o mais importante deles foi ter quitado o financiamento em 2021 (o prazo dele era 2046, para vocês terem uma ideia... economizei uma montanha de juros quitando antecipadamente!)

Coisas que planejo fazer em 2023:

- terminar aquele curso de macros e programação VBA em excel que comprei na Udemy (já voltei a fazer as aulas)

- voltar a estudar Python, com foco em desenvolvimento de jogos

- Fazer alguma coisa relativa a arte (tenho um curso de pixel art na Udemy que nunca comecei. Outra vontade que tenho é fazer um curso de desenho, e outra vontade que tenho é aprender a usar o Blender, um programa de modelagem 3D...veremos... não sei se dá para começar a fazer isso tudo, mas devo começar o curso de pixel art, sem conpromisso de terminar tão cedo)

- Fazer pelo menos 2 posts por mês aqui no blog

- Beber menos café (sou viciado) e comer menos chocolate (idem)

- Voltar a correr e a fazer alguma outra atividade física (de preferência calistênicos... não tenho saco para frequentar academia)

 - Continuar estudando para concursos, mas sinto que estou um tanto desanimado... Assunto para um futuro post, com certeza. 

Por enquanto é isso, confraria. Sob vários pontos de vista, não somente financeiro e profissional, 2022 foi um ano muito bom para mim!

Que 2023 seja ainda melhor para todos nós!

Fiquem com Deus!

Aportes e Atualização Patrimonial - Dezembro de 2022

 Saudações confraria!

Encerrado o ano de 2022 de Nosso Senhor, vamos a mais um post de atualização patrimonial, como sempre expresso em Coroas, a moeda oficial do meu blog! 

Que comece 2023, este é o primeiro post do ano!

Segue o resumo do patrimônio:

Agora o gráfico de evolução do patrimônio:

Aumento acumulado de 193,5% em relação ao início da série histórica, em junho de 2021. 

Leve alta com relação a novembro, mas não consegui fechar 2022 nas 3.000 coroas. Fica para 2023, então. Posso tentar mirar nas 4.000 coroas, mas acho mais plausível que esse número só chegue em 2024, a não ser que eu consiga uma renda extra MUITO boa. Veremos!

O principal motivo do crescimento ter sido pequeno foi que precisei sacar um dinheiro um tanto alto da RE para cobrir uns gastos extras em dezembro, e as ações em geral deram uma queda. O patrimônio só não foi menor do que o de novembro por conta  de alguns FIIs, que subiram, e por conta da alta do dólar, além do aporte que fiz no exterior, conforme escrevi adiante. Mas, graças a Deus, o patrimônio ainda cresceu! Vamos olhar a floresta e esquecer a árvore!

Agora, vamos destrinchar os aportes do mês.

Como sempre, NENHUM ativo mencionado neste blog e/ou em seus comentários são recomendações de compra. Eu sou só mais um sardinha zé-ninguém que está tentando a sorte na bolsa, e posso perder tudo amanhã (toc, toc, toc). 

Nunca confie em dicas de anônimos na internet, e nem em dicas de youtubers, tiktokers, etc. 

Estude por conta própria e trace o seu próprio rumo na vida!

Ações - comprei ações das farmácias Panvel, uma rede forte na região sul da nossa querida Terra de Santa Cruz. Empresa bem comportada, com lucros há vários anos e dívida sob controle, com planos de expansão. Acho interessante, e farmácia é um tipo de negócio que tem crescido muito nos últimos anos (e acho que tende a crescer mais, se considerarmos o envelhecimento da população, mas isso é só achismo meu - eu li isso na borra do chá). Com mais este aporte, agora são 32 empresas na carteira. Devagarinho, vou construindo meu próprio ETF.

A carteira de ações está um pouco desequilibrada, com as primeiras 4 ações (Engie, Porto seguro, Fleury e, por incrível que pareça, Cielo) representando quase 20% da carteira - Com 32 empresas, o ideal seria cada uma representar por volta de 3,25% da carteira. Então a solução é priorizar os aportes nas que estão abaixo de 3% e/ou encontrar novas empresas para a carteira.

FIIs - finalmente aportei em um FII novo. O acréscimo para a carteira foi o FIIP11B, fundo de gestão passiva classificado como híbrido, com 7 imóveis, localizados em 5 estados (BA, MG, SP, RJ e PR), sendo 4 imóveis logísticos e 3 lojas. Achei ele certinho e chato, como todo FII deveria ser. Vamos ver no que dá. Agora tenho 16 FIIs na carteira. Vou procurar pelo menos mais um para fechar em 17 (gosto de números primos)

A carteira de FIIs continua desequilibrada: KNRI e HGLG estão representando 20% da carteira. O ideal, com 16 FIIs, é que cada um fique na casa dos 6%. Vou precisar aumentar a participação dos demais, focando os próximos aportes ou nos que estão abaixo de 6% ou procurando FIIs novos.  Vou ser sincero: estou com um pézinho para trás em relação a aportar no HGRE... estou acompanhando esta vacância crônica dele, que no momento continua acima dos 20%. Estou em cima do muro com este aqui. O meu próximo aporte nele vai ser pequeno, creio. 

Exterior - Aproveitei a parcela do 13º para aumentar a participação da carteira no exterior. Os aportes foram em Coca-Cola, empresa que dispensa apresentações, Bank of New York Mellon, uma das maiores gestoras de recursos financeiros do mundo, e o REIT "EPR Properties", um REIT focado em imóveis voltados para o entretenimento, como cinemas, clubes, teatros, etc. É um segmento que não existe no mercado de FIIs do Brasil (quem sabe venha a existir no futuro?) e me parece ser de demanda perene. Veremos no que vai dar! Aproveitei a grana que sobrou na corretora e comprei mais um pouco do REIT Franklin Street Properties (focado em prédios de escritórios).

Acho que peguei o dólar a 5,19 quando fiz a remessa. Conforme escrevi em posts anteriores, vou aumentar o % de ativos no exterior em minha carteira. Agora o dólar está a 5,35 (valor usado para esta atualização patrimonial) e tenho 7 stocks e 7 REITs na carteira. Aos pouquinhos, o meu próprio ETF no exterior também vai tomando forma!

Renda Passiva - um novo recorde: este mês recebi 8,7 coroas, ultrapassando o pico de maio desse ano. Fora os aluguéis dos FIIs, recebi dividendos e JCP de 10 empresas: Itaú, Bradesco, Raia Drogasil, Taesa, Engie, Odontoprev, Arezzo, M.Dias Branco, Fleury e Banco do Brasil. A cada mês, me torno um pouquinho menos dependente do trabalho para bancar meu custo de vida - ainda falta muito para me tornar de fato independente de salário, mas um dia, se Deus permitir, eu chego lá!

Generalidades

O mês de dezembro trouxe duas notícias bem tristes para o mundo: a morte do grande Pelé, o eterno rei do futebol, um dos grandes responsáveis por tornar o nosso Brasil um país conhecido mundialmente, e a morte do saudoso Papa Bento XVI, uma das mentes mais brilhantes do século XX, autor de diversos livros relevantes na área de teologia, fora sua contribuição em outras áreas correlatas. 

Li esta pequena reflexão em algum lugar, e achei bem interessante: se apesar de todos os obstáculos na vida terrena ele conseguiu contribuir tanto para este nosso vale de lágrimas, imaginem agora que está no céu, ao lado do Divino Mestre? Fica esse consolo, de que agora o Santo Padre é mais um a interceder por nós, junto das hostes celestes. 

Essa tem que ser a nossa energia e atitude para com o ano de 2023!

Bem, companheiros de trincheira, encerro o post de hoje seguindo o exemplo do colega de finansfera Funça Beta, segue uma recomendação de música (Rosenrot, da banda Rammstein):

Acho as músicas dessa banda bem boas para aprender alemão, pois eles geralmente cantam devagar e acho a pronúncia fácil de entender. Já peguei bastante vocabulário só ouvindo Rammstein. Outra forma que recomendo é configurar o idioma de jogos de PC e videogame para alemão (ou qualquer outra língua que seja de seu interesse) e ir jogando, desbravando o idioma. Com o tempo você se acostuma com a "lógica" da língua, e o aprendizado fica mais fácil. Um jogo que eu curto (e é de graça) é o Widelands (inspirado em The Settlers II, feito por fãs, em constante atualização. Esse eu só jogo em alemão).

No próximo post faço uma breve retrospectiva de 2022 e talvez trace algumas metas para este ano!

Forte abraço!

Fiquem com Deus!